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Estudo aponta aumento de ‘zonas mortas’ nos oceanos


Fonte da imagem: World Resources Institute

O número de “zonas mortas” devido à poluição nos oceanos está crescendo rapidamente, e os cardumes costeiros estão mais ameaçados do que se pensava, disseram cientistas na segunda-feira.

Em artigo na revista PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences , da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, os especialistas disseram que essas áreas carentes de oxigênio estão se tornando “uma grande ameaça aos ecossistemas costeiros globalmente”. Por Alister Doyle, da Agência Reuters, com informações complementares do EcoDebate.

Em lugares distantes entre si como o golfo do México e o mar Báltico, a proliferação exagerada de algas – devido à abundância de dejetos orgânicos – esgota o oxigênio da água.

“Organismos marinhos são mais vulneráveis ao baixo conteúdo de oxigênio do que se reconhece atualmente, sendo os peixes e crustáceos os mais vulneráveis”, disse Raquel Vaquer Suner, do Instituto Mediterrâneo de Estudos Avançados, da Espanha.

“O número de zonas hipóxicas relatadas está crescendo globalmente à taxa de 5 por cento ao ano”, disse ela.

Um estudo da qual ela participou mostra que essas “zonas mortas”, que não existiam no final da década de 1970, já eram 140 em 2004.

O artigo publicado nos EUA diz ainda que o aquecimento dos oceanos, ligado às alterações climáticas globais de origem humana, podem agravar o problema das “zonas mortas”, pois o oxigênio tem mais dificuldade de se dissolver na água morna.

As primeiras “zonas mortas” foram descobertas em latitudes elevadas do Hemisfério Norte, como a baía de Chesapeake (Costa Leste dos EUA) e fiordes escandinavos. Agora, elas estão aparecendo na América do Sul, Gana, China, Japão, Austrália, Nova Zelândia, Portugal e Grã-Bretanha.

Até recentemente, segundo o estudo, a comunidade científica considerava que o nível de oxigênio poderia cair para 2 miligramas por litro, sem que a água do mar fosse considerada hipóxica.

Mas muitas criaturas são muito mais sensíveis. Larvas de um tipo de caranguejo do leste da América do Norte começaram a “sufocar” quando o oxigênio caía a 8,6 miligramas por litro, o que é um pouco abaixo do índice normal.

“Os limites atualmente usados…não são suficientemente conservadores para evitar a mortalidade generalizada”, disseram os cientistas, sugerindo que se adote como medida a cifra de 4,6 miligramas de oxigênio por litro de água.

Thresholds of hypoxia for marine biodiversity
Raquel Vaquer-Sunyer and Carlos M. Duarte
PNAS published September 29, 2008, doi:10.1073/pnas.0803833105
Abstract
Hypoxia is a mounting problem affecting the world’s coastal waters, with severe consequences for marine life, including death and catastrophic changes. Hypoxia is forecast to increase owing to the combined effects of the continued spread of coastal eutrophication and global warming. A broad comparative analysis across a range of contrasting marine benthic organisms showed that hypoxia thresholds vary greatly across marine benthic organisms and that the conventional definition of 2 mg O2/liter to designate waters as hypoxic is below the empirical sublethal and lethal O2 thresholds for half of the species tested. These results imply that the number and area of coastal ecosystems affected by hypoxia and the future extent of hypoxia impacts on marine life have been generally underestimated.

Para acessar o texto integral, no formato PDF, clique aqui

[EcoDebate, 01/10/2008]

One thought on “Estudo aponta aumento de ‘zonas mortas’ nos oceanos

  • Missao Tanizaki

    Muitos estudiosos já previam que os OCEANOS, também, fossem apresentar problemas sérios causados pelas ações dos homens.

    Para Combater/Reduzir esses problemas estamos montando um Grupo que conduzirá um Trabalho Complexo, com base na utilização de Plantas Aquáticas, como o Aguapé, que já foi muito estudado para despoluir as Águas de Lagos e Barragens.

    MISSAO TANIZAKI
    Fiscal Federal Agropecuário
    Bacharel em Química
    missao.tanizaki@agricultura.gov.br
    Esplanada dos Ministérios, Bloco “D”, Sala 346-B, Brasíla/DF

    TUDO POR UM BRASIL / MUNDO MELHOR

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