Desmatamento na Amazônia cresce 134% em agosto. DETER registra em agosto 756 km2 de desmatamento na Amazônia
O sistema DETER – Detecção do Desmatamento em Tempo Real, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), conforme descrito na página de entrada do projeto (www.obt.inpe.br/deter/), é uma ferramenta para suporte à fiscalização e não uma avaliação fiel do desmatamento mensal da Amazônia, em função da resolução dos satélites e da cobertura de nuvens variável de um mês para outro. A informação sobre áreas é para priorização por parte das entidades responsáveis pela fiscalização. O DETER deve ser usado apenas como indicador de tendências do desmatamento anual.
O sistema DETER apontou em agosto 756 km2 de desmatamento na Amazônia Legal. Deste total, 435 km2 no Pará e 229 km2 no Mato Grosso. É mais que o dobro de julho, quando o desmate ficou em 323 km2. Mas o número é menor que o registrado nos meses de junho, maio e abril, este o pior de 2008 segundo o DETER, quando a Amazônia perdeu em 30 dias 1.124 km2.
Estes números, que consideram áreas que sofreram corte raso (desmate completo) ou degradação progressiva, devem ser analisados em conjunto com os dados sobre a ocorrência de nuvens, que impedem o monitoramento por satélite.
Em agosto, 74% da Amazônia Legal pôde ser vista, porém ficaram encobertos 99% do Amapá e 77% de Roraima. O Mato Grosso ficou livre das nuvens em agosto, enquanto o Pará teve 24% de sua área encoberta. Esta cobertura é para o conjunto de imagens MODIS que foram utilizadas.
Acesse aqui o relatório com os mapas que indicam as áreas com nuvens, gráficos e tabelas com os números do desmatamento registrados pelo DETER no mês de agosto.
Avaliação
Com imagens dos satélites Landsat e CBERS, que apresentam melhor resolução espacial (20 e 30 metros), o INPE faz a qualificação dos dados do DETER, que usa sensores cuja baixa resolução (250 metros) é compensada pela capacidade de observação diária. O Relatório de Avaliação, disponível no site www.obt.inpe.br/deter, mostra que 89% das áreas apontadas pelo DETER foram confirmadas como desmatamento. Foram avaliados 420 Alertas, que representam 446 km2 ou 59% da área total dos polígonos (756 km2) indicados pelo DETER no mês de agosto.
Os Alertas indicaram principalmente desmatamentos por corte raso (67,5%) e por degradação florestal de intensidade alta (17%), categorias em que a resposta do solo é predominante sobre a cobertura florestal escassa. O sistema DETER foi preciso principalmente na detecção de polígonos maiores que 1 km2.
Os polígonos não confirmados como desmatamento (11%) eram na maioria menores que 2 km2. Para os técnicos do INPE, estes resultados comprovam que os Alertas do DETER são eficientes para orientar a fiscalização e indicar as áreas prioritárias para a vistoria de campo.
O DETER
Em operação desde 2004, o DETER foi concebido pelo INPE como um sistema de alerta para suporte à fiscalização e controle de desmatamento. São mapeadas tanto áreas de corte raso quanto áreas em processo de desmatamento por degradação florestal. É possível detectar apenas polígonos de desmatamento com área maior que 25 hectares por conta da resolução dos sensores espaciais (o DETER utiliza dados do sensor MODIS do satélite Terra e do sensor WFI do satélite sino-brasileiro CBERS, com resolução espacial de 250 metros). Devido à cobertura de nuvens, nem todos os desmatamentos maiores que 25 hectares são identificados pelo sistema.
EcoDebate, 30/09/2008, com informações do INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
As tropas federais estão fazento oquê? Que não tomam conta de nosso território e nossas florestas. Essa é a nossa guerra.Tudo isso é a má vontade política que temos no Brasil, enquanto outros países tem terremotos, furacões, fome, alagamentos no Brasil nos temos os politicos e só eles bastam.
oi quero saber mais sobre a amazonia
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