Pantanal é devastado para abastecer siderúrgicas
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O fornecimento de carvão vegetal para o novo parque siderúrgico instalado no estado Mato Grosso do Sul e o avanço da atividade pecuária na região foram apontados como os principais responsáveis pelo desmatamento no Pantanal. Um levantamento feito pelo Ministério do Meio Ambiente revelou que entre os anos de 2002 e 2008, foi desmatada uma área de mais de quatro mil quilômetros quadrados.
A partir de um novo sistema de monitoramento via satélite, foi verificado que o percentual de devastação no cerrado e no Pantanal foi superior às perdas de vegetação na Amazônia. O governo está recebendo críticas por dar atenção especial à preservação da Amazônia e ignorar outros biomas, como o Cerrado, a Caatinga, o Pantanal e a Mata Atlântica.
A Amazônia é monitorada desde 1988 pelos satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Em contraponto, as demais reservas de biodiversidade passaram a ser acompanhadas oficialmente apenas em 2009 pelo Centro de Sensoriamento Remoto do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Em 2005 foi oficializada a implantação do pólo siderúrgico, localizado em Corumbá (MS). Isso se deu a partir de um convênio firmado entre o Ministério de Minas e Energia, o governo estadual e a prefeitura do município.
Reportagem da Radioagência NP, por Jorge Américo.
EcoDebate, 10/06/2010
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