Em 2010, desejo a você a felicidade autosustentável, artigo de Américo Canhoto
[EcoDebate] Segundo meus amigos esotéricos sempre de plantão, 2010 será regido por Vênus – “Marravilha: a deusa do amor” – Mas, segundo meu pobre entendimento significa – ou vai ou racha; para quem cultiva o auto-conhecimento, busca a paz e o amor de verdade, será um ano muito feliz – mas, para os mais descuidados que procuram o amor, a paz, saúde e prosperidade apenas na virada do ano e da boca prá fora; o bicho vai pegar; e feio; e não adianta choramingar nem maldizer.
O presente que me deram e que repasso aos amigos: estamos vivendo em época de transição e de aceleração: daí, tudo fica potencializado…
“Desejamos a todos os nossos amigos votos de paz, amor, felicidade e prosperidade” – Toda virada de ano o chavão é o mesmo – Mas, o amor fica no ar – E confesso que mesmo avesso a comemorações de marketing sinto que nessa época o clima energético melhora; as pessoas ficam mais amenas; mas, o efeito colateral nos primeiros dias do ano novo é a ressaca física e moral. Muito se fala em amor nessa época; amor da boca prá fora; mas, é melhor amor sem compreensão; amor de falar por falar do que amor nenhum.
Afinal dentre todos os votos de felicidade na virada do ano – O que é o amor? – O que ele representa de fato?
O verbo amar já foi conjugado de todas as formas possíveis e imagináveis. Quantas vezes ouvimos as expressões: amor verdadeiro; amor falso. Eu te amo de verdade! Você me ama de verdade? Será possível amar de mentira? O que seria amor verdadeiro? O que seria amor falso? – A maioria dirá que o amor verdadeiro é aquele amor sincero e desinteressado. Isso pode ser correto quando se trata de falar de amor; no entanto, amar é diferente de falar de amor.
O amor é: Sentimento? Emoção? Atitude? Carinho? Afago? Energia? O amor pode ser qualificado? Há amor de boa qualidade e de má qualidade? Pessoas de má qualidade íntima são capazes de amar?
É incontável o que já se gastou de tempo e todo tipo de recursos para explicar o amor. Como percebemos e expressamos o conceito amor através dos tempos? Será que estamos defasados nos incríveis e acelerados dias de hoje? Será que não é mais permitido pensar, sentir e expressar amor como na Idade da Pedra ou na Idade Média – sob pena de ao invés de amar e ser feliz, odiar e sofrer, ser odiado e causar sofrimento? – Será que nos dias atuais o amor já deveria ser percebido, sentido e expresso como a energia da vida? Compreendido como uma expressão harmoniosa do conjunto pensar, sentir e agir que nos caracteriza. Não deveria ser do conhecimento de todos que a energia irradiada nessa condição de emoção intensa, afeta além do agente emissor; a pessoa a quem essa energia é direcionada? Tanto pode curar, harmonizar, como adoecer e até matar (será que o amor é capaz de matar?) – Talvez; para aqueles que ainda confundem paixão, possessão e domínio com amor.
Será que podemos falar em evolução do amor?
Acredito que sim; pois ele é tão antigo e tão eterno quanto tudo. Disso, não duvidamos. Será que é capaz de mudar com o passar dos tempos? Será que evolui e progride? – Podemos dizer que o amor não! Apenas a forma de compreendê-lo e de exteriorizá-lo. Somos capazes evoluir ativamente segundo a nossa vontade, de gerenciar o próprio destino, de nos educarmos, de amar e de manter o estado de amor – daí, nós podemos dizer que a capacidade de amar também pode ser desenvolvida, aprendida. Além disso; o conceito ou o estado de amor é relativo. Cada pessoa o percebe e aplica segundo sua maturidade e evolução pessoal. Portanto, é verdade que os brutos também amam; segundo a sua ainda pobre capacidade de expressar o amor – mesmo entre tapas e beijos – hehehehe…
Mesmo com 2010 batendo na nossa porta – será que a qualidade do amor contemporâneo ainda deixa a desejar? Sem medo de errar podemos dizer que há poucas pessoas no mundo que amam realmente algo ou alguém – primeiramente, porque não amam ainda nem a si próprias.
Breve histórico do conceito: amor.
