Com quase metade da área original devastada, Cerrado precisa de unidades de conservação, diz IBGE
O Cerrado, que ocupa lugar de destaque na produção de grãos no país, perde cada vez mais em biodiversidade com o avanço do desmatamento, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados ontem (1º). Segundo o documento, 85 mil quilômetros quadrados (km²) de cobertura nativa do Cerrado (cerca de 4,1% do atual 1.052 milhão de km²), foram destruídos entre 2002 e 2008, de acordo com informações do Ministério do Meio Ambiente.
Com 48,3% de toda a área original de Cerrado já derrubada, pesquisa Indicadores de Desenvolvimentos Sustentável (IDS) 2010 chama atenção para o ritmo do desmatamento do bioma e sugere medidas urgentes, como a criação de unidades de conservação em áreas de fronteira agrícola.
“Especial atenção e medidas de proteção e controle se fazem necessárias”, informa o texto, ao destacar a necessidade de salvar “aquela que é considerada a savana mais biodiversa do mundo”, e que registra taxas de desflorestamento mais altas que as da Amazônia – onde a área desmatada é de 14,6% e o desflorestamento caiu cerca de 40% entre 2002 e 2008.
O Cerrado se destaca não só pela diversidade de espécies de flora e fauna, mas sobretudo pela produção agrícola. A Região Centro-Oeste, onde está localizada a maior parte do bioma, deve produzir 51 milhões de toneladas de grãos na safra 2009/2010, segundo estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Com 28 milhões de toneladas de grãos colhidos na safra 2008/2009, a maior produção do Centro-Oeste, o Mato Grosso foi o estado com maior área de Cerrado desmatada entre 2002 e 2008: 17,5 mil km², seguido do Tocantins (12,1 mil km²).
Segundo a pesquisa, a expansão para estados do Norte e Nordeste no período, acompanha a extensão de atividades agropastoris, que eram mais comuns no Cerrado vindo do Sul e Sudeste.
Reportagem de Isabela Vieira, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 02/09/2010
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O cerrado não vai aguentar a especulação imobiliaria!Nós, da Associação Comunitaria do Park Way fomos informados de que a Terracap pretende desmatar, desmembrar, e parcelar 15 hectares situados na entrada do Park Way, na via do aeroporto, para a construção de uma segunda Cidade do Automovel ou um segundo SIA.
A Terracap está comendo as areas verdes de Brasilia pelas bordas , está de olho gordo em todas as areas verdes e é uma das responsaveis pela especulação imobiliaria desenfreada que não respeita o meio ambiente e visa apenas o lucro imediato!
Gostaria que essa mensagem fosse transimitiada a todos os membros desse site de preservação ecologica para que nos unamos contra a Terracap!
Associação Comunitaria do Park Way
Durante esses 8 anos de governo Lula, teremos um saldo de mais da metade do cerrado brasileiro devastado, além dos maiores recordes na queima e destruição de nossas florestas.
Devastação ocorrendo em reservas da União, território indígena (União), assentamentos (Incra), e terras griladas ou ‘compradas’ por grupos poderosos locais e internacionais, como nunca antes neste país…