Aldeias do Acre recebem computadores dos Pontos de Cultura Indígena
Aldeias indígenas dos povos Kaxinawá e Yawanawá receberam três computadores, câmeras fotográficas e de vídeo, materiais para edição e placas solares para energia. Esses equipamentos constituem os Pontos de Cultura Indígena (PCI), centros de produção e difusão cultural a serem coordenados pelos índios.
O projeto, de autoria da Rede Povos da Floresta, prevê a instalação de 30 pontos na região norte, distribuídos em três pólos. A Comissão Pró-Índio do Acre (CPI/AC) é parceira desta atividade e coordena o Pólo 2, responsável pela instalação de 10 PCI.
Esta é a terceira etapa do projeto, iniciado em junho, no Centro de Formação dos Povos da Floresta (CFPF) da CPI/AC, com as rodas de conversas entre os indígenas e os responsáveis pela implantação, para a escolha dos nomes e os objetivos dos pontos. Em agosto, os índios foram capacitados em práticas de informática, também no CFPF.
O projeto prevê ainda, até setembro de 2010, a realização de mais oficinas de informática e produção cultural, edição de materiais como o jornal indígena Yuimaki e a realização de oficinas de vídeo.
No dia 08 de dezembro o assessor da CPI/AC, Marcelo Jardim, e os técnicos Juscelino e Salvador Vieira encerraram a instalação de dois pontos nas aldeias São Joaquim (Terra Indígena Kaxinawá do Baixo Jordão) e Novo Segredo (TI Kaxinawá do Rio Jordão). Além da implantação, foi feito um planejamento das atividades para 2010.
Nas aldeias São Vicente (TI Kaxinawá do Rio Humaitá), Mutum e Nova Esperança (TI Yawanawá do Rio Gregório), os equipamentos foram entregues e instalados pela assessora da Rede Povos da Floresta, Dominique Aguiar, e técnicos. Em outubro, houve a implantação de três pontos do Pólo 2 em duas aldeias do povo Suruí, em Rondônia e Mato Grosso, e um na aldeia dos índios Jabuti, em Rondônia.
Para finalizar a implantação dos dez PCI do Pólo 2, haverá mais uma instalação na TI Kaxinawá do Rio Jordão (aldeia Três Fazendas) e no CFPF, em Rio Branco. Este último ponto, chamado cabeça de rede, vai dinamizar os outros nove e difundir as produções para as demais terras indígenas e para o público.
Para Joaquim Tashka, liderança Yawanawá, o projeto representa mais uma conquista dos povos indígenas em busca de sua autonomia. “O uso dessa tecnologia contribui para o registro e fortalecimento da nossa cultura, já que, por ser uma cultura oral, sofre perdas com o tempo, por não ser registrada para a atual e futura geração”.
Foto de Marcelo Jardim.
Informe da Comissão Pró-Índio do Acre publicado pelo EcoDebate, 18/12/2009
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