Instituto SOS Rios do Brasil divulga e discute pesquisa sobre as enchentes
OS RESULTADOS DA NOSSA ENQUETE:
Os resultados obtidos pela votação dos nossos internautas, respondendo a
“NAS COMUNIDADES ONDE ACONTECEM ENCHENTES, INUNDAÇÕES OU DESLIZAMENTOS…”
foram os seguintes:
1º lugar: 58% dos votos …A CAUSA É OCUPAÇÃO IRREGULAR DE VÁRZEAS E ENCOSTAS
2º lugar: 39% dos votos…OS GOVERNOS (MUNICIPAIS, ESTADUAIS E FEDERAL) ESTÃO OMISSOS
3º lugar: 39% dos votos…FALTA PLANEJAMENTO E FISCALIZAÇÃO DA PREFEITURA LOCAL
4º lugar: 3o% dos votos…O PRÓPRIO POVO É O CULPADO
5º lugar: 28% dos votos…O QUE FALTA É FISCALIZAÇÃO HONESTA E EFICIENTE
6º lugar: 21% dos votos…NÃO HÁ SERVIÇOS DE PREVENÇÃO E LIMPEZAS
Os internautas puderem escolher mais de uma opção na enquete.
Como podem notar as pessoas estão conscientes que o problema maior consiste na permissividade da ocupação irregular de várzeas e encostas nas cidades onde ocorrem essas tragédias e desastres ecológicos.
Em muitas comunidades, na época das eleições, políticos desonestos e mal intensionados leiloam áreas públicas, áreas verdes, áreas de proteção ambiental, nas varzéas dos rios, nas encostas dos morros, em locais de dificil acesso e áreas de alto risco de escorregamento, para seus leitores ignorantes, em troca de votos das famílias.
Recentemente em entrevista à Agência Brasil, o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Rio de Janeiro (Crea/RJ), Agostinho Guerreiro, disse:
“Esse problema vem se arrastando há décadas pela irresponsabilidade das pessoas que detêm o poder na mão, ao não fazer cumprir a parte que lhes cabe. Desde os municípios, que muitas vezes, de forma eleitoreira, permitem o assentamento dessas pessoas em áreas extremamente perigosas, até os estados e governos federais”, disse.
A conivência de muitos orgãos Governamentais, Prefeituras, regionais e órgãos que deveriam fiscalizar e coibir a construção nessas áreas de risco de deslizamentos, sujeitas a enchentes e inundações de certa forma até incentiva essas ocupações irregulares, que colocam em risco milhares de vidas nas tragédias e acidentes ecológicos.
No documento “Dossiê da Favelização das Unidades de Conservação”, produzido pela Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro encontramos essa preocupante informação: “A situação é grave, pois o Governo Estadual também é totalmente omisso e o IBAMA não possui recursos para aluguel de retroescavadeiras a fim de realizar ações sistemáticas de derrubada de novas invasões. Políticos locais distribuíram “Kit invasão” para moradores da Baixada Fluminense, tijolos, arame, pás. A Ampla (Cerj) ligou a luz, a prefeitura emitiu IPTU até em ocupação de dunas” .
Por incrível que pareça, na rica e tecnologicamente avançada São Paulo houve a invasão da área de várzea do Rio Tietê, no extremo leste da cidade e foram construídos conjuntos habitacionais, escolas e prédios públicos, hoje inacessíveis e com mais de um metro de água, há mais de um mês.
Há um movimento liderado pelo Clube de Engenharia do RJ e a Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica (ABMS) para que o Governo Federal crie uma Comissão Federal de Segurança de Encostas, para articular e apoiar as ações dos órgãos geotécnicos estaduais e para estabelecer um Programa Nacional de Segurança de Encostas.
Nossa Campanha Permanente “DIGA NÃO ÀS ENCHENTES” apela para que as comunidades brasileiras invistam mais em planejamento e prevenção de enchentes, inundações e deslizamentos, fazendo valer as Leis ambientais em vigor e exercendo seu poder de polícia, mantendo fiscalização eficaz e honesta , para coibir a invasão dessas áreas de risco.
Prof. Jarmuth Andrade
Instituto SOS Rios do Brasil
Colaboração do Prof. Jarmuth Andrade, do Instituto SOS Rios do Brasil, para o EcoDebate, 08/02/2010
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Obrigado, Henrique Cortez, pelo apoio e divulgação de nosso esforço em defesa da prevenção de enchentes em nossas comunidades.
Entendemos que se a população não estiver atenta, consciente e cobrando das autoridades previsão, planejamentos,limpezas e desassoreamentos, cumprimento das Leis ambientais, fiscalização efetiva e honesta, as invasões de áreas de risco e várzeas de rios continuarão acontecendo.
Assim também, continuarão as enchentes, os deslizamentos, as perdas materiais e lamentavelmente, de preciosas vidas nos temporais e grandes preciptações pluviométricas!
Está em nossas mãos mudar, em nossas comunidades,o procedimento dos responsáveis, para que sejam evitadas tragédias!
Obrigado!
Prof. Jarmuth