Projeto piloto em Rondônia utiliza mucuna preta como alternativa ao uso do fogo
MUCUNA-PRETA, Mucuna aterrima, em foto do Instituto Agronômico – IAC, SP
Projeto de conversão de multas do Prevfogo em parceria com a ONG Patcha Mama Amazônia, desenvolve um centro de treinamento na Comunidade Bom Jesus, próximo ao Km 13 da Br 364, em Rondônia, que tem como objetivo demonstrar como a mucuna preta (Mucuna aterrina) pode ser utilizada na limpeza e recuperação de solos degradados, sendo uma alternativa sustentável e totalmente ecológica ao uso do fogo.
A mucuna preta é uma leguminosa que cresce muito rápido, pertence à família das trepadeiras e suas características fisiológicas fazem com que ela se sobreponha rapidamente ao resto da vegetação, sufocando e matando todas as outras formas de vegetais. Tem um ciclo definido, em torno de oito meses, nos quais ela nasce, cresce, fornece as sementes e morre. Desta forma, a mucuna se torna uma alternativa muito segura para os agricultores. Além das suas características de limpeza de terrenos, ele fixa grande quantidade de nitrogênio, de 70 a 160Kg/ha/ano, o que aduba o solo, melhorando a produtiviadade agrícola.
Esse centro de treinamento fornecerá as sementes para os agricultores dos assentamentos Nilson Campos, Porto Seguro e São Francisco, todos próximos a cidade de Porto Velho. Com esse projeto pioneiro, que fornece uma alternativa adequada ao uso do fogo, pretende-se erradicar ou, no mínimo, diminuir sensivelmente as queimadas nesses assentamentos, que tem como um dos seus objetivos a sustentabilidade.
Segundo Clovis Brasileiro Franco, diretor da Patcha Mama Amazônia, essas técnicas estão sendo utilizadas no estado do Acre há mais de 10 anos e trazem grandes vantagens para os agricultores e para o meio ambiente.
O projeto é pioneiro no estado e tem a execução estimada em três anos, podendo ser estendido por tempo indeterminado.
Valdemir Tedesco, Ascom-RO
[EcoDebate, 13/02/2009]
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É uma excelente alternativa. Vou propor a uma ONG que trabalha em glebas aqui no Norte do Mato Grosso, já que os solos são bem degradados por se tratar de uma região que houve intensa mineração nos anos 80 e 90.