Controlado incêndio que devastou 10% do Parque Nacional do Araguaia em menos de um mês
O incêndio que devastou 10% do Parque Nacional do Araguaia, no Tocantins, foi controlado no início desta semana. Em menos de um mês, foram queimados no parque 56 mil hectares de floresta, área equivalente a 56 mil campos de futebol. Localizado na região central do estado, o parque tem área de 562 mil hectares.
O coordenador do Parque Nacional do Araguaia, Fernando Augusto Tiseanel, informou que uma perícia está sendo feita para identificar as causas das queimadas. Para ele, o incêndio pode ter sido provocado acidentalmente por pescadores entraram na região de forma ilegal.
Segundo ele, o fogo começou no dia 27 de junho e foi controlado no dia 30, mas, no dia 9 deste mês, surgiram mais dois focos, que só foram controlados segunda-feira (19), por uma equipe composta de sete servidores e 14 brigadistas temporários.
De acordo com Tiseanel, quando a brigada por terra não é suficiente para controlar um incêndio de grande extensão, ou que ocorre em área de difícil acesso, é acionado o combate aéreo. Nesse caso, aviões ou helicópteros jogam água nos locais que estão sendo queimados em proporção e intensidade muito maiores do que a brigada consegue por terra. As aeronaves também são usadas para levar os brigadistas até locais de acesso mais difícil.
O coordenador do parque alerta que as pessoas que provocarem queimadas podem ser responsabilizadas criminalmente e recomenda a todos muito cuidado ao acender uma fogueira na beira de um rio, realizando a limpeza na área em torno do fogo.
Tiseanel pede aos moradores da região que, ao perceberem qualquer sinal de fumaça, comuniquem ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela administração do parque. O telefone de contato do ICMBio é (63) 3368-1396.
Segundo dados disponíveis no site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o número de queimadas nos estados da Amazônia Legal aumentou cerca de 50% no primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado. Para os especialistas do Inpe, a principal causa é o menor índice de chuvas nesse período.
Entre janeiro e junho de 2009, um total de 1.604 focos de calor foi registrado na Amazônia Legal. O número subiu para 2.390 no mesmo período deste ano. De acordo com imagens de satélite monitoradas pelo Inpe, o estado com mais focos de calor detectados no período foi Mato Grosso, com 1.267 ocorrências, seguido pelo Pará, com 451, e por Roraima, com 423. Tocantins registrou o menor número de focos: apenas seis.
Reportagem de Leandro Martins, da Rádio Nacional da Amazônia, publicada pelo EcoDebate, 22/07/2010
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