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Notícia

Íntegra dos dados da Pesquisa Mensal do Emprego do IBGE: Taxa de desemprego sobe para 9% em março

A taxa de desocupação de março foi 0,5 ponto percentual maior que a de fevereiro (8,5%) e manteve-se estávelna comparação com marçode 2008 (8,6%). A população desocupada (2,1 milhão) teve um acréscimo de 141 mil pessoas (7,3%) em relação a fevereiro, e de 130mil pessoas(6,7%) se comparada a março de 2008.A variação da população ocupada (21,0 milhões) não foi estatisticamente significativa(mais 9 mil pessoas) em relação a fevereiro e na comparação anual (mais 184 mil pessoas).O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (9,3 milhões) manteve-se estatisticamente estável (menos 48 mil pessoas) no mês ecresceu (2,5% ou mais 229 mil pessoas) no ano.

O rendimento médio real habitual dos trabalhadores (R$ 1.321,40) ficou estável no mês e subiu5,0% frente a março de 2008. O rendimento médio real domiciliar per capita

(R$ 850,81) cresceu1,7%no mês e subiu4,5% no ano. A massa de rendimento real efetivo dos ocupados (R$ 27,4 bilhões) teve queda de 0,6%no mês e alta (5,4%)em relação a fevereiro de 2008.

Em março de 2009, a taxa de desocupação1 estimada pela Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE foi de 9,0% para o conjunto das seis regiões metropolitanas investigadas2, apresentou acréscimo de 0,5 ponto percentual em relação a fevereiro (8,5%), e permaneceu estável na comparação com março de 2008 (8,6%).

A população desocupada3 (2,1 milhão), no total das seis regiões pesquisadas, teve um acréscimo de 141 mil pessoas (7,3%) em relação a fevereiro e de mais 130 mil pessoas (6,7%) se comparada a março de 2008. Regionalmente, foi observadavariação significativa na Região Metropolitana de Recife (17,2%) em relação ao mês anterior, e na comparação anual, foi observado aumento na Região Metropolitana de São Paulo (15,0%).

PESSOAS OCUPADAS (PO)

A população ocupada (21,0 milhões),no agregado das seis Regiões Metropolitanas,não apresentou variação estatisticamente significativa na comparação mensal (mais 9 mil pessoas) e na anual (mais 148 mil pessoas) Regionalmente, em relação ao mês anterior, a estimativa de pessoas ocupadas permaneceu estável. Na comparação anual, ocorreram altasem Recife (3,9%) eSalvador (4,0%).

Resultados com relação aos principais grupamentos de atividade:

Indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (16,4% da PO) Estabilidade tanto na comparação mensal quanto na anual, bem como na análise regional para as duas comparações.

Construção (7,4% da PO). No total das seis regiões, estabilidade em ambos os períodos de comparação, bem como na análise regional.

Comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (19,3% da PO) No total das seis regiões, houve estabilidade em ambos os períodos. No âmbito regional, estabilidade na comparação com o mês anterior. Na comparação março2009/março 2008, ocorreu alta em Recife (9,7%) e em Belo Horizonte (7,9%).

Serviços prestados a empresas, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (15,2% da PO) Para o total das seis regiões, estabilidade em ambos os períodos.No enfoque regional, sem movimentação na comparação mensal. Na comparação anual, houve acréscimo na Região Metropolitana de Salvador (15,8%).

Educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (16,3% da PO) No total das seis regiões houve estabilidade na comparação mensal. Na comparação anual, o grupo teve alta de 3,6%. No enfoque regional, foi observado crescimento neste contingente de ocupados em Recife (9,5%), na comparação mensal. E na comparação anual, em São Paulo (7,0%).

Serviços domésticos (7,8% da PO) Estabilidade em ambos os períodos analisados. No enfoque regional, estabilidade em ambas comparações.

Outros serviços, (alojamento e alimentação, transporte, armazenagem e comunicações, limpeza urbana, atividades associativas, recreativas, culturais e desportivas, serviços pessoais) (17,2% da PO) Estabilidade tanto nacomparação mensal quanto na anual. No enfoque regional, estabilidade em ambas comparações.

