Vazamento de petróleo no Golfo do México já atinge costa da Louisiana, nos Estados Unidos
Barco trabalha na coleta do petróleo que vazou no Golfo do México e ameaça a costa do Estado da Louisiana, EUA. Foto: Chris Graythen/Getty Images/NYT
A Guarda Costeira dos Estados Unidos informou nesta quinta-feira (29), que parte do óleo derramado no vazamento de uma plataforma que explodiu e afundou no Golfo do México já atingiu a costa do Estado da Louisiana, localizado na região sul do país, à beira do Golfo do México.
Uma autoridade local disse à agência de notícias BBC que o óleo atingiu uma ilha perto do delta do rio Mississipi, área dentro do território-norte-americano. Alguns residentes da região costeira e um correspondente da BBC em Louisiana afirmaram que já podiam sentir o cheiro do petróleo vindo do mar.
O petróleo formou uma mancha com uma área de cerca de 72 km por 170 km – maior do que a área da Jamaica e já se configura um dos maiores desastres ambientais na história da extração de petróleo da região, informou a rede de tv CNN. Reportagem do UOL Notícias, com informações da BBC e da CNN
Ainda nesta quinta-feira, o governo da Louisiana declarou Estado de emergência devido ao vazamento de petróleo.
A decisão foi tomada depois de a Guarda Costeira americana ter revelado que a quantidade de petróleo que vaza do poço da plataforma Deepwater Horizon é cinco vezes maior do que se pensava e se aproxima cada vez mais dos Estados Unidos, devido à mudança na direção dos ventos.
“Falei com a secretária (nacional de Segurança Interna, Janet) Napolitano nesta noite para destacar as necessidades do Estado enquanto nos preparamos para o impacto da mancha de petróleo.”, disse o governador da Louisiana, Bobby Jindal, em nota oficial. “Como a mancha se aproxima de nossa costa, pedimos mais recursos da Guarda Costeira e da BP (British Petroleum, que operava a plataforma), enquanto trabalhamos para diminuir os efeitos da mancha”, afirmou o governador.
Janet Napolitano, por sua vez, anunciou que o governo dos Estados Unidos determinou que a mancha de petróleo que pode atingir a costa da Louisiana é um evento de importância nacional. Segundo ela, isto significa que as autoridades estaduais poderão pegar recursos de todo o país para lidar com a situação.
A secretária também afirmou que um segundo centro de comando está sendo estabelecido na cidade de Mobile, no Estado do Alabama, para ajudar na coordenação dos esforços para conter o vazamento de petróleo.
Tamanho da mancha
A contra-almirante Mary Landry, da Guarda Costeira, disse em Nova Orleans que o vazamento no Golfo do México equivalente a 5 mil barris de petróleo por dia e estão vazando no mar a cerca de 80 km da Louisiana.
Segundo Landry, técnicos da Noaa (sigla em inglês da Agência Americana para Oceanos e Atmosfera) revisaram para cima a estimativa do tamanho do vazamento baseados em fotos aéreas, estudo da trajetória da mancha e condições climáticas locais, entre outros fatores.
Com a piora da situação, militares americanos foram mobilizados nesta quinta-feira para ajudar a conter o petróleo pela primeira vez desde o início do vazamento, a pedido do presidente dos Estados Unidos. Segundo Barack Obama, “todo recurso disponível” do governo será usado para conter o vazamento no Golfo do México. “Enquanto a British Petroleum (dona da plataforma) é em última instância responsável por financiar os custos da resposta e operações de limpeza, minha administração continuará a usar todo recurso disponível, incluindo potencialmente o departamento de Defesa”, afirmou.
Perigo ecológico
Uma equipe da Guarda Costeira ateou fogo a parte da mancha de petróleo, em uma tentativa de salvar o frágil ecossistema de pântanos da Louisiana. O Estado abriga cerca de 40% dos pântanos e mangues americanos e é o habitat de inúmeras espécies de peixes e aves.
A queima controlada da mancha foi feita em uma área cerca de 50 km a leste do delta do rio Mississippi, de acordo com as autoridades.
