A ‘apolítica’ política do câncer, artigo de Américo Canhoto
[EcoDebate] Experimentamos uma epidemia de câncer tanto em nós mesmos; quanto nos em torno; nos ícones que freqüentam a mídia; e até nos que vivem isolados nas catacumbas da existência – pois, poucos ou ninguém sabe ou toma conhecimento de sua existência.
Vivemos na Era do Câncer.
Que a sociedade atual é cancerosa não há como negar – aliás; como todas as doenças precursoras da boa morte; o câncer é democrático; ele não escolhe: cor, crença, idade, religião; bonzinhos ou mauzinhos; crendices; e valores humanos; ele é simples, direto e obediente – atende o mais rapidamente possível a quem o chama; claro que, ás vezes, pode demorar; e quando resolvemos dizer que não precisa mais; nem sempre é possível cancelar o pedido; ele já passou pela expedição – já foi gravado no programa natural do correio DNA – e nos encontra, nesta dimensão, noutra; enfim ele sempre acha o CEP cósmico. Quem já não disse ou ouviu: Que judiação; tão novinho e com câncer! – que coisa mais injusta! – O entregador DNA não tem culpa – claro que seguidos os tramites normais a entrega pode ser devolvida; desde que as taxas sejam quitadas…
Na sociedade pós-moderna, a educação e a cultura são altamente cancerígenas; pois preconizam o egoísmo de ser vencedor a qualquer preço e a qualquer custo.
Neste hospício criamos nossos filhos para serem os cancerosos da hora.
Como analogia, nós podemos dizer que a cancerosa é uma célula metida a besta – que se acha a maioral; daí passa a idolatrar-se e a reproduzir-se sem respeitar as outras nem a lei de mitose (sociologia celular); quer tomar conta do pedaço.
Como construir doença é como fazer bolo; não construímos um só com farinha – vários outros itens fazem parte da receita.
Dentre eles: entupimos nossas crianças de expectativas e não as vacinamos contra frustrações; daí nós vitaminamos a tendência ao câncer com o sentimento da mágoa – entre humanos é raro o câncer sem a mágoa.
Nós alimentamos nossos filhos e a nós mesmos com todo tipo de venenos, tanto no uso de agrotóxicos, quanto nos venenos usados na produção de alimentos; nos remédios que usamos para matar suas doençinhas que nós mesmos causamos com a forma de viver cada vez mais cancerígena que transmitimos no DNA cultural aos nossos (a) rebentos.
Câncer: Esse é um assunto cada vez comentado na mídia e assunto para muitos bate papos – as possibilidades de focos são incontáveis.
Exemplo:
Ele serve como lição e referência para pessoas, os em torno, e grupos na hora certa e no momento adequado?
Será que ele tem cura?
Será que um dia descobriremos a vacina contra o câncer?
Terá o câncer alguma função?
Para que serve?
Deve ser extirpado ou pode ser tratado?
É prova ou expiação segundo a linguagem espiritualista?
Para que a discussão do assunto do bate papo atual não se torne um câncer escrivinhatório:
Será que os dos ícones da mídia: política, religião, entretenimento, vão voltar?
A condição de canceroso é álibi, desculpa; drenagem da consciência; atestado de culpa; prêmio no bom sentido?
Numa brincadeira light de parar para pensar vamos parodiar a Wikipédia (a enciclopédia livre):
“Cancro (português europeu) ou câncer (português brasileiro), nomes comuns da neoplasia maligna, (egoísmo) é uma doença caracterizada por uma população de células (comunidade) que cresce e se dividem (crenças e atitudes) sem respeitar os limites normais, invadem e destroem tecidos adjacentes, e podem se espalhar para lugares distantes no corpo, através de um processo chamado metástase (mídia). Estas propriedades malignas do câncer o diferenciam dos tumores benignos (cultura natural das populações), que são auto-limitados em seu crescimento e não invadem tecidos adjacentes (embora alguns tumores benignos sejam capazes de se tornarem malignos – quando expostos á ação da mídia). O câncer pode afetar pessoas de todas as idades, mas o risco para a maioria dos tipos de câncer aumenta com o acréscimo da idade.[1] O câncer causa cerca de 13% de todas as mortes no mundo, sendo os cânceres de pulmão, estômago, fígado, cólon e mama os que mais matam (essas estatísticas estão prá lá de defasadas).[2]
Quase todos os cânceres são causados por anomalias no material genético de células transformadas (pedidos entregues com atraso). Estas anomalias podem ser resultado dos efeitos de carcinógenos, como o tabagismo, radiação, substâncias químicas ou agentes infecciosos (faltou o principal: educação e cultura). Outros tipos de anormalidades genéticas podem ser adquiridas através de erros na replicação do DNA, ou são herdadas, e conseqüentemente presente em todas as células ao nascimento. As interações complexas entre carcinógenos e o genoma hospedeiro podem explicar porque somente alguns desenvolvem câncer após a exposição a um carcinógeno conhecido. Novos aspectos da genética da patogênese do câncer, como a metilação do DNA e os microRNAs estão cada vez mais sendo reconhecidos como importantes para o processo (estamos quase chegando lá; falta apenas desmaterializar o raciocínio).
