Novas células fotovoltaicas ‘capturam’ raios infravermelhos e são 23% mais eficientes
Uma nova tecnologia de células solares, desenvolvida na Espanha, também captura os raios infravermelhos, superando a capacidade de geração das atuais células, que apenas absorvem a luz visível. Por Henrique Cortez, do EcoDebate.
As células solares convencionais são baseadas em semicondutores, tais como silício. Mas sua incapacidade para absorver infravermelhos lhes dá um limite de absorção pouco maior que 40% da energia solar. Na prática, eles só absorvem cerca de 30%.
O novo material, porém, pode aproveitar tanto tanto a luz visível como os raios infravermelhos, com uma eficiência máxima teórica de 63%, significando uma melhoria significativa de eficiência.
O novo material foi desenvolvido pelos pesquisadores Perla Wahnón, do Instituto de Energia Solar na Universidade Politécnica e José Conesa do Instituto de Catálise do Conselho Superior de Pesquisa Científica da Espanha, ambos em Madri.
Eles acrescentaram átomos de titânio e vanádio em um semicondutor convencional, alterando suas propriedades eletrônicas para criar energia em nível intermédio [Determinación de estructuras electrónicas para el diseño de nuevos materiales fotovoltaicos, mediante métodos ab-initio]
Este novo material está em testes no Lawrence Berkeley National Laboratory, Califórnia, e, teoricamente, pode capturar 57% da radiação solar.
Referências:
Physical Review Letters (DOI: 10.1103/PhysRevLett.101.046403);
Chemistry of Materials (DOI: 10.1021/cm801128b)
[EcoDebate, 05/08/2008]