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Artigo

Um projeto que muda a matriz energética na Amazônia, artigo do Eng.Agr. Gert Roland Fischer

[A project that changes the energy matrix in the Amazon, article by Eng.Agr. Gert Roland Fischer]

O projeto altera a matriz energética da Amazônia. Com a utilização de matéria prima florestal disponível em todas as partes da fronteira agrícola produz-se um novo insumo: Energia elétrica. Os sub-produtos dessa matriz entre outros são: carvão, alcatrão e ácidos pirolenhosos.

A energia elétrica gerada pela queima de lixo orgânico ou biomassa em caldeiras turbinadas a vapor SUBTITUI com vantagens a queima do óleo diesel ou BPF.

Trata-se da mais nova fonte de para o setor madeireiro. A medida que os problemas gerados pelo aquecimento global forem se manifestando, maior serão os resultados dos negócios gerados.

Há casos que a energia elétrica se tornou o principal produto da organização. Este novo nicho de negócios e produtos inovadores, acontece no setor alcooleiro que se tornou o maior gerador de eletricidade sem que os Governos tivessem que projetar as complexas hidro-energias. Trata-se de um faturamento verde que se tornou interessante para muitos empreendedores.

Os créditos de carbono podem ser gerados exatamente nessa nova matriz energética para a Amazônia. São os projetos MDL também conhecidos como Mecanismos de desenvolvimento limpo.

A madeireira ao utilizar na caldeira-a-vapor resíduos das serrarias e os restos de biomassa dos desmatamentos, sem grandes investimentos, torna-se uma central geradora de eletricidade.

Estão a disposição inúmeras novas tecnologias e formas de associações com geradores de biomassa, que permitem – a baixos custos – a geração de energia. Pode-se formar consórcios onde os ganhos em escala são bem maiores e mais seguros.
O projeto piloto, cria modelo sustentável. Pode –ser aplicado em toda a Amazônia que usa sua matriz energética de forma equivocada e exageradamente cara.

A queima no ambiente aberto de florestas, resíduos florestais, resíduos da industria da madeira, entre outros, provoca danos sanitários gigantescos na população. Grande parte dos impostos arrecadados são utilizados nos hospitais e pronto-socorros. Os hospitais ficam totalmente lotados com crianças e idosos que sofrem com a contaminação do ar que respiram. O sofrimento é generalizado.

As queimas abertas e descontroladas contaminam a atmosfera com gases perigosos e CO², que aumentam o aquecimento global. A intensa poluição atmosférica em determinados meses do ano, paralisa o tráfego aéreo.
Centenas de madeireiras e os municípios pequenos, tem no diesel a geração de eletricidade, combustível instável e caro.

O sistema produtivo brasileiro é hoje grande consumidor de resíduos de madeira, queimados nas caldeiras para gerar vapor. Nos estado do Sul e Centro Oeste, a disputa pelos restos da madeira serrada, chegam a ser transportados em caminhões especiais por mais de 200 km, permanecendo a economicidade.
Para ingressar nessa nova elite de empreendedores da sustentabilidade da vida no Planeta Terra, basta ter vontade política.

Eng°. Agr° GERT ROLAND FISCHER, autor de manejo sustentado de bosques nativos – 1987 e reflorestador manejador de bosques nativos. Parceiro do CREA, ministra cursos em gestão ambiental. Gfischer.joi@terra.com.br

[EcoDebate, 05/11/2008]

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