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Zoneamento da cana deve reduzir resistência ao etanol no exterior



Imagem: Folha Online

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, avalia que o zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar, lançado pelo governo federal, vai reduzir a resistência à entrada do etanol brasileiro no mercado externo e dar maior competitividade ao produto. A proposta proíbe a construção de novas usinas e a expansão do plantio em qualquer área da Amazônia, do Pantanal, da Bacia do Alto Paraguai ou em vegetação nativa de outros biomas.

Na avaliação do ministro, essa é a oportunidade para que o país tenha um combustível verde e que não provoca o aquecimento global. “A importância de se garantir que o álcool seja verde significa a preservação de ecossistemas importantes como o da Amazônia, do Pantanal e de vegetações nativas. Primeiro é bom para o Brasil, para o pulmão do trabalhador e para o bioma e segundo porque garante a colocação do etanol brasileiro no mercado externo”.

Para Minc, a decisão do governo evitará barreiras comerciais e bloqueios ao nosso produto, facilitando a transformação do mesmo em uma commodity (produtos básicos como soja e minério de ferro que têm cotação internacional). O ministro do Meio Ambiente disse, em entrevista à Agência Brasil, que o próximo passo agora será promover a transferência tecnológica do álcool brasileiro entre os países do Hemisfério Sul.

“Queremos fazer a transferência de tecnologia Sul/Sul, do do Brasil para a África e para a Ásia. Normalmente se pensa na transferência de tecnologia dos países ricos para os pobres. Neste caso, é interessante porque é um programa com tecnologia brasileiro, cria empregos aqui e lá fora e diminui o aquecimento global – uma vez que, por causa do ciclo, o álcool emite percentual zero de carbono”, afirmou.

Outro objetivo da decisão governamental, segundo Minc, é fazer com que as regras possam no futuro valer retroativamente. “Este primeiro acordo visa apenas à expansão do plantio, mas queremos que muita coisa que está no programa a ser encaminhado ao Congresso Nacional comece a valer também para traz de modo a acabar com as queimadas em um prazo de cinco anos.”

Reportagem de Nielmar de Oliveira, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 21/09/2009

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