Análise da forma de inserção do trabalhador no mercado de trabalho:

Empregados COM carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos, militares, funcionários públicos estatutários e outros) (44,5% da PO) Em relação a fevereiro, estabilidade, e frente a março de 2008, houve alta de 2,5%. Regionalmente, no mês, houvealta em Salvador (4,6%) e queda no Rio de Janeiro (4,3%). Em relação a março de 2008, ocorreram elevações em Recife (5,8%), Salvador (5,9%) e Belo Horizonte (5,6%).

Empregados SEM carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos, militares, funcionários públicos estatutários e outros),(12,5% da PO)Estabilidade nas comparações mensal e anual.Na análise regional, o quadro foi de declínio na Região Metropolitana de Salvador em relação a fevereiro (8,2%). Na comparação anual, houve declínio na Região Metropolitana do Rio de Janeiro (12,7%).

Militares ou funcionários públicos estatutários (7,9% da PO)Esse contingente de trabalhadores apresentou alta para o total das seis Regiões Metropolitanas, em relação a fevereiro (4,2%) e frente a março de 2008, mostrou estabilidade. No contorno regional, o quadro foi de alta em São Paulo, em comparação a fevereiro (9,1%). Na comparação com março de 2008, não foi constatada variação.

Trabalhadores por conta própria (18,8% da PO)Em ambos os períodos de comparação, esse contingente de trabalhadores apresentou-se estável. Na esfera regional, houve estabilidade nesta estimativa em ambos os períodos analisados.

RENDIMENTO MÉDIO REAL4

E março, o rendimento médio real habitualmente recebido pelos trabalhadores (R$ 1.321,40)permaneceu praticamente estável em relação a fevereiro de 2009 (R$ 1.323,86), mas cresceu 5,0% em relação a março de 2008 (R$ 1.258,59).

No enfoque regional, em relação ao mês anterior, houve acréscimo no rendimento nas Regiões Metropolitanas de Salvador (2,2%) e Rio de Janeiro (2,3%), enquanto houve queda em Recife (3,5%), Belo Horizonte (1,7%), São Paulo (1,0%) e Porto Alegre (0,5%).Na comparação anual, o comportamento foi de elevação em cinco regiões: Salvador (4,4%), Belo Horizonte (3,2%), Rio de Janeiro (9,2%), São Paulo (4,7%) e Porto Alegre (1,5%). Ocorreu queda no rendimento em Recife (2,1%).

Empregados COM carteira assinada no setor privado (R$ 1.261,80) Queda de 1,2% no mês e alta de 4,7% no ano. Regionalmente, no mês, foram registrados aumentos no rendimento nas Regiões Metropolitanas de Recife (1,7%), Rio de Janeiro (1,3%) e Porto Alegre (3,2%). Ocorreu queda em Salvador (0,5%) e São Paulo (3,5%) e estabilidade em Belo Horizonte. Regionalmente, no ano, para os trabalhadores deBelo Horizonte (2,4%),Rio de Janeiro (12,8%),São Paulo (3,6%) e Porto Alegre (1,6%) ocorreram avanços no rendimento. Foram registradas quedas de 1,2% em Recife e de 0,5% em Salvador

Empregados SEM carteira assinada no setor privado (R$ 867,10) Alta de 1,1%, no mês, e de 8,0% no ano. No mês, foram registrados declínios no rendimento nas Regiões Metropolitanas de Recife (6,3%), Belo Horizonte (6,0%), Rio de Janeiro (6,2%) e Porto Alegre (3,2%). Houve alta em Salvador (4,7%) e em São Paulo (5,3%). No ano, para os trabalhadores das Regiões Metropolitanas de Salvador (16,0%), Rio de Janeiro (7,2%) e São Paulo (11,3%) foram registrados avanços no rendimento. Ocorreram quedas no rendimento nas Regiões Metropolitanas de BeloHorizonte (2,7%) e de Porto Alegre (5,6%) e estabilidade em Recife.

