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Depois da tragédia Prefeito de Angra dos Reis promete começar a construir 512 unidades residenciais em 60 dias

Angra dos Reis (RJ) - Casas construídas em área de risco no Morro da Carioca são demolidas 09/01/2010. Foto: Roosewelt Pinheiro/ABr
Angra dos Reis (RJ) – Casas construídas em área de risco no Morro da Carioca são demolidas 09/01/2010. Foto: Roosewelt Pinheiro/ABr

A Prefeitura de Angra dos Reis, na Costa Verde fluminense, pretende começar em 60 dias a construção de 512 unidades residenciais no bairro de Monsuaba, na parte baixa da cidade, para abrigar os habitantes do Morro da Carioca, onde uma avalanche de lama e pedras matou pelo 21 pessoas na madrugada de 1º de janeiro.

Neste fim de semana, continuou o trabalho de demolição, interrompido na manhã deste domingo (10) – de sol forte e praias lotadas — para dar uma folga aos operários, que trabalham no local deste a virada do ano. Serão demolidas cerca de 800 casas no Morro da Carioca.

As buscas por uma menina de 12 anos também prosseguem, assim como na Praia do Bananal, em Ilha Grande, onde uma moradora local continua desaparecida.

A reunião do prefeito Tuca Jordão com a superintende regional da Caixa Econômica Federal, Maria Angélica Camargo, teve como objetivo principal acelerar o financiamento dos programas federais para o município, como o Minha Casa Minha Vida e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que prevê o saneamento do centro da cidade. Também foi discutido o saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para os que tiveram suas casas atingidas pela chuva.

“Daqui a 60 dias daremos início à construção de 480 unidades residenciais na Monsuaba, do Programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal. O município entrará com uma contrapartida, além do terreno, já doado para as obras”.

Segundo Jordão, o valor de cada apartamento é de R$ 42 mil e as outras 32 unidades vêm do Programa de Habitação de Interesse Social, direto do Orçamento Geral da União (OGU) de 2009, que prevê para cada casa o custo de R$ 32.200,00. “E estamos decidindo a melhor área para construir, ou Belém ou Japuíba“, disse Jordão.

De acordo com o subsecretário de Habitação, Leonardo Corrêa da Silva, será realizado um cadastro para a adesão aos programas habitacionais e haverá critérios a serem observados para os beneficiários.

“O primeiro passo para as famílias que estão tendo suas casas interditadas é o cadastramento no benefício social Recomeçar, de R$ 510, e depois, apenas os proprietários terão direito ao aluguel social, até que tenhamos construído as unidades habitacionais”, explicou.

Ele observou que no projeto está prevista a construção de 12 prédios com 40 apartamentos cada, em uma área de 30.737 m2, totalizando 480 unidades residenciais, com dois quartos cada um.

Uma fonte da prefeitura informou à Agência Brasil que esse projeto de construção de casas na Monsuaba já existia e há um ano vinha sendo debatido com a Caixa o financiamento e que agora ele foi agilizado, devido à tragédia provocada pela chuva, que matou 52 pessoas em Angra dos Reis e na Ilha Grande.

Reportagem de Riomar Trindade, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 11/01/2010

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