• Amor necessidade biológica:
O que entendemos e sentimos como amor ainda está muito ligado ao instinto de sobrevivência e de perpetuação da espécie. Origem do conceito de amor ligado ao sexo oposto. Muitos ainda usam o termo: fazer amor, para designar uma relação sexual. Para nós, o amor necessidade biológica continua sendo uma questão de continuar existindo.
• Amor sobrevivência:
O amor de mãe tão cantado em verso e prosa como o protótipo do verdadeiro amor humano ainda é uma projeção do instinto de sobrevivência. Porque a espécie tem o estado de infância mais desprotegido e prolongado, os cuidados maternos são necessariamente mais intensos e demorados do que os das outras espécies; porém, o amor materno contemporâneo ainda é uma expressão de amor com forte componente biológico.
• Amor posse:
À medida que o tempo passa e as experiências se sucedem desenvolvemos o conteúdo de maturidade emocional e afetivo. Devido ao natural predomínio do ser pouco evoluído e ainda muito egoísta. O ego tomou para si o conceito de amor e o tornou possessivo. Egoístas e orgulhosos somos ciumentos, lógico, pois, nos imaginamos donos do objeto do amor até na forma de nos expressarmos: amo meu pai, minha mãe, meus filhos etc.
• Amor romance:
A partir da revolução industrial o conceito amor recebeu um conteúdo muito forte de romance que foi acrescido ao de propriedade: amo porque é meu, se amo então me pertence. Na era moderna a velocidade com que as informações se processam e são veiculadas mais a ação da mídia; tornou o amor romance um dos produtos que mais ajudam a vender qualquer coisa.
O conceito amor foi banalizado.
Desconhecemos a simplicidade do amor, o tornamos complicado e sofisticado devido á pouca maturidade psicológica e ao fato de sentirmos e agirmos sem pensar; e de não termos desenvolvido a soberania emocional necessária a torná-lo simples e puro. Aceitamos sem questionar e copiamos o que nos dizem e desejam, por isso, o conceito amor foi tão descaracterizado. Tornou-se uma forma de expressão e de tratamento das mais corriqueiras: Pois não amor? Já pediu meu amor? É usada no diminutivo, no aumentativo, no superlativo, depende dos interesses de cada um no momento: amorzinho, amoreco, amorzão, etc.
Cuidado para não ser vampirizado o ano inteiro, depois de um falso abraço e beijo na virada do ano, até mesmo entre familiares – selecione as pessoas que estarão contigo; pois no jogo das relações sociais é usada da forma mais hipócrita possível por pessoas que se odeiam, se invejam. E se a pessoa não banaliza o conceito amor é assaltada com cobranças do tipo: você nunca diz que me ama! Portanto, você não me ama! – Confesso que vou tentar ficar acordado até meia noite se posso dormir antes; de novo…
O amor da boca prá fora é usado também para designar algo do qual pode-se gostar: Esse cão é um amorzinho! Fulano, é um amor de pessoa!
Mas, o top line do conceito é o quase sinônimo de relação sexual: aqueles dois estão fazendo amor! Assumiu também derivativos como a expressão: “amor livre” para designar relações sexuais sem responsabilidade ou até promíscuas.
Para se compreender o amor é preciso compreender o ser humano:
Para se alcançar o amor humano é preciso nos compreendermos como um todo. É necessário responder a estas perguntas: O que é um ser humano? Porque estou aqui? A que se destina minha vida? Quem sou eu? O que faço aqui?
Amigos na dúvida sobre o que fazer na virada do ano; apenas amem; abracem-se, beijem-se, libertem tudo que de bom há para ser trocado.
Para todos um abraço de François (um amigo meu) cujo abraço segundo meu amigo ET que me visita de vez em quando; tem o poder da cura pela simplicidade e pureza d’alma.
Beijem e abracem com a alma – mesmo que por breves momentos…
Porque auto-sustentável?
Aprendamos a manter os votos de amizade, paz e felicidade – Nosso maior problema sempre foi a manutenção…
Américo Canhoto: Clínico Geral, médico de famílias há 30 anos. Pesquisador de saúde holística. Uso a Homeopatia e os florais de Bach. Escritor de assuntos temáticos: saúde – educação – espiritualidade. Palestrante e condutor de workshops. Coordenador do grupo ecumênico “Mãos estendidas” de SBC. Projeto voltado para o atendimento de pessoas vítimas do estresse crônico portadoras de ansiedade e medo que conduz a: depressão, angústia crônica e pânico.
* Colaboração de Américo Canhoto para o EcoDebate, 05/01/2010
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