Militares ou funcionários públicos estatutários (R$ 2.288,30)Queda de 0,6% no mês e alta de 7,0% no ano.No mês, Foi observado acréscimo no rendimento nas Regiões Metropolitanas de Salvador (1,9%) e de Porto Alegre (5,6%). Ocorreram recuos em Recife (10,1%), Belo Horizonte (2,7%) e São Paulo (1,0%). Houve estabilidade na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. No ano, houve acréscimo no rendimento nas Regiões Metropolitanas de Salvador (3,3%), Rio de Janeiro (20,3%), São Paulo (2,6%) e Porto Alegre (3,3%). O rendimento recuou em Recife (9,1%) e Belo Horizonte (1,5%).

Trabalhadores por conta própria (R$ 1.102,10) Alta de 0,7% no mês e 2,9% no ano.No mês, nas Regiões Metropolitanas de Recife (5,1%), Belo Horizonte (2,4%), São Paulo (1,8%) o rendimento cresceu. Houve recuo em Salvador (2,2%) e Porto Alegre (3,7%) e estabilidade no Rio de Janeiro. No ano, houve recuperação no rendimento nas Regiões Metropolitanas de Recife (2,4%), Salvador (5,0%), Belo Horizonte (6,9%),São Paulo (12,3%) e Porto Alegre (9,9%). Foi registrada queda no Rio de Janeiro (12,2%).

RENDIMENTO MÉDIO REAL DOMICILIAR PER CAPITA5

Em março de 2009, no agregado das seis regiões, o rendimento médio real domiciliar per capita(R$ 850,81) tevealta emrelação afevereiro(1,7%) e alta (4,5%) no ano.

No enfoque regional, em relação a fevereiro, foram observados acréscimos no rendimento nas Regiões Metropolitanas de Salvador (2,1%), Rio de Janeiro (1,0%), São Paulo (3,2%) e Porto Alegre (0,6%). Movimento de queda foi verificado em Recife (4,6%) e Belo Horizonte (1,0%). Na comparação com março de 2008, assinalaram recuperação Salvador (8,4%), Belo Horizonte (1,0%), Rio de Janeiro (7,3%), São Paulo (4,3%) e Porto Alegre (2,5%). Foi observada estabilidade em Recife.

MASSA DE RENDIMENTO REAL EFETIVO DA POPULAÇÃO OCUPADA6

A massa de rendimento real efetivo da população ocupada (R$ 27,4bilhões), estimada pela Pesquisa Mensal de Emprego de março de 2009 (mês de referência fevereiro de 2009), revelou queda em relação a janeiro (0,6%) e alta em comparação com fevereiro de 2008 (5,4%).

Em relação a janeiro, houve queda na massa de rendimentos nas seguintes regiões metropolitanas: Recife (4,2%), Belo Horizonte (0,9%) e São Paulo (1,2%). Houve alta em Salvador (1,2%), Rio de Janeiro (0,5%) e Porto Alegre (0,7%). Em relação a fevereiro de 2008, ocorreram altas nas seguintes regiões metropolitanas: Salvador (8,4%), Belo Horizonte (3,4%), Rio de Janeiro (7,8%), São Paulo (5,7%) e Porto Alegre (0,5%). Ocorreu declínio em Recife (1,5%).

__________________________________

1Proporção de pessoas desocupadas em relação à população economicamente ativa.

2São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Porto Alegre.

3Pessoas que não estavam trabalhando, estavam disponíveis para trabalhar na semana de referência e tomaram alguma providência efetiva para conseguir trabalho nos trinta dias anteriores à semana em que responderam à pesquisa.

4Rendimento habitualmente recebido. Para o cálculo do rendimento real em cada área, o deflator utilizado é o Índice de Preços ao Consumidor – INPC da respectiva região metropolitana. Para o conjunto das seis regiões metropolitanas, o deflator é a média ponderada dos seis índices de preços. A variável de ponderação é a população residente na área urbana da região metropolitana.

5Divisão do rendimento mensal domiciliar, proveniente do trabalho, pelo número de componentes da unidade domiciliar, exclusive pensionistas, empregados domésticos ou parentes dos empregados domésticos.

6Soma dos rendimentos efetivamente recebidos em todos os trabalhos no mês de referência da pesquisa (mês anterior ao que está sendo divulgado).

* Da Comunicação Social IBGE.

[EcoDebate, 25/04/2009]

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