Alta de preço das commodities agrícolas provoca ameaça de nova crise alimentar

Redação 7/01/2011 crise alimentar

Alta das commodities provoca ameaça de “choque de preço dos alimentos” – O mundo está diante de um “choque de preço dos alimentos”, alertou a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), após seu índice referencial de preços dos commodities agrícolas ter saltado para um recorde nominal no mês passado, ultrapassando os níveis da crise dos alimentos de 2007-2008.

O alerta da agência da ONU ocorre em um momento em que a inflação está se tornando um crescente desafio político e econômico nos países em desenvolvimento –incluindo a China e a Índia– e está começando a despontar como um problema potencial mesmo nos países desenvolvidos, incluindo o Reino Unido e os da zona do euro. Reportagem de Javier Blas, no Financial Times.

Abdolreza Abbassian, economista sênior da FAO em Roma, disse que a alta foi “alarmante”, mas acrescentou que a situação ainda não é uma crise semelhante à de 2007-2008, quando distúrbios por causa de alimentos sacudiram mais de 30 países pobres, de Bangladesh ao Haiti.

“O mundo enfrenta um choque de preço dos alimentos”, ele disse ao “Financial Times”, acrescentando que a alta poderia levar, “caso se prolongue por vários meses, a uma crise dos alimentos”.

A FAO disse na quarta-feira que seu índice do preço dos alimentos –uma cesta que monitora o custo no atacado de commodities como trigo, milho, arroz, óleos vegetais, laticínios, açúcar e carnes– saltou para 214,7 pontos, acima do pico de 213,5 atingido em junho de 2008.

Abbassian alertou que os preços dos commodities agrícolas provavelmente aumentarão ainda mais. “Será tolice presumir que este é o pico”, ele disse.

Mas a FAO e as agências de ajuda alimentar estão nutrindo esperanças devido aos preços relativamente estáveis do arroz, um dos dois commodities agrícolas mais importantes para a segurança alimentar global.

O arroz, que é um item básico para mais de 3 bilhões de pessoas na Ásia e na África, atingiu sua alta recorde de mais de US$ 1 mil por tonelada em 2008, mas está sendo negociado atualmente a US$ 535 a tonelada. Mas o preço de outro item básico crítico, o trigo, está subindo rapidamente após as safras ruins em 2010 na Rússia, Ucrânia e outros lugares. Os preços do milho, usado para engordar os animais, e da carne bovina e de aves, também estão subindo.

As autoridades agrícolas e traders temem que os preços dos commodities agrícolas possam subir ainda mais à medida que se intensifica o fenômeno meteorológico La Niña, que geralmente provoca seca em importantes áreas de cultivo da Argentina, Brasil e Estados Unidos.

O atentamente observado Birô Australiano de Meteorologia disse que a atual La Niña duraria pelo menos mais três meses.

Neil Plummer, um climatologista do birô em Melbourne, disse que o atual fenômeno parece ser o mais poderoso desde meados dos anos 70, quando secas devastaram plantações e levaram o mundo à crise alimentar mais extrema desde a Segunda Guerra Mundial.

Reportagem adicional de Jack Farchy, em Londres.

Tradução: George El Khouri Andolfato

Reportagem [UN body warns of ‘food price shock’] do Financial Times, no UOL Notícias.

