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CEF não vai exigir a utilização de energia solar em todos os empreendimentos do programa Minha Casa, Minha Vida

Casas populares podem ficar sem energia solar – A Caixa Econômica Federal não vai exigir a utilização de energia solar em todos os empreendimentos e em todas as cidades cobertas pelo programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, afirmou o vice-presidente do banco, Jorge Hereda, em reunião do Conselho de Administração da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, em 15 de abril, em Brasília.

O programa prevê a inclusão de sistemas de aquecimento solar nos empreendimentos localizados nas regiões com maior demanda por aquecimento de água. Segundo dados do Procel sobre os hábitos de consumo, os habitantes das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste são os maiores consumidores de energia elétrica para aquecimento de água. E as indústrias produtoras dos equipamentos, projetistas e instaladores também estão localizados nessas regiões, reduzindo o valor de aquisição e despesas com frete, bem como facilitando a instalação e manutenção. Desta forma, o programa Minha Casa, Minha Vida, prevê a instalação de aquecimento solar prioritariamente nessas regiões, informa a Caixa. Matéria de Roberto do Nascimento, do DiárioNet.

As construtoras ficarão responsáveis pela compra e instalação dos equipamentos. Os projetos são analisados e aprovados pelas equipes técnicas da Caixa, incluindo verificação dos custos e especificações dos serviços e materiais. O banco apenas recomenda que as empresas responsáveis pela instalação dos equipamentos tenham o selo Qualisol, assegurando a qualidade dos serviços, bem como os equipamentos previstos para atender ao Programa Minha Casa, Minha Vida, que devem ter nível A da etiqueta do Inmetro/Procel para garantir sua eficiência.

A Caixa reafirma que não existe obrigatoriedade na adoção do sistema pela construtora. Todos os custos com a instalação são financiáveis pela Caixa e, portanto, poderão ser incluídos nos projetos. “Não podemos deixar de enfatizar os benefícios aos futuros moradores na economia de energia e às concessionárias na redução da demanda, principalmente nos horários de pico. Desta forma, a conscientização quanto aos benefícios do SAS, tanto para os usuários, quanto para o meio ambiente, pode ser visto como o principal argumento para incentivar projetos que incorporem ações voltadas à sustentabilidade dos edifícios”, informam os técnicos do banco estatal. Segundo a associação de fabricantes, os produtores dos equipamentos têm capacidade para atender o aumento da demanda nas regiões priorizadas pelo programa, assim como será possível contar com a oferta de bons produtos e serviços de instalação.

A Caixa já financiava os equipamentos, por meio das linhas de crédito para aquisição de material de construção, como o Construcard, bem como em empreendimentos habitacionais coletivos. “Tivemos vários empreendimentos financiados que adotaram sistemas de aquecimento solar, totalizando mais de 3 mil unidades. Todos os materiais, equipamentos e serviços previstos na construção de um edifício compõem o valor de produção do imóvel. Dessa forma, o sistema de aquecimento solar está incluído no valor do financiamento, com as mesmas condições de pagamento, taxas de juros e quantidade de parcelas”, informam técnicos da entidade.

Estudos realizados pela PUC-Green/MG comprovam a redução de 30% na conta de energia das famílias de baixa renda que utilizam o sistema. E a redução de energia, principalmente nos horários de pico, contribui para a desoneração das redes e redução da demanda para as concessionárias, assim como pela redução da necessidade de novos investimentos em produção de energia.

De acordo com o banco, o sistema de aquecimento solar adequado a edifícios deve ficar em R$ 2.500 e para casas, em R$ 1.800, incluindo as despesas com instalação e aquisição.

Matéria do DiárioNet, no Invertia – Portal Economia do Terra, enviada por Edinilson Takara, leitor e colaborador do EcoDebate.

[EcoDebate, 22/04/2009]

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