Mudanças climáticas ameaçam 45% das espécies de árvores na Amazônia
[Climate change threatens 45% of tree species in the Amazon]
Quase metade das espécies de árvores da Amazônia podem ser extintas até 2100 se as emissões mundiais de dióxodo de carbono continuarem aumentando. A temperatura média global pode subir 4,5 graus e o impacto imediato será a falta de água que, já em 2050, pode afetar de 1,6 a 2,6 bilhões de pessoas. A estimativa assustadora foi anunciada ontem, em Brasília, pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês).
– O aquecimento global é inequívoco – afirmou Martin Parry, do IPCC. – Para o Brasil ainda há muita incerteza, mas já temos evidências científicas que não só o Nordeste, mas o Sul do país sofrerá com a falta de água. Por Luciana Abade, do Jornal do Brasil, 30/10/2008.
Para evitar os piores impactos, o IPCC afirma ser necessário um acordo mundial para que todos os países reduzam 80% de emissões de gases até 2050. Eles levarão essa proposta para a reunião de Copenhagen, na Dinamarca, que ocorrerá em dezembro de 2009 para fechar um acordo climático que substituirá o Protocolo de Kioto.
Responsabilidade brasileira
De acordo com o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) Carlos Nobre, o desmatamento na Amazônia é responsável por 55% das emissões brasileiras. O quadro torna-se ainda mais grave quando constata-se que 70% desse desmatamento ocorre de maneira ilegal. Já a agricultura é responsável por 25% das emissões, sendo que a maioria vem das emissões do gás metano do rebanho bovino brasileiro, o maior do mundo, com mais de 200 milhões de animais. O setor de energia é responsável por 17% das emissões.
Para Nobre, o Brasil deveria concentrar-se no combate ao desmatamento da Amazônia. O país ainda não tem tecnologia para diminuir a produção do metano.
– A condição do Brasil, de ser o quarto maior emissor, nos obriga a assumir responsabilidades – acredita Nobre. – Mais de 50% do PIB brasileiro depende dos recursos naturais renováveis, mas o PIB brasileiro associado com o desmatamento é de apenas 1%.
O pesquisador defende que os países desenvolvidos recompensem financeiramente os países em desenvolvimento que reduzirem as emissões por desmatamento. Uma diminuição de 50% da devastação mundial custaria de US$ 17 bilhões a US$ 30 bilhões.
– O Brasil já tem 750 mil km² de área desmatada – afirmou Nobre. Um terço desta área está desocupada. Então deveria ser usada para atividades agrícolas. A redução do desmatamento não tem impacto na economia brasileira.
Crise mundial
Os especialistas do IPCC acreditam que ainda é cedo para saber as consequências que a crise financeira mundial trará para o meio ambiente. Mas as expectativas não são boas.
– As lideranças políticas terão outras prioridades – acredita Parry. – É verdade que em tempo de recessão sociedade e governo preocupam-se mais com o padrão de vida do que com qualidade de vida. Mas esse tema é muito importante e se não pensarem em um plano que seja sustentável em tempos de recessão, ele não será sustentável em momento algum.
O Plano Nacional sobre Mudança no Clima do Brasil deve ficar pronto até dezembro. Segundo o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, existe uma pressão das organizações ambientais para que sejam estabelecidas metas. O Itamaraty, no entanto, é resistente à idéia porque não acha justo que o Brasil estipule metas sem ter garantias de compensação tecnológica e financeira.
[EcoDebate, 31/10/2008]
Inclusão na lista de distribuição do Boletim Diário do Portal EcoDebate
Caso queira ser incluído(a) na lista de distribuição de nosso boletim diário, basta que envie um e-mail para newsletter_ecodebate-subscribe@googlegroups.com . O seu e-mail será incluído e você receberá uma mensagem solicitando que confirme a inscrição.
Grande parte do Semi-Árido Nordestino pode se tornar um Grande DESERTO se os nossos Governantes e Parlamentares não derem a devida ATENÇÃO para essa REGIÃO.
A situação da BIODIVERSIDADE da REGIÃO tende a piorar ainda mais porque a “Evolução Climática” tende a piorar.
