Derrotados pelo peso (1), artigo de Américo Canhoto
Dr. Américo Canhoto
[EcoDebate] Grande parte da população mundial está sendo derrotada pelo sobrepeso.
Significativa a aposentadoria precoce do jogador e craque Ronaldo, admitindo que foi derrotado pelo seu organismo quando gostaria de continuar fazendo o que mais gosta e faz bem que é jogar bola. Suas palavras e tristeza me fizeram matutar a respeito de tão grave problema de saúde pública – Tudo bem, no caso dele o problema não foi tão grave; pois, o craque aproveitou para desenvolver suas aptidões no esporte na sua fase de criança, adolescente e adulto; antes de ser derrotado pelo sobrepeso – Mas, e as crianças que já estão derrotadas antes de tentar concretizar seus sonhos no esporte e em outras atividades da vida, nas quais o sobrepeso limita? – Não se trata apenas de perda de auto-estima numa sociedade com valores malucos, onde o padrão de beleza infantil é o rechonchudo e na vida adulta a magreza. A tendência para a Depressão, Distimia e Fobia Social, nessas condições aumenta em intensidade e percentual; claro que dentro de um conjunto de fatores; mas o sobrepeso, pesa e muito; até pelo fato do obeso sofrer preconceito subliminar ou declarado.
Ficam as questões:
De quem é a culpa?
O que pode ser feito?
Milhões de crianças de todas as idades, especialmente as RN, agradeceriam ao craque o apoio efetivo a uma campanha educacional e institucional contra a obesidade infantil.
No momento, ele é o cara certo, na hora certa, para encabeçar um movimento desse tipo, sua iniciativa teria apoio e engajamento pela credibilidade que conquistou junto ás pessoas de todas as classes sociais, em especial as crianças objeto principal do nosso interesse.
Conforme já colocamos em outros artigos ligados ao estresse crônico, o metabolismo está cada dia mais lento; o que vai levar a maioria das pessoas a perderem a batalha contra o sobrepeso. Além disso, a ansiedade em alta, aliada á falta de permissão para sair da fase oral (tudo vai para a boca) torna o problema cada dia mais grave; a ponto de muitas crianças e jovens de hoje correrem risco de vida num prazo não muito longo.
A nosso ver a solução do problema está na educação.
EDUCAÇÃO ALIMENTAR
Nossos hábitos fazem parte do conjunto da nossa formação como indivíduos inseridos num grupo familiar ou social. Grande parte deles são adquiridos pelo mecanismo de transferência com poucas mudanças. É fácil observar que de uma geração a outra os hábitos de dieta modificam-se muito pouco, esse fato é responsável pela estruturação da cultura alimentar ou tradição de um grupo, de uma região ou de um povo.
Há uma tremenda confusão entre educação e instrução, o que gera pobreza de educação alimentar, Mesmo pessoas muito instruídas e até profissionais ligados ao assunto, mantém uma dieta doentia e com uma qualidade que deixa a desejar; mesmo quem conhece tudo sobre cada tipo de nutriente costuma adoecer e morrer até antes da hora, em razão de praticar uma dieta padronizada, inadequada para seu organismo.
Qual será o motivo?
Vários e dentre eles: agrupamos e copiamos conceitos nem sempre confiáveis retirados de experiências com ratos, cobaias…, e os aplicamos no dia a dia sem perguntar e sem ouvir o que nosso próprio corpo pedia ou recomendava. Não se trata de desprezar o conhecimento científico ou popular, de forma alguma; bem usado, é um importante e necessário agente capaz de facilitar o progresso; as necessárias ressalvas são quanto á forma de uso.
O problema da falta de educação alimentar, que é a própria essência da dieta ideal não está sendo discutido como seria necessário. Quando acordarmos e resolvermos gerar mudanças, para muitos não haverá possibilidade de ajuste de hábitos em tempo hábil; pois as mudanças muito rápidas ocorridas nos últimos anos, e ainda acelerando, nos colocam em risco de vida se mantivermos velhos hábitos.
Usemos o seguinte recurso para reflexão sobre o problema: Se as pessoas já dotadas de um certo grau de instrução são donas de maus hábitos, o que esperar daqueles que simplesmente comem sem saber o que nem porque?
E o que dizer dos que apenas tentam satisfazer suas compulsões já fixadas ou buscam perenizar determinadas sensações?
E os que não tem acesso aos alimentos?
Usaremos nosso blog: http://educarparaummundonovo.blogspot.com
Para abordar alguns tópicos relacionados ao assunto, torcendo para que as pessoas se interessem pelo tema.
Américo Canhoto: Clínico Geral, médico de famílias há 30 anos. Pesquisador de saúde holística. Usa a Homeopatia e os florais de Bach. Escritor de assuntos temáticos: saúde – educação – espiritualidade. Palestrante e condutor de workshops. Coordenador do grupo ecumênico “Mãos estendidas” de SBC. Projeto voltado para o atendimento de pessoas vítimas do estresse crônico portadoras de ansiedade e medo que conduz a: depressão, angústia crônica e pânico.
* Colaboração de Américo Canhoto para o EcoDebate, 16/02/2011
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