Consórcio alemão pretende produzir energia solar na África
Berlim, 16 jun (Lusa) – Um consórcio de empresas alemãs vai lançar um projeto de captação de energia solar na África, com um investimento de 400 bilhões de euros (cerca de R$ 1 trilhão no câmbio atual), para abastecer lares alemães com fontes de energia limpa.
O consórcio será anunciado em 13 de julho, em Munique, e será liderado pela resseguradora Muenchener Rueck, e inclui companhias como Siemens, Deutsche Bank, RWE e outros gigantes da indústria germânica, noticia nesta terça-feira o jornal Sueddeutsche Zeitung.
A lista completa de participantes ainda é segredo comercial, mas deverá integrar outros nomes importantes de vários setor da economia alemã.
Além disso, está prevista a inclusão no projeto de ministérios alemães e também do Club of Rom, que agrupa reputados cientistas, políticos e gestores.
A médio prazo, deverão também ser conquistados outros parceiros europeus e africanos para o projeto, adianta ainda o jornal alemão.
“Estamos muito otimistas quanto a eventuais adesões da Espanha e da Itália e também recebemos sinais positivos do norte de África”, revelou Torsten Jeworrek, membro do conselho administrativo da Muenchener Rueck.
A França foi também um dos países consultados, “mas preferem continuar a apostar na energia atômica”, adiantou Jeworrek.
A construção de usinas de energia solar no deserto africano deverá iniciar nos próximos três anos, e o objetivo é começar a fornecer energia à Alemanha dentro de 10 anos.
O local do projeto ainda não foi escolhido, sendo que estão sendo estudados vários países da margem sul do Mediterrâneo, e o “critério principal é o da estabilidade política”, disse ainda Jeworrek.
Os cientistas já depositam há muito tempo grandes esperanças na captação de energia solar e o projeto alemão, que se chamará Desertec, destina-se a provar que é possível produzir energia desta forma e obter lucros.
O consórcio tem objetivos ambiciosos, pretendendo cobrir 15% das necessidades energéticas europeias quando o Desertec estiver trabalhando com capacidade total e começar a ser rentável num prazo de 10 a 15 anos.
* Matéria da Agência Lusa, publicada pelo EcoDebate, 17/06/2009.
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