A plataforma Deepwater Horizon, que pertence à empresa suíça Transocean e estava sendo operada pela British Petroleum (BP), explodiu na terça-feira passada e afundou na quinta-feira, depois de ficar dois dias em chamas. Onze trabalhadores desapareceram depois do desastre, que está sendo considerado o mais grave do tipo em quase uma década.
Os esforços para conter o vazamento são dificultados pela profundidade do poço, que está a cerca de 1.525 metros abaixo da superfície do mar. Engenheiros estão trabalhando na construção de um tipo de cúpula para cobrir o poço, impedindo que o petróleo chegue à superfície.
O conteúdo da cúpula seria então dragado para contâineres, mas teme-se que esta solução demore semanas para ser colocada em prática. Existe também a preocupação de que o uso de robôs submarinos leve muito tempo para estancar o vazamento.
EcoDebate, 30/04/2010
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“Como colher o “Petróleo” derramado…
Uma Sugestão! Sempre tive uma teoria, mas não sei pra quem contar… Todas as aves q são atingidas por ele, ficam impregnadas, ao ponto de nem poder voar.
Todas as aves produzem uma espécie de “gordura” que protege suas penas e as ajudam a flutuar na água.
Segundo Dr. Atkins, gordura remove gordura. (atrai como um “imã”).
Imagine um “edredom gigantesco” feito com duas redes de pesca (como as de sardinha), e com penas “não higienizadas”, de frangos e outras aves dos incontáveis abatedouros das granjas de todo o mundo, no recheio (em lugar do Acrilon), sem ser compactada, e nem muito grossa? Pois é, acredito q o petróleo grudaria nas penas da mesma forma q com as aves q são vitimadas.
Assisti Globo Mar, pude ver o quanto as rede são resistentes…
A sugestão pode na funcionar para o fundo do mar, mas acho que o que já está na superfície ,seria possível. O ideal seria fazer um “Teste” colocando penas em um saco de tela(como os de laranjas) e colocar em cima da grande quantidade de óleo já existente às margens das praias atingidas.
Aguardo comentário.
Atenciosamente,
Ines Brasilia Regis “Pires
Inesbrasilia@yahoo.com
O Dia Mundial do Protesto contra BP está chegando a São Paulo. O protesto pacífico será realizado no dia 12 de junho de 2010 das 14 horas até as 16 horas no Parque Ibirapuera – Portão 7. O propósito do protesto é para educar o publico sobre os efeitos do derrame de petróleo maciço e o que pode ser feito para auxiliar com os esforços de limpeza e para promover energia limpa.
O Dia Mundial do Protesto contra BP está programado para o dia 12 de junho de 2010. O lema “Pense Mundialmente – Atue Localmente” reflete a idéia de que as catástrofes ambientais não ficam somente dentro das fronteiras de uma nação. Atualmente, tem protestos planejados em 5 continentes e mais de 30 cidades incluindo: Sacramento, San Diego, Concord, Daytona Beach, Dallas, Houston, Boston (EEUU), Berlin, Alemanha São Paulo, Brasil, e Johannesburg, África do Sul. Novos protestos estão sendo planejados para locais diferentes quase todos os dias.
Os protestos são o resultado do movimento que foi iniciado no Facebook. Nas paginas como Boycott BP e Worldwide Protest BP Day, centenas de milhares de pessoas em toda parte do mundo manifestaram suas indignações com essa catástrofe ambiental e com o histórico de segurança sinistro de BP e sua inabilidade de parar o vazamento de óleo. British Petroleum é uma corporação multinacional que ganha bilhões de lucro todo ano. Suas marcas incluem BP, Arco, Amoco, am/pm, Aral, Wild Bean Café e Safeway Gas.
Se você apóia a Terra e essa causa, por favor, compareça a esse protesto, traga sinais e use fitas ou braçadeiras pretas. Profanidade, violência e vandalismo não serão tolerados. Garantimos que isso será uma demonstração pacífica. Crianças são bem vindas. Tragam música, cartazes, e boa energia.
Para mais informação, por favor verifique o grupo do Facebook Worldwide Protest BP Day – 12 June 2010 via o link http://www.facebook.com/group.php?gid=122189197821968. Você poderá confirmar sua presença no site, o qual é importante para saber quantas pessoas virão ao protesto.