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Artigo

Saco de risadas, artigo de Américo Canhoto

Dr. Américo Canhoto

[EcoDebate] Hoje em dia é preciso cuidado para não se contaminar pelas personalidades estilo baixo astral: pessimista crônico; a vítima; coitadinho de eu; pessimista agressivo. Dentre elas, a personalidade estilo distimia ou tristeza crônica contagia fácil – fácil; se você entrar na freqüência energética dela.

Se você anda de mal com a vida; é preciso cuidado para não tornar essa forma de ver as ocorrências da existência uma constante – isso, vira doença; se já não virou.

Como descobrir a que tipo pertenço?
Não é tão difícil; caso já tenha se acostumado a dizer que vai levando; está mais ou menos…; quando questionado a respeito de como anda sua vida – fique ligado. Se os amigos começam a inventar desculpas para não vê-los, fique esperto – se alguém atravessar a rua só para não conversar com você – o caso já é mais grave do que possa imaginar.

Mesmo entre os profissionais de saúde costuma-se confundir Tristeza com Depressão. É mesmo comum que muitos tristes ocasionais estejam sendo tratados como depressivos; pois, na formação dos profissionais de saúde pouco valor se dá aos problemas existenciais.

Só de brincadeira:
Podemos subdividir a Tristeza em inata e adquirida.
Algumas pessoas são predispostas á Tristeza sem motivo de nascença; são os naturalmente tristes, sérios candidatos a tornarem-se Depressivos no decorrer da existência.

Na Tristeza adquirida, que costuma ser transitória, a pessoa fica triste devido a motivos externos – sensação de perda – notícias ruins – lembranças negativas. Mas mesmo triste, ela consegue dar umas risadas de vez em quando; e até sentir alegria prazer caso haja motivo ou estímulo, e procura companhia. É uma forma de sentir-se passageira e proporcional ao estímulo que a causou.

Na Depressão os transtornos de humor costumam ser mais duradouros. O deprimido reage às situações de forma desproporcional ao estímulo; perde a vontade de procurar as pessoas e tende a isolar-se. O conjunto de sintomas altera seu comportamento habitual, levando-o a um estado doentio de irritação e impaciência.
Embora a tristeza possa acompanhar a Depressão, o sintoma mais comum do depressivo é a apatia. O paciente torna-se incapaz de reagir, o que desencadeia problemas familiares. Nem sempre a doença é reconhecida e pais e irmãos podem achar que se trata de preguiça ou irresponsabilidade. E como conseqüência disso, o paciente sente-se culpado por decepcionar a família, o que agrava seu estado. Isso gera um círculo vicioso, quebrado quando o depressivo busca tratamento.

Erros educacionais que podem levar à Depressão

Treinamento:
A criança com tendência copia um modelo familiar; algumas pessoas simulam um quadro de Depressão com a esperança de despertar pena e receber atenção e cuidados. O perigo é que podem viciar-se nesse comportamento.

Para diferenciar os que simulam a doença daqueles que estão, de fato, deprimidos, é preciso prestar atenção nos sintomas. A Depressão afeta todo o organismo. Causa uma lentidão psicomotora, que desacelera o raciocínio, provoca letargia – caracterizada pelo modo de falar mole. Outras vezes a doença provoca agitação injustificada e que impede a pessoa de ficar quieta. É comum a falta de apetite e perda de peso, acompanhada de insônia, mais do tipo: sono interrompido. É preciso cuidado com os quadros de reações atípicas. Como por exemplo, ao invés de emagrecer o paciente engorda e sofre de sono excessivo.

Reforço de comportamento:
Alguns adultos tem uma certa dificuldade em distinguir a criança feliz e alegre da criança inquieta e super/ativa. Muitas vezes sem saber porque a criança sente-se triste em virtude de alguma emoção mal elaborada ou frustração. Outras vezes a criança está mais quieta devido a cansaço físico ou está incubando alguma doença febril. Os adultos perturbam-se com isso e passam a questionar a criança com insistência; e por receber mais atenção, de forma inconsciente a criança pode repetir esse comportamento automaticamente quando sentir-se carente e pode até fixá-lo à sua personalidade.

Repressão de sentimentos e emoções:
Muitas famílias tendem a reprimir nas crianças emoções e sentimentos cuja exteriorização não é bem vista pela sociedade e seus valores. Confundem o aprendizado e a elaboração das emoções e sentimentos com falta de educação. E, a criança quando não consegue elaborar determinadas emoções especialmente as que envolvem perdas e frustrações tende a perpetuar o sentir-se triste ou infeliz.

Imposição familiar de paradigmas e de valores:
Numa família onde predominam indivíduos muito competitivos; quando a criança possui uma personalidade mais cooperativa; ela tona-se foco de críticas. A condição de ovelha negra da família pode fixar nessa criança uma tendência à tristeza ou até à Depressão.

Às vezes, parecemos estar entrando num beco sem saída; mas, as soluções são prá lá de simples. Dia destes atendendo a uma paciente daquelas baixo astral de carteirinha; cujo tratamento seguia capenga – estava eu dizendo que ela tinha que sorrir mais, gargalhar mais, etc. Não sei porque cargas d’água disse a ela em determinado momento: – experimente comprar um saco de risadas!

Ela foi embora com a nova receita; depois de alguns meses, encontrei-a na rua – E, então, como está? – Quase curada! – Os remédios estão lhe fazendo bem? – Olha Dr. Não sei se os remédios ou se o saco de risadas que comprei e, aciono várias vezes ao dia; mas, que estou quase curada, é verdade.
Aprendi mais uma – eu achava que só a risada tete a tete contagiava. Para curar baixo astral, eu vou começar a receitar saco de risada: ouvir ao menos 3x ao dia…

Américo Canhoto: Clínico Geral, médico de famílias há 30 anos. Pesquisador de saúde holística. Uso a Homeopatia e os florais de Bach. Escritor de assuntos temáticos: saúde – educação – espiritualidade. Palestrante e condutor de workshops. Coordenador do grupo ecumênico “Mãos estendidas” de SBC. Projeto voltado para o atendimento de pessoas vítimas do estresse crônico portadoras de ansiedade e medo que conduz a: depressão, angústia crônica e pânico.

* Colaboração de Américo Canhoto para o EcoDebate, 06/09/2010

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One thought on “Saco de risadas, artigo de Américo Canhoto

  • Belíssimo artigo. Muito informativo. Gostaria de colocá-lo no Facebook, para dar mais publicidade, mas não sei como proceder. De quaquer forma, parabéns!

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