Londres apresenta sua estratégia de preparação para as mudanças climáticas
Thames Barrier em operação
O documento “London’s Climate Change Adaptation Strategy“, apresentado em 28/8, descreve o impacto das emissões de carbono em Londres. Ele mostra que, atualmente, a cidade não está preparada para lidar com os efeitos mais previsíveis das mudanças do clima. O lançamento da estratégia ocorre depois que o próprio governo declarou que o Reino Unido precisa se adaptar ao aumento médio de quatro graus, na temperatura global, até o final do século. Londres é a primeira capital a reconhecer, formalmente, os riscos potenciais do aquecimento global. Por Henrique Cortez*, do EcoDebate.
Segundo o documento, até o final do século, os invernos mais quentes serão mais frequentes e o aumento da temperatura irá permitir a aclimatação de espécies da flora e da fauna, em Londres, que são mais comumente vistos em climas mediterrâneos.
Principais conclusões do relatório:
* Os impactos das ondas de calor do verão de 2003 (no qual morreram 600 pessoas em Londres e 15 mil em Paris) e as inundações do verão de 2007 realçam que a cidade está vulnerável a condições meteorológicas extremas.
* As mudanças climáticas, intensificarão, em Londres, a ocorrência de períodos mais quentes, húmidos e invernos mais quentes, verões secos, enquanto que ocorrências “extremas”, tais como ondas de calor e altas ondas de marés, serão mais frequentes e intensas.
* Os londrinos terão de enfrentar um aumento do risco de inundações, secas e ondas de calor, que colocarão em perigo a prosperidade da cidade e a qualidade de vida para todos os londrinos.
* A estratégia propõe “ecologização” da cidade, através da melhoria e aumento das áreas verdes de Londres, para manter a cidade mais “fresca” no verão; a gestão de risco de inundação, provenientes dos afluentes para o Tamisa e das águas superficiais de chuvas fortes; incentivos para que os londrinos utilizem menos água, bem como a sensibilização das populações sobre os risco de inundaçãos.
O presidente da Câmara Municipal de Londres, afirmou: “Temos de concentrar os esforços no sentido de reduzir drasticamente as emissões de carbono e de tornar mais eficiente o uso da energia, a fim de evitar alterações climáticas perigosas. Mas precisamos também nos preparar para a forma como o nosso clima venha a mudar no futuro.
“A estratégia descreve, em pormenor, a gama de condições climáticas enfrentadas Londres, que tanto poderiam ameaçar seriamente a nossa qualidade de vida – especialmente as pessoas mais vulneráveis – e de pôr em perigo a nossa condição de uma das cidades mais importantes do mundo.
” A situação de Londres não é exclusiva – todas as grandes cidades como Nova York e Tóquio estão em risco com as mudanças climáticas”.
O prefeito lançou a estratégia em uma visita à Thames Barrier, o mais famoso exemplo de uma estrutura destinada a gerir a ameaça de condições meteorológicas extremas.
A publicação da estratégia destaca, pela Prefeitura de Londres, o manifesto compromisso de fazer a cidade uma líder “verde”, através de medidas eficazes, grandes programas de investimentos, incluindo uma meta ambiciosa de redução das emissões de carbono em 60% em 2025.
Esta estratégia será agora aberta à consulta. O prefeito tem a intenção de publicar a consulta pública, do projeto de adaptação às mudanças climáticas, em 2009.
A inicitativa londrina é importante, não apenas por ser pioneira, mas por reconhecer que já ultrapassamos o ponto sem retorno do aquecimento global, restando-nos tentar evitar que as mudanças climáticas atinjam uma dimensão catastrórica. E, na pior das hipóteses, de nos prepararmos para isto.
Enquanto isto, no Brasil, que será duramente atingido pelos efeitos das mudanças climáticas, continuamos com a nossa “estratégia” tradicional de nada fazermos, até que o desastre bata à nossa porta. É a atitude tradiconal de só “colocar tranca em porta arrombada”.
Diversos ministérios, com o MMA à frente, já gastaram milhares de horas e não imagino quantos reais em diversos grupos de trabalho, de estudo, de pesquisa, de discussão, etc, sobre o nosso desejável planejamento estratégico diante das mudanças climáticas. Mas, de real e concreto, nada mais do que, literalmente, nada.
Para acessar o documento “London’s Climate Change Adaptation Strategy” clique aqui
* Com informações do UK Department for Environment, Food and Rural Affairs e do Portal da Cidade de Londres
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Em quase nada ou muito pouco as Grandes Empresas Nacionais e as Multinacionais tem contribuido para estabelecer Medidas Concretas para combater as Mudanças Climáticas – tudo não passa de Bla, Bla, Bla.
Nós, Servidores Públicos, precisamos deixar bons exemplos, para que a Sociedade Brasileira desenva novos hábitos que possam contribuir na redução das Causas do Efeito Estufa e da Degradação do Meio Ambiente.
Uma iniciativa simples, mas concreta – vamos acabar com uso de Embalagens Descartáveis no Serviço Público, pode CATALIZAR Mudanças nas Grandes Cooporações e isso poderá refletir nos hábitos da Sociedade Brasileira.
Vamos deixar os nossos veículos em casa e voltar a utilizar os Ônibus – não será fácil, mas essa iniciativa poderá forçar os Governantes a estabelecer meios de transportes dignos para toda Sociedade Brasileira.
MISSAO TANIZAKI
Fiscal Federal Agropecuário
Bacharel em Química
missao.tanizaki@agricultura.gov.br
Esplanada dos Ministérios, Bloco “D”, Sala 346-B, Brasíla/DF
TUDO POR UM BRASIL / MUNDO MELHOR