Aspecto da influência ambiental exógena, artigo de Werno Herckert
[EcoDebate] O neopatrimonialismo contábil pesquisa e estuda a mutação da riqueza (fenômeno patrimonial) da célula social causada pela influência ambiental exógena. Tal efeito é uma força externa ao patrimônio capaz de gerar benefício ou malefício a riqueza da empresa com repercussão, em muitos casos, no entorno natural e isso ocorre mesmo sendo pouco observável. Se o agente externo tanger a essência da riqueza da célula social gera fenômeno patrimonial.
Há interação constante entre o patrimônio e a ambiente onde está inserida a célula social.
Uma decisão do governo em relação à empresa e ao meio ambiente natural distante do patrimônio da célula social, por isso influência ambiental exógena, causa, também, mutação patrimonial (fenômeno contábil) na empresa e, em conseqüência no entorno natural. A empresa obriga-se usar meio de pagamento para aplicar no controle da poluição no meio ambiente. A aplicação do meio de pagamento no controle da poluição pela empresa será diferente de uma para outra. Dependerá da atividade exercida, assim, por exemplo, um posto de gasolina tem uma forma de poluição e responsabilidade sobre ela. Deve aplicar recursos em:
- Tanques e tubulações ecológicas;
- Caixa separadora de água e óleo;
- Piso impermeabilizante e calhas condutoras para caixa separadora;
- Lavagem com piso impermeabilizante e tubulações para caixa separadoras;
- Válvulas filtrantes nos suspiros dos tanques;
- Tanque para óleo queimado.
De forma específica, igualmente, a indústria de cimento deve aplicar em filtros, a indústria de papel em mecanismo para não poluir a água e aplicar em reflorestamento e, assim, cada setor da economia tem sua aplicação no cuidado com o meio ambiente natural onde a organização está inserida.
O cumprimento da lei ambiental, por parte da empresa, é necessário para não gerar problema ambiental e na comunidade, nem sempre é fácil num determinado momento pela falta de recurso disponível para esse fim. Há uma variação de dificuldades de empresa para empresa. Num mesmo ramo de atividade uma pode estar em prosperidade, outra estável e a outra em definhamento e a lei ambiental para ser cumprida é a mesma. Essa influência ambiental exógena traz benefício ao ambiente natural, mas dificuldades, em alguns casos, para a riqueza da empresa.
O que tange o patrimônio interessa ao neopatrimonialismo contábil, embora não seja matéria contábil a influência ambiental exógena em si, mas sim, o fenômeno patrimonial que o agente externo gera na riqueza da célula social. Não é estudo da contabilidade a decisão, por parte do governo, de obrigar a empresa de controlar sua poluição na natureza. O que interessa a contabilidade é o fenômeno patrimonial que é gerado pela decisão do governo em obrigar a organização controlar a sua poluição.
Na atualidade o neopatrimonialismo contábil, com visão holística, preocupa-se com o agente externo que é força que atua no patrimônio da célula social gerando fenômeno patrimonial com prosperidade ou definhamento da riqueza da organização. É importante o contador e o administrador observar e analisar a força externa e sua repercussão no patrimônio da empresa para gerar prosperidade na organização.
Werno Herckert é Contador, Membro da Academia Brasileira de Ciências Contábeis e Membro da ACIN – Associação Científica Internacional Neopatrimonialista.
EcoDebate, 02/08/2010
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