Rio Grande do Sul se mobiliza contra arroz transgênico da Bayer
Ao se recusarem a servir arroz transgênicos a seus clientes, as principais cadeias de restaurantes de Manila, nas Filipinas, demonstram respeito ao consumidor e ao meio ambiente.
Porto Alegre (RS) e São Paulo (SP), Brasil — Deputados e vereadores gaúchos endossam petição do Greenpeace, que já conta com mais de sete mil assinaturas.
A bancada petista da Assembléia Legislativa de Porto Alegre e vereadores de diversos partidos endossaram nesta quinta-feira (12/3) a petição do Greenpeace que pede à Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) a rejeição do arroz transgênico da Bayer, que está na pauta de votação da Comissão.
O arroz da Bayer foi criado para resistir ao agrotóxico glufosinato de amônio e não é plantado em país algum do mundo.
A petição do Greenpeace contra o arroz da Bayer explica que, por não haver estudos que comprovem a segurança dos transgênicos à saúde humana e ao meio ambiente, e por não ser plantado comercialmente em lugar algum do mundo, o arroz da bayer não deve ser liberado no Brasil. A petição do Greenpeace já conta com mais de 7 mil assinaturas.
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“O Rio Grande do Sul criou sua tradição na produção do arroz brasileiro. Será um grande risco para os agricultores e consumidores se o arroz transgênico entrar nos campos gaúchos. Os deputados e vereadores do Rio Grande do Sul sabem disso, por isso dizem não ao arroz da Bayer”, afirma Rafael Cruz, coordenador da campanha de Engenharia Genética do Greenpeace.
Na última quarta-feira (11/3), o vereador e ex-secretário do Meio ambiente de Porto Alegre, Beto Moesch, apresentou um projeto de lei na Câmara Municipal que visa proibir o uso de alimentos transgênicos nas escolas municipais da capital, dando preferência aos produtos orgânicos na composição da merenda dos alunos.
Deputados Estaduais do PT/RS que assinaram a petição:
1 RAUL PONTE
2 ELVINO BOHN GASS
3 DIONILSO MARCON
4 RONALDO MIRO ZULKE
5 MARISA FORMOLO
6 DANIEL BORDIGNON
7 STELA FARIAS
8 FABIANO PEREIRA
9 ADÃO VILLAVERDE
10 IVAR PAVAN
Vereadores de Porto Alegre que assinaram a petição:
1 MAURO ZACHER (PDT)
2 JULIANA BRIZOLA (PDT)
3 JOÃO PANCINHA (PMDB)
4 JESUS CASSIA LOPES GOMES (PTB)
5 PEDRO LUIZ FAGUNDES RUAS (PSOL)
6 CARLOS ATILIO TODESCHINI (PT)
7 FERNANDA MELCHIONNA E SILVA (PSOL)
8 BETO MOESCH (PP)
9 VALTER NAGELSTEIN (PMDB)
10 MARIA CELESTE SILVA (PT)
11 CARLOS COMASSETTO (PT)
12 TONI PROENÇA (PPS)
Projeto de lei proíbe transgênicos em merenda escolar do Rio Grande do Sul
Porto Alegre (RS), Brasil — Projeto, que conta com apoio do Greenpeace, poderá beneficiar 56 mil estudantes de 95 escolas municipais de Porto Alegre.
Projeto de lei que proíbe o uso de alimentos geneticamente modificados nas merendas de escolas municipais de Porto Alegre (RS) foi apresentado nesta terça-feira à Câmara Municipal pelo vereador Beto Moesch (PP). A iniciativa, que conta com o apoio do Greenpeace, poderá beneficiar 56 mil estudantes de 95 escolas municipais da capital gaúcha.
Ao justificar o seu projeto, o vereador lembrou que o consumo de alimentos transgênicos vem sofrendo restrições no mundo inteiro e que ainda não há comprovação da segurança desses produtos para a saúde humana e meio ambiente.
O projeto prevê a priorização do uso de alimentos orgânicos que, segundo Moesch, além de mais saudáveis, é educativo, pois coloca a comunidade escolar em contato com um sistema de produção que busca manejar de forma sustentável os recursos naturais.
“Este projeto tem uma dupla função: garantir alimentação segura para os estudantes das escolas municipais de Porto Alegre e incentivar fornecedores a trabalhar com produtos não transgênicos. É muito simbólico que a capital do Rio Grande do Sul, que produz a maior parte do arroz brasileiro, pense em afastar do prato de seus estudantes alimentos transgênicos”, afirma Rafael Cruz, coordenador da campanha de Engenharia Genética do Greenpeace, lembrando que o Brasil pode ser o primeiro país do mundo a plantar e consumir um arroz transgênico. A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) analisará no próximo dia 18 um pedido da Bayer para a liberação comercial do arroz geneticamente modificado LL 62, resistente ao agrotóxico glufosinato de amônio – produzido pela própria Bayer.
O Rio Grande do Sul produz 57% do arroz brasileiro.
Confira aqui a nossa página especial sobre arroz transgênico da Bayer. Ser cobaia, não é bom!
* Nota do Greenpeace, enviada por Edinilson Takara, leitor e colaborador do EcoDebate.
[EcoDebate, 16/03/2009]
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