Trânsito ainda é o maior vilão da poluição no Rio de Janeiro
Indústria precisa modernizar urgente seus sistemas de controle da poluição com novas tecnologias para reduzir emissão de gases de estufa, mas carro ainda é o grande causador da poluição. Assunto está na pauta do workshop Carbono Zero
Embora seja consenso que a indústria precisa modernizar seus processos e tecnologias de controle da poluição, seja atmosférica ou através de efluentes líquidos, está provado que os transportes rodoviários são os principais responsáveis pela emissão dos gases de efeito estufa (GEE) no Rio de Janeiro, sobretudo devido à presença de automóveis muito mais numerosos que os ônibus e com capacidade de transporte extremamente menor.
[Leia na íntegra]Estudo encomendado pela Prefeitura do Rio de Janeiro à Coordenação do Programa de Pós Graduação em Engenharia (Coppe) da UFRJ mostra que o tempo perdido no trânsito (automóvel ou ônibus) gera um prejuízo anual de R$ 12 bilhões para a cidade do Rio de Janeiro. A queda da velocidade média do trânsito nas principais vias da cidade chegou a 70% no Rio, que tem mais de 1,5 milhão de automóveis (dados do Denatran) e uma frota de 8,5 mil ônibus e micro-ônibus urbanos, o que resulta em 175 carros para cada coletivo.
Mudar – ou pelo menos melhorar – esse quadro até a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 será um dos desafios que estarão em debate durante o workshop “Carbono Zero – Rumo à Copa e as Olimpíadas”, que será realizado nos próximos dias 7 e 8 de outubro, no Rio de Janeiro, reunindo empresas, executivos, órgãos ambientais, empresários, universidades e profissionais interessados nessa questão.
Um dos painéis organizados para acontecer no segundo dia do evento vai tratar exatamente dessa questão do trânsito e dos transportes, e o impacto que o setor exerce na emissão de gases de efeito estufa. O assunto veio à tona no Dia Mundial sem Carro, mas o problema é uma realidade que a cidade vive há algum tempo: hoje, para cada pessoa transportada, a emissão de GEE e de outros poluentes pelo automóvel é de cinco a oito vezes maior que a dos ônibus. Na Região Metropoliatana do Rio, o número de pessoas que se deslocam por ônibus urbanos é duas vezes maior do que aquelas que se deslocam por automóvel, diz o estudo da Coppe/UFRJ.
Organizado pela Planeja & Informa Comunicação & Marketing, o evento vai discutir também as novas exigências legais para a sustentabilidade na indústria, que precisa se adequar às novas regras ambientais, e na construção civil, que também terá que contabilizar a natureza em seus novos empreendimentos.
Mais informações: Planeja & Informa Comunicação e Marketing
(21) 2262-9401 / 2215-2245 / 9807-8975
EcoDebate, 23/09/2010
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