Pnad-2007 Primeiras análises: Analfabetismo cai 7,2 pontos percentuais nos últimos 15 anos
Educadora popular, Sra. Laide Silva Cardoso, com grupo de alunas da terceira idade. Local: Sede da Assoc. Rubem Berta. Foto: Cristine Rochol/PMPA
A análise da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), apresentada hoje pelo Ipea, apontou que o analfabetismo no Brasil caiu nos últimos anos. A queda maior ocorreu na população com 15 anos de idade ou mais. O número de analfabetos em 1992 era de 17,2% e caiu para 10% em 2007. Isso representa 7,2 pontos percentuais em 15 anos. Em 1992 o país registrava taxa de 17,2% de analfabetos. No ano passado foi registro foi bem menor. Caiu para 10%.
Os dados foram divulgados no Comunicado da Presidência nº 12, “Pnad-2007: Primeiras Análises (volume 4) – Educação, juventude e raça”. Desde o Comunicado da Presidência nº 9, os técnicos em planejamento e pesquisa do Ipea vêm analisando os números da Pnad.
De acordo com o diretor da diretoria de estudos sociais do Ipea, Jorge Abrahão, houve grande redução no Nordeste do país mas essa região ainda concentra o maior número de pessoas que não sabem ler nem escrever. “Coube à região Nordeste a maior redução (0,8 p.p.), no entanto essa região ainda apresenta um índice que é o dobro da média brasileira, situando-se em 20%, e bastante acima das taxas no Sul-Sudeste, que não ultrapassam os 6%.”
Tabela 1
Taxa de analfabetismo segundo categorias selecionadas
Brasil (1992 – 2007)
Faixa etária
Em relação à faixa etária da população não alfabetizada, foi detectado que esse número é maior entre a população com 40 anos ou mais. Esse grupo concentra 17,2% de analfabetos. Isso evidencia problemas de acesso a escola que grande parte da população brasileira mais velha teve, quando estava em período escolar.
Brasil rural
De acordo com a localização, foi observado que em relação a área rural quase um quarto de sua população é analfabeta. Já para a população urbana/metropolitana este índice é de 4,4%.
Negros e o analfabetismo
É possível observar números bastante expressivos quando o indicador leva em consideração os quesitos raça/cor. Mesmo com alguns avanços, a população negra ainda representa mais que o dobro do número de brancos que não sabem ler nem escrever. O primeiro grupo representa 14,1%, sendo que o segundo apresenta um número bem menor, apenas 6,1%.
Leia o Comunicado da Presidência n° 12 na íntegra.
[EcoDebate, 15/10/2008]
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