Biolubrificantes: Protegendo o ambiente, artigo de Carol Salsa
[EcoDebate] O termo biolubrificante aplica-se a todos os lubrificantes que são rapidamente biodegradáveis e não tóxicos para os seres humanos e para o meio ambiente.
Todas as máquinas que têm peças móveis, do motor do seu carro ao seu barbeador elétrico, exigem lubrificantes para funcionar de forma suave e duradoura.
Hoje, a maioria dos lubrificantes é feita com o chamado óleo base, acrescido com aditivos para melhorar o desempenho em cada uso em particular. A demanda mundial por esses aditivos está na cifra das centenas de milhões de toneladas anuais.
Um biolubrificante pode ter como base:
1- óleos vegetais
2- ésteres sintéticos fabricados a partir de óleos renováveis modificados ou de produtos de origem petrolífera.
Há diversos rótulos ecológicos, destinados a distinguir estes produtos dos lubrificantes tradicionais.
Estando consciente do seu papel na promoção e defesa do meio ambiente, algumas empresas dispõem de uma gama de lubrificantes especialmente desenvolvidos para minimizar os riscos ambientais durante a sua utilização, sobretudo quando esta possa representar uma ameaça ao meio ambiente.
As funções dos biolubrificantes são:
1-Reduzir as perdas de energia mecânica;
2-Reduzir o desgaste dos componentes sujeitos a fricção
3-Proteger os componentes da corrosão
4-Aumentar a estanqueidade
5-Evitar que detritos e sujeiras entupam componentes do motor.
As vantagens dos biolubrificantes são inúmeras:
1-Elevada biodegradabilidade;
2-Reduzida toxicidade
3-Boas propriedades de lubrificação
4-Elevado índice de viscosidade
5-Elevado ponto de inflamação
6-Segurança acrescida para o utilizador
7-Aumento da longevidade dos componentes
8-Distribuição das perdas por evaporação e de óleo
9-Prevenção do risco de poluição do meio ambiente.
Bioaditivos
Pesquisadores do Serviço de Pesquisas Agrícolas dos Estados Unidos anunciam um método que pode libertar a fabricação desses aditivos da dependência dos derivados de petróleo. Os novos bioaditivos são adequados para uso na formulação de graxas, óleos de motor e fluidos hidráulicos, de transmissão e para perfuração, de acordo com Sewin
Erhan, coordenadora da pesquisa.
Os aditivos renováveis podem ser produzidos a partir das moléculas de gordura – triglicérides – presentes em óleos naturais de soja, milho ou canola. Além de óleos extraídos de outras variedades vegetais menos conhecidas.
Além de serem totalmente biodegradáveis, o que facilitará seu descarte pós-uso, bioaditivos poderão ser utilizados tanto em lubrificantes tradicionais, à base de petróleo, como um lubrificante também de origem vegetal.
Os aditivos atenderam a todos os critérios-padrão exigidos dos aditivos, inclui-se a estabilidade sob temperaturas extremas.
Em teste de laboratórios de pequena escala, feitos para avaliar o desgaste e o atrito mediante o uso de bioaditivo , os pesquisadores verificaram que sua formulação à base de plantas tem desempenho igual ou superior aos aditivos à base de petróleo disponíveis comercialmente.
Estes biolubrificantes no Brasil são conhecidos como “ Biolubres” ,ou, Biolubs na Europa.
FONTES:
http://www.total.pt/pt/content/NT0002061A.pdf
Inovação tecnológica, em 09/10/2009
Carol Salsa, colaboradora e articulista do EcoDebate é engenheira civil, pós-graduada em Mecânica dos Solos pela COPPE/UFRJ, Gestão Ambiental e Ecologia pela UFMG, Educação Ambiental pela FUBRA, Analista Ambiental concursada da FEAM.
EcoDebate, 14/10/2009
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