Estudo estima que o custo de reduzir CO2 drasticamente é 1% do PIB mundial

Estudo encomendado pela WWF põe preço de conter o carbono abaixo dos custos da mudança climática

Reduzir rapidamente as emissões de gases causadores do efeito estufa ao longo da próxima década custaria menos de 1% do PIB mundial até 2030, diz um relatório [Global Greenhouse
Gas Abatement Cost Curve] da consultoria McKinsey & Co.

“Financiar os custos globalmente parece administrável”, diz o relatório, patrocinado pelo grupo ambientalista WWF. O preço estimado do esforço seria de US$ 256 bilhões a US$ 448 bilhões ao ano até 2030 quando, calcula-se, o PIB global atingirá US$ 77 trilhões. Matéria da Agência Estado, com informações adicionais do EcoDebate.

Agir significará investimentos adicionais de US$ 678 bilhões, em 2020 e US$ 1,04 trilhão em 2030, dizem os especialistas, alegando que os custos serão retomados como economia de energia no futuro.

“O custo líquido acabará abaixo de 1% do PIB global”, dizem os autores do trabalho.

Os autores dizem ter trabalhado com dez grandes corporações – incluindo Shell e Volvo – e com organizações sem fins lucrativos para calcular como o mundo poderia cortar CO2 suficiente para manter o aquecimento global abaixo de 2º C.

Eles defendem uma grande economia de energia com a produção de carros, edifícios e ma´quinas mais eficientes que poderiam, um dia, cortar pela metade o consumo global de eletricidade.

O economista Nicholas Stern estimou, em 2006, que uma mudança climática descontrolada poderia custar de 5% a 20% do PIB global a cada ano.

As Nações Unidas realizarão conversações entre governos de vários países sobre a mudança climática em dezembro deste ano, em Copenhague. O objetivo é chegar a um acordo para substituir o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012.

* Matéria da Agência Estado, Segunda-feira, 26 de janeiro de 2009, 14:59.

Nota do EcoDebate: Para acessar o sumário executivo do relatório, no original em inglês, clique aqui.

Para acessar o relatório no texto integral, no original em inglês, clique aqui.

Abaixo transrevemos, no original em inglês, o release da consultoria McKinsey & Co:

Whilst leaders in many nations discuss ambitious targets for reducing emissions of greenhouse gases (GHGs), there is also an intense debate underway regarding the technical and economic feasibility of different target levels, what emission reduction opportunities should be pursued, and the costs of different options for meeting the targets.

To provide a quantitative basis for such discussions, McKinsey & Company, supported by ten leading global companies and organisations – The Carbon Trust, ClimateWorks, Enel, Entergy, Holcim, Honeywell, Shell, Vattenfall, Volvo, WWF – has assessed more than 200 GHG abatement opportunities across 10 major sectors and 21 world regions between now and 2030. The results comprise an in-depth evaluation of the potential, costs and investment required for each of those measures.
Our analysis finds that:

* The potential exists to reduce GHG emissions by just enough to stay on track until 2030 to contain global warming below 2 degrees Celsius.
* Opportunities can be grouped into three categories of technical measures: energy efficiency, low-carbon energy supply, and terrestrial carbon.
* Capturing all the potential will be a major challenge: it will require change on a massive scale, strong global cross-sectoral action and commitment, and a strong policy framework.
* While the costs and investments seem manageable at a global level, they are likely to be challenging for individual sectors.
* Delays in action of even 10 years would mean missing the 2 degrees Celsius target.

This report builds on our first global study published in January 2007 and subsequent national studies. It includes an updated assessment of the development of low-carbon technologies, of macro-economic trends and a more detailed understanding of abatement potential in different regions and industries. Furthermore it assesses investment and financing requirements and incorporates implementation scenarios for a more dynamic understanding of how abatement reductions could unfold.

[EcoDebate, 28/01/2009]

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