ONGs, movimentos sociais e entidades públicas lançam Movimento PET Consciente
Representantes de movimentos sociais, de organizações não-governamentais e de entidades públicas lançaram, no dia 5/6, no Rio de Janeiro, o Movimento PET Consciente, a fim de alertar para os riscos do uso indiscriminado desse material em embalagens industriais e de sua liberação no meio ambiente. Da Agência Brasil.
Segundo o biólogo Marcelo Novaes, um dos organizadores do movimento, o objetivo é conscientizar a população sobre os riscos ao meio ambiente causados pelo consumo desenfreado de produtos com embalagens do tipo PET.
“O objetivo deste movimento é conscientizar as pessoas sobre os nossos hábitos do dia-a-dia em relação ao consumo de bebidas em garrafa PET. Apesar de haver reciclagem, ainda há uma grande quantidade que é jogada diretamente no meio ambiente.”
De acordo com o biólogo, apesar de 53% do material ser reciclado, houve um aumento significativo de produção industrial utilizando as embalagens do tipo PET.
Novaes destacou que o Brasil produziu, em 2007, 432 mil toneladas de lixo de garrafas do tipo PET liberou no meio ambiente pelo menos 200 mil toneladas. Em relação ao ano anterior, foram produzidas pelo menos 25 mil toneladas a mais.
A engenheira Adriana Filipetto, diretora do Aterro Sanitário de Nova Iguaçu, também pretende contribuir com o movimento para compartilhar a experiência de tratamento de resíduos para a geração de energia limpa. Ela defende que o lixo deve ser pensado de forma integrada.
“No aterro de Nova Iguaçu a gente deixa de emitir o gás oriundo da decomposição do lixo para transformá-lo em energia limpa. O objetivo é tentar pensar a solução para o problema do lixo e o saneamento ambiental de forma integrada. Normalmente se discutem soluções isoladas e a questão do PET é um dos principais problemas.”
O aterro bioenergético de Nova Iguaçu foi o primeiro projeto reconhecido pelo Protocolo de Quioto, em 2004, por transformar o gás em energia limpa e contribuir para o desenvolvimento sustentável da região.