As anomalias genéticas encontradas no câncer afetam tipicamente duas classes gerais de genes. Os genes promotores de câncer, oncogenes, estão geralmente ativados nas células cancerígenas, fornecendo a estas células novas propriedades, como o crescimento e divisão hiperativa, proteção contra morte celular programada (má educação), perda do respeito aos limites teciduais normais e a habilidade de se tornarem estáveis em diversos ambientes teciduais. Os genes supressores de tumor (boa educação) estão geralmente inativados nas células cancerígenas, resultando na perda das funções normais destas células, como uma replicação de DNA acurada, controle sobre o ciclo celular, orientação e aderência nos tecidos e interação com as células protetoras do sistema imune (entendimento de quem somos e o que fazemos aqui).
O câncer é geralmente classificado de acordo com o tecido de qual as células cancerígenas se originaram, assim como o tipo normal de célula com que mais se parecem. Um diagnóstico definitivo geralmente requer examinação histológica da biópsia (exame de consciência) do tecido por um patologista (auto-conhecimento), embora as indicações iniciais da malignidade podem ser os sintomas (atitudes e comportamento) ou anormalidades nas imagens radiográficas (como somos vistos pelas outras pessoas). A maioria pode ser tratada e alguns curados, dependendo do tipo específico, localização e estadiamento (quase sempre o câncer é a própria cura). Uma vez diagnosticado, o câncer geralmente é tratado com uma combinação de cirurgia (ética e moral), quimioterapia (ajuda psicológica e conscientização) e radioterapia (ação da justiça). Com o desenvolvimento das pesquisas, os tratamentos estão se tornando cada vez mais específicos para as diferentes variedades do câncer. Ultimamente tem havido um progresso significativo no desenvolvimento de medicamentos de terapia específica que agem especificamente em anomalias moleculares detectáveis em certos tumores, minimizando o dano às células normais. O prognóstico para os pacientes com câncer é muito influenciado pelo tipo de câncer, assim como o estadiamento, a extensão da doença. Além disso, a graduação histológica e a presença de marcadores moleculares específicos podem também ser úteis em estabelecer o prognóstico, assim como em determinar tratamentos personalizados.
Será?
Qual a razão do aumento incrível da incidência – basta verificar as causas de hospedagem de doentes nos chamados Hospitais: o câncer está se tornando imbatível.
De volta ao assunto: o que acontece e acontecerá com os cancerosos top line expostos na mídia?
arão lições de volta por cima?
Terão recaídas?
Mestástases?
Qual a diferença entre um top line que se cura e outros que não tem acesso aos mesmos aparentes recursos?
Dica da hora: Câncer – você já tem o seu de vários tipos em andamento e em potencial.
O que vai fazer com ele?
Fica em aberto a questão:
Câncer – um bem ou um mal?
ESTAMOS? – OU SOMOS CANCEROSOS?
Américo Canhoto: Clínico Geral, médico de famílias há 30 anos. Pesquisador de saúde holística. Uso a Homeopatia e os florais de Bach. Escritor de assuntos temáticos: saúde – educação – espiritualidade. Palestrante e condutor de workshops. Coordenador do grupo ecumênico “Mãos estendidas” de SBC. Projeto voltado para o atendimento de pessoas vítimas do estresse crônico portadoras de ansiedade e medo que conduz a: depressão, angústia crônica e pânico.
* Colaboração de Américo Canhoto para o EcoDebate, 21/01/2010
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