Uma Pequena Árvore derrubada lá na REGIÃO equivale a várias Grandes Árvores da Região Amazônica, portanto o uso da MADEIRA, como lenha ou fonte de Energia precisa ser “COMBATIDA”, mas é preciso estabelecer uma Política SÁBIA.
Sem Água e Energia Elétrica nas Áreas de Baixa Densidade Demográfica o Povo Nordestino do Interior (distante dos rios) vai Perdendo a sua FORÇA e acabam migrando para outras REGIÕES.
Politicamente o Nordestino não pode continuar sendo utilizado como Mão de Obra barata para outras Regiões do nosso Brasil, pois isso vem promovendo por décadas a migração que tem inchado os Grandes Centros Urbanos deste país – ELES É QUE PODEM SALVAR A CAATINGA.
Para reverter esse processo requer que nossos Governantes e Parlamentares empenhem esforços para que esse povo passe a ter uma Educação / Ensino de Qualidade e resolva a questão da Água e Energia para TODOS.
Para RECUPERAÇÃO da Flora e Fauna da Caatinga basta resolver os dois principais problemas do Povo Nordestino: necessidade de Água e Energia, não só nas Cidades, mas lá no interior, também.
Para suprir as referidas necessidades os nossos Governantes e Parlamentares precisam empenhar esforços e trabalhar na Grande Vocação do Semi-Árido Nordestino. Lá podem produzir Energia Elétrica em abundância utilizando a Energia SOLAR que a natureza nos oferece gratuitamente.
Fomentando a Produção de Painéis de Células Foto-Voltáicas, através de Cooperativas de Pequenos Empreendedores Éticos, todo o Nordeste terá mais Energia Elétrica, podendo poupar o uso das Águas na Usina Hidrelétrica de Paulo Afonso, com isso terá a água necessária para efetivar o Abastecimento de Águas das Cidades e Povoados, como daqueles que atuam na Agropecuária, sejam eles Pequenos ou Grandes Produtores, desde que passem a utilizar Sistema de Produção Eficientes (baixo consumo de água).
Esses Painéis de Células Foto-Voltáicas podem ser utilizados de várias formas. Segundo os interesses dos cidadãos esse recurso pode ser utilizado INDIVIDUALMENTE ou EM GRUPO, podendo favorecer muito aqueles que se situam em áreas não servidas por Redes Elétricas.
As áreas não servidas por Redes Elétricas são Áreas de Baixa Densidade Demográfica. Para Implementar essas Redes Elétricas nessas áreas o CUSTO é muito ALTO e isso causa dificuldades para os Governantes da Região, pois eles têm uma série de outras prioridades.
Na maior parte do Semi-Árido Nordestino há enorme Carência de Água e levar Água do Rio São Francisco é, também, oneroso, e isso causa as mesmas dificuldades aos Governantes da Região. Poços Artesianos podem funcionar com a Energia Elétrica Painéis de Células Foto-Voltáicas – sendo SALOBRA podem ser DESALINADAS, através de Equipamentos Específicos que requer Energia Elétrica.
Para Fomentar a Produção de Painéis de Células Foto-Voltáicas requer que os nossos Governantes estabeleçam POLOS de PRODUÇÃO adequados, onde requer IMPLANTAÇÃO de uma Fábrica de “Silício Negro” que será a Matéria Prima Base dos Pequenos Empreendedores.
Com o tempo outros POLOS de PRODUÇÃO poderão ser IMPLEMENTADOS em todos os Estados do Nordeste, podendo se tornar o Brasil no Maior Produtor Mundial desse fabuloso RECURSO. Esse caminho poderá contribuir muito no combate as Mudanças Climáticas, como poderá gerar muitos Empregos DÍGNOS, reduzindo a migração dos Nordestinos que saem das suas origens rumo ao Grandes Centros Urbanos.
MISSAO TANIZAKI
Fiscal Federal Agropecuário
Bacharel em Química
missao.tanizaki@agricultura.gov.br
Esplanada dos Ministérios, Bloco “D”, Sala 346-B, Brasíla/DF
TUDO POR UM BRASIL / MUNDO MELHOR