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Estudantes da Universidade de Yale descobrem microorganismos benéficos em plantas do Amazonas

Um grupo de estudantes da Universidade de Yale descobriu dezenas de microorganismos e bioativos, potencialmente benéficos, nas plantas que colheram na selva da Amazônia, informou a revista “Public Library of Science” (“PLoS”). Matéria da Agência EFE, com informações adicionais do EcoDebate.

Segundo o artigo, entre esses microorganismos estão vários com diferenças genéticas, alguns que poderiam ser os primeiros membros de um novo gênero taxonômico.

Os estudantes recolheram 135 endófitos – fungos e bactérias que vivem dentro dos tecidos internos das plantas – durante uma expedição em 2007 ao Peru organizada por Scott Strobel, diretor do Departamento de Biofísica e Bioquímica Molecular de Yale, em Connecticut.

“A mera diversidade descoberta pelos estudantes surpreendeu a todos”, disse Strobel. “Apenas começamos a descobrir o potencial destes microorganismos. Nossos estudantes deram uma olhada no tesouro que abrigam estes habitat e temos que agir rapidamente para preservá-los”.

Os estudantes colheram os especimens em março de 2007 e durante os seis meses seguintes isolaram e cultivaram os organismos, fizeram sua seqüência de DNA e examinaram sua atividade biológica. Quase a metade dos organismos analisados deu provas de bioatividade.

Os linfócitos foram pouco estudados até agora pelos cientistas, e, no entanto, seu valor potencial ficou em evidência há mais de uma década quando se isolou o composto anticancerígeno taxol de um fungo endófito em uma árvore do Pacífico.

Os estudantes de Yale encontraram já pelo menos dois endófitos com algum potencial terapêutico. Cong Ma e Puyao Li encontraram um fungo endófito que tem propriedades antioxidantes.

Sun Jin Lee descobriu um extrato de um segundo fungo endófito que reduz a inflamação nos tecidos humanos. Uma análise mais detalhada da molécula revelou que inibe a apoptose, isto é a morte programada das células.

Além disso, o endófito estudado por Lee foi um de dez que mostraram variações de 15% a 30% de qualquer seqüência de DNA armazenada no GenBank, o regenerador virtual das seqüências genéticas dos organismos.

A diferença é suficiente para classificar o organismo em um gênero totalmente novo.

“A diversidade que encontramos espantou a todos”, disse Lee.

Strobel disse que uma segunda expedição da Yale efetuada em março no Equador “produziu uma coleção de conflitos bioativos tão diversa quanto a obtida um ano antes no Peru”.

Informações adicionais do EcoDebate: clique no título do estudo para acessar a íntegra do que foi publicado na revista “Public Library of Science” (“PLoS”)

Bioactive Endophytes Warrant Intensified Exploration and Conservation
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Stephen A. Smith, David C. Tank, Lori-Ann Boulanger, Carol A. Bascom-Slack, Kaury Eisenman, David Kingery, Beatrice Babbs, Kathleen Fenn, Joshua S. Greene, Bradley D. Hann, Jocelyn Keehner, Elizabeth G. Kelley-Swift, Vivek Kembaiyan, Sun Jin Lee, Puyao Li, David Y. Light, Emily H. Lin, Cong Ma, Emily Moore, Michelle A. Schorn, Daniel Vekhter, Percy V. Nunez, Gary A. Strobel, Michael J. Donoghue, Scott A. Strobel and Discussion During March 2007, S. Strobel

[EcoDebate, 23/08/2008]