Pais de indígenas desaparecidos fazem apelo ao MPF e à Funai
Continuam desaparecidos os professores Guarani Kaiowá, Rolindo e Genilvado Vera, que são procurados pela comunidade desde 30 de outubro. Os dois estavam num grupo de 25 indígenas que retomaram, no dia 29 de outubro, o tekohá (terra tradicional) Ypo´i, próximo ao município de Paranhos, Mato Grosso do Sul. No dia seguinte à retomada, o grupo foi despejado por seguranças particulares, desde então os professores não foram mais vistos.
A Polícia continua procurando os professores. A população da aldeia Pirajuí, onde vivem os pais e demais familiares dos professores, está muito preocupada. As aulas de mais de 500 alunos da área foram suspensas em solidariedade aos professores desaparecidos. Os movimentos sociais e entidades internacionais cobram providencias, demarcação da terra e justiça.
Os pais dos dois professores encaminharam um dramático apelo em carta enviada ao o Procurador Marco Antonio do Ministério Público Federal, em Dourados e Margarida Nicoletti, administradora da Funai Cone Sul.
Eis o teor da carta, na íntegra:
“Nós da comunidade da aldeia Ypo’i, estamos muito desesperado pelo desaparecimento dos nossos dois professores que não desapareceu. queremos que as autoridades desses órgãos competentes nos ajude imediatamente.
Estamos muito cansados CHEGA! BASTA!
Pedimos com sincero apoio aos senhores autoridades, pois nos procuramos já em todo canto pedimos aos senhores uma intervenção junto com as autoridades Paraguaias já que a fronteira é muito próxima.
Que isso seja urgente imediato nós dependemos muito do apoio desse órgão do ministério publico.
Como garante as leis e da constituição federal.
Enquanto não encontramos nosso patrícios professores iremos estar na busca, com isso todas as crianças da aldeia Pirajui e demais áreas irão sofrer consequências referentes ao ano letivo, por essa razão solicitamos que nos ajudem a encontrar nosso parente.
Desde já agradecemos
Pais das vitimas, ñanderu, ñadesy, professores e apoiadores todos juntos solicita SOS.
Pai do professor Genivaldo Vera, Bernardo Vera e sua mãe Francisca Gonsales
Pai do professor Rolindo Vera, Catalino Vera e sua mãe Tila Ximenes”
* Nota do Conselho Indigenista Missionário – CIMI, publicada pelo EcoDebate, 12/11/2009
Nota do EcoDebate: Sobre o mesmo assunto, leiam também:
MPF solicita apoio nas buscas por índios desaparecidos em Mato Grosso do Sul
Os crimes de ódio contra indígenas no MS não param, por Henrique Cortez
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