EcoDebate, 07/01/2011

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O Sistema Financeiro Internacional-SFI possui US$ 683 TRILHÕES em excesso de liquidez. A economia real, do mundo, é de US$ 62 TRILHÕES (veja fonte dessas informações no meu blog http://rounielo.blogspot.com). Há acelerado avanço tecnológico, mas faltam seres humanos, qualificados, para manter essa economia global sofisticada. As famílias, no mundo todo, motor da economia e do consumo, estão endividadas, empobrecidas e sem educação de qualidade, mas sobre isso os governantes, do mundo pouco ou nada falam, bem como nada fazem para, realmente, mudar esse quadro. Os Governos, do mundo, estão falidos (EUA, Grã-Bretanha, Alemanha e países baixos tem dívidas externas, líquidaz, de US$ 30,9 TRILHÕES) e estão impedidos de aumentar impostos, pois isso aumentaria os atuais conflitos sociais. Os bancos, do mundo, estão falidos (bancos europeus e americanos têm dívidas de US$ 22,5 TRILHÕES). Os seres humanos que comandam, materialmente, o Planeta Terra, socorrem-se a si mesmos, sem sucesso, emitindo dólares para comprar títulos de governos falidos, que os investidores, do mundo, não querem comprar. Os investidores, do mundo, fogem dos ativos do SFI, provocando inflação, guerra cambial e aumento do preço de todos os tipos de ativos (ouro, cobre, prata, petróleo, minério de ferro, alimentos etc.), na tentativa de se salvarem, quando a “bolha de derivativos estourar”, ainda que esse comportamento possa provocar fome, miséria e todo tipo de sofrimento humano, sobre os quais possuem plena consciência. Há excesso de produção, em todo o mundo, mas não há seres humanos com renda suficiente para comprar essa produção nos respectivos países. O meio ambiente está cada vez mais castigado pela ação destruidora do homem. O modelo civilizatório que aí está, baseado no ego humano, faliu. Qual a solução? É o amor ao próximo, que deve substituir o ego humano. Veja no meu blog a matéria intitulada “O Ego Humano como Manifestação do Anti-Cristo” e a “Política como Fator de Colapso da economia dos EUA”. Se os seres humanos continuarem com seu egoísmo, acontecerão coisas muito piores do que essas que estamos vendo, em todo o mundo. O Ser Humano NÃO deve brincar com coisas sagradas como, por exemplo, com o pão que alimenta a boca de famílias e crianças, inocentes. As Leis Universais de Evolução aguardam até o final de 2012 a decisão do homem, por meio do seu livre arbítrio, no sentido de mudar esse quadro e, caso isso não ocorra, elas intervirão de forma inexorável.

One thought on “Alta de preço das commodities agrícolas provoca ameaça de nova crise alimentar”

Rogerounielo Rounielo de França

3/02/2011 em 11:26

O Sistema Financeiro Internacional-SFI possui US$ 683 TRILHÕES em excesso de liquidez. A economia real, do mundo, é de US$ 62 TRILHÕES (veja fonte dessas informações no meu blog http://rounielo.blogspot.com). Há acelerado avanço tecnológico, mas faltam seres humanos, qualificados, para manter essa economia global sofisticada. As famílias, no mundo todo, motor da economia e do consumo, estão endividadas, empobrecidas e sem educação de qualidade, mas sobre isso os governantes, do mundo pouco ou nada falam, bem como nada fazem para, realmente, mudar esse quadro. Os Governos, do mundo, estão falidos (EUA, Grã-Bretanha, Alemanha e países baixos tem dívidas externas, líquidaz, de US$ 30,9 TRILHÕES) e estão impedidos de aumentar impostos, pois isso aumentaria os atuais conflitos sociais. Os bancos, do mundo, estão falidos (bancos europeus e americanos têm dívidas de US$ 22,5 TRILHÕES). Os seres humanos que comandam, materialmente, o Planeta Terra, socorrem-se a si mesmos, sem sucesso, emitindo dólares para comprar títulos de governos falidos, que os investidores, do mundo, não querem comprar. Os investidores, do mundo, fogem dos ativos do SFI, provocando inflação, guerra cambial e aumento do preço de todos os tipos de ativos (ouro, cobre, prata, petróleo, minério de ferro, alimentos etc.), na tentativa de se salvarem, quando a “bolha de derivativos estourar”, ainda que esse comportamento possa provocar fome, miséria e todo tipo de sofrimento humano, sobre os quais possuem plena consciência. Há excesso de produção, em todo o mundo, mas não há seres humanos com renda suficiente para comprar essa produção nos respectivos países. O meio ambiente está cada vez mais castigado pela ação destruidora do homem. O modelo civilizatório que aí está, baseado no ego humano, faliu. Qual a solução? É o amor ao próximo, que deve substituir o ego humano. Veja no meu blog a matéria intitulada “O Ego Humano como Manifestação do Anti-Cristo” e a “Política como Fator de Colapso da economia dos EUA”. Se os seres humanos continuarem com seu egoísmo, acontecerão coisas muito piores do que essas que estamos vendo, em todo o mundo. O Ser Humano NÃO deve brincar com coisas sagradas como, por exemplo, com o pão que alimenta a boca de famílias e crianças, inocentes. As Leis Universais de Evolução aguardam até o final de 2012 a decisão do homem, por meio do seu livre arbítrio, no sentido de mudar esse quadro e, caso isso não ocorra, elas intervirão de forma inexorável.

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