Pesquisa associa a ingestão de cálcio com a redução do risco de câncer em mulheres
[Por Henrique Cortez, do EcoDebate] As mulheres com maior ingestão de cálcio parecem ter um menor risco de câncer em geral e tanto os homens como as mulheres, com alta ingestão de cálcio, têm menor risco de câncer colorretal e de outros cânceres associados ao aparelho digestivo. É o que concluiu uma pesquisa publicada na edição de 23/02 do Archives of Internal Medicine.
O cálcio é conhecido pelos seus benefícios à saúde óssea, de acordo com a informação no artigo. Devido a isto, o Instituto de Medicina recomenda 1200 mg de cálcio para adultos com mais de 50 anos.
Na pesquisa “Dairy Food, Calcium, and Risk of Cancer in the NIH-AARP Diet and Health Study”, Yikyung Park, Sc.D., do National Cancer Institute e colegas analisaram dados de 293.907 homens e 198.903 mulheres que participaram do National Institutes of Health-AARP Diet and Health Study.
Os participantes preencheram um questionário de freqüência alimentar, quando foram incluídos no estudo, entre 1995 e 1996, relatando o quanto e com que freqüência eles consumiam produtos lácteos, bem como uma ampla variedade de outros alimentos. Também informaram se tomavam ou não suplementos alimentares. Seus registros foram, então, relacionados com casos de câncer, para identificar novos casos de câncer até 2003.
Depois de um acompanhamento médio de 7 anos, foram identificados 36.965 casos câncer em homens e 16.605 em mulheres. A ingestão de cálcio não foi associada com o total de casos de câncer em homens, mas, no caso das mulheres, foi identificado que diminuiu o risco, com ingestão de até 1300 miligramas por dia, após a qual já não há mais redução do risco.
20% dos homens que ingeriram cálcio através dos alimentos e suplementos de cálcio (cerca de 1.530 miligramas por dia) apresentaram um risco menor de 16% de câncer do aparelho digestivo em relação aos 20% consumiam menos (526 miligramas por dia). Para as mulheres com um consumo de cálcio de 1881 mg por dia ocorreu uma redução de 23% em relação aos 20% que consumiam menos (494 miligramas por dia).
A diminuição de risco foi particularmente pronunciada para câncer colorretal. A ingestão de cálcio e lácteos não foi associada ao câncer de próstata, câncer de mama ou outros tipos de câncer não associados ao sistema digestivo.
Em síntese, o estudo indica que a ingestão de cálcio, em doses atualmente recomendadas, está associado a um menor risco de câncer total em mulheres e de cânceres do aparelho digestivo, especialmente câncer colorretal, em homens e as mulheres.
A suplementação de cálcio, através de alimentos e suplementos, deve ter acompanhamento médico, não devendo ser adotada, em qualquer hipótese, a automedicação.
O excesso de cálcio, em pessoas susceptíveis, pode ser associado a hipercalcemia e ao desenvolvimento de cálculos renais. O acompanhamento médico, portanto, é indispensável.
O artigo “Calcium, and Risk of Cancer in the NIH-AARP Diet and Health Study“, de Yikyung Park; Michael F. Leitzmann; Amy F. Subar; Albert Hollenbeck; Arthur Schatzkin. Dairy Food, . Archives of Internal Medicine, 2009; 169 (4): 391-401, apenas está disponível para assinantes. Abaixo transcrevemos o abstract.
Abstract
Dairy Food, Calcium, and Risk of Cancer in the NIH-AARP Diet and Health Study
Yikyung Park, ScD; Michael F. Leitzmann, MD; Amy F. Subar, PhD; Albert Hollenbeck, PhD; Arthur Schatzkin, MD
Archives of Internal Medicine 2009;169(4):391-401.
Background
Dairy food and calcium intakes have been hypothesized to play roles that differ among individual cancer sites, but the evidence has been limited and inconsistent. Moreover, their effect on cancer in total is unclear.
Methods
Dairy food and calcium intakes in relation to total cancer as well as cancer at individual sites were examined in the National Institutes of Health (NIH)-AARP (formerly known as the American Association of Retired Persons) Diet and Health Study. Intakes of dairy food and calcium from foods and supplements were assessed with a food frequency questionnaire. Incident cancer cases were identified through linkage with state cancer registries. A Cox proportional hazard model was used to estimate relative risks and 2-sided 95% confidence intervals (CIs).
Results
During an average of 7 years of follow-up, we identified 36 965 and 16 605 cancer cases in men and women, respectively. Calcium intake was not related to total cancer in men but was nonlinearly associated with total cancer in women: the risk decreased up to approximately 1300 mg/d, above which no further risk reduction was observed. In both men and women, dairy food and calcium intakes were inversely associated with cancers of the digestive system (multivariate relative risk for the highest quintile of total calcium vs the lowest, 0.84; 95% CI, 0.77-0.92 in men, and 0.77; 95% CI, 0.69-0.91 in women). Decreased risk was particularly pronounced with colorectal cancer. Supplemental calcium intake was also inversely associated with colorectal cancer risk.
Conclusion
Our study suggests that calcium intake is associated with a lower risk of total cancer and cancers of the digestive system, especially colorectal cancer.
Author Affiliations: Nutritional Epidemiology Branch, Division of Cancer Epidemiology and Genetics (Drs Park, Leitzmann, and Schatzkin), and Division of Cancer Control and Population Sciences (Dr Subar), National Cancer Institute, Bethesda, Maryland; and AARP, Washington, DC (Dr Hollenbeck). Dr Leitzmann is now with the Institute of Epidemiology and Preventive Medicine, University of Regensburg, Regensburg, Germany.
[EcoDebate, 27/02/2009]
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Para uma Boa Saúde dos Seres Vivos em geral, nisso inclui-se o Ser Humano, requer observar uma DIETA EQUILIBRADA e por essa razão é muito mais importante observar a relação CÁLCIO / MAGNÉSIO que deve ser de aproximadamente 2:1 (valor máximo recomendável).
Em algumas situações, onde houve consumo alimentar com excesso de CÁLCIO por logo tempo podem surgir alguns Males / Doenças, entre uma infinidade de possibilidades. Em qualquer caso recomenda-se observar uma Dieta com um excesso de MAGNÉSIO, visando remover o excesso de CÁLCIO do organismo enfermo.
O excesso de MAGNÉSIO não é prejudicial para a maioria das pessoas (salvo em algumas situações), pois ele é facilmente eliminado pela urina. – o PERIGO está no excesso de CÁLCIO que pode comprometer qualquer tipo de célula do organismo humano.
MISSAO TANIZAKI
Fiscal Federal Agropecuário
Bacharel em Química
missao.tanizaki@agricultura.gov.br (New)
Esplanada dos Ministérios, Bloco “D”, Sala 346-B, Brasíla/DF
TUDO POR UM BRASIL / MUNDO MELHOR