New Scientist: Estudo conclui que era do gelo tinha baixa concentração de CO2
Como uma grande era do gelo aconteceu quando os níveis de dióxido de carbono eram altas?
Esta é uma questão que os céticos do aquecimento global frequentemente fazem. Mas algumas vezes a resposta correta é a mais simples: acontece que os níveis de CO2 não eram assim tão altos, afinal de contas.
A era do gelo do período geológico Ordoviciano, da era Paleozóica (cerca de entre 488 a 443 milhões de anos atrás) aconteceu há 444 milhões de anos, e registros sugeriam que os níveis de CO2 eram relativamente altos nessa época. Reportagem da New Scientist.
Mas quando Seth Young, da Universidade de Indiana, em Bloomington, realizou uma detalhada análise dos níveis de carbono-13 nas pedras formadas naquele tempo, o quadro que apareceu ficou muito diferente.
O cientista descobriu que as concentrações de dióxido de carbono (CO2) eram na verdade relativamente baixas quando a era do gelo começou.
Lee Kump, da Universidade do Estado da Pensilvânia, em University Park, disse que estudos anteriores perderam a precisão porque calcularam níveis a invervalos de 10 em 10 milhões de anos, e a era do gelo durou apenas meio milhão de anos.
O pesquisador diz que uma forte atividade vulcânica depositou novas pedras de silicato na época, que tragaram CO2 do ar enquanto erodiam.
Conforme o gelo se espalhava, no entanto, o gelo gradualmente cobria as pedras, fazendo com que a erosão ficasse mais lenta e assim permitisse que o CO2 se recuperasse na atmosfera mais uma vez. Isto teria acabado por esquentar a atmosfera o suficiente para fazer terminar a era do gelo, diz Kump.
Did changes in atmospheric CO2 coincide with latest Ordovician glacial-interglacial cycles?
Seth A. Younga, Corresponding Author Contact Information, E-mail The Corresponding Author, Matthew R. Saltzmanb, William I. Ausichb, André Desrochersc and Dimitri Kaljod
a Department of Geological Sciences, Indiana University, Bloomington, IN 47405, USA
b Division of Geological Sciences, School of Earth Sciences, The Ohio State University, 125 S. Oval Mall, Columbus, OH 43210, USA
c Department of Earth Sciences, University of Ottawa, Ottawa, Ontario K1N 6N5, Canada
d Institute of Geology, Tallinn University of Technology, 5 Ehitajate tee, 19086 Tallinn, Estonia
Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology, DOI: 10.1016/j.palaeo.2010.02.033
http://dx.doi.org/10.1016/j.palaeo.2010.02.033
Received 17 April 2009;
revised 12 February 2010;
accepted 25 February 2010.
Available online 2 March 2010.
Abstract
The Late Ordovician Hirnantian Stage (not, vert, similar 444 million years ago) was one of three time periods during the past half billion years in which large continental glaciers formed over Earth’s polar regions. The effects of this glaciation were far-reaching and coincided with one of the largest marine mass extinction events in Earth history. The cause of this ice age is uncertain, and a paradoxical association with evidence for high atmospheric CO2 levels has been debated. Precise linkages between sea level, ice volume, and carbon isotope (?13Ccarb and ?13Corg) proxy records of pCO2 have been poorly understood due in part to uncertainties in stratigraphic correlation and the interpretation of globally important sections. Although correlation difficulties remain, recent Hirnantian biostratigraphic studies now allow for improved correlations. Here we show that consistent trends in both ?13Ccarb and ?13Corg from two well-dated stratigraphic sequences in Estonia and Anticosti Island, Canada coincide with changes in Late Ordovician (Hirnantian) climate as inferred from sea level and the extent of ice sheets. The integrated datasets are consistent with increasing pCO2 levels in response to ice sheet expansion that reduced silicate weathering. Ultimately, the time period of elevated pCO2 levels is followed by geologic evidence of deglaciation.
Corresponding author.
Reportagem da New Scientist, na Folha Online.
Publicada, com informações complementares, pelo EcoDebate, 10/03/2010
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