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Notícia

Brasil é 2º em ranking de redução de mortalidade infantil

Relatório foi preparado para avaliar quais países deverão alcançar metas do milênio. O Brasil ocupa a segunda posição entre os dez países que mais conseguiram reduzir o número de mortes de crianças com menos de cinco anos desde 1990, de acordo com uma edição especial sobre as Metas do Desenvolvimento do Milênio preparada pela revista médica britânica “The Lancet”. Matéria da BBC Brasil, publicada pelo Portal G1, 11/04/2008 – 10h26 – Atualizado em 11/04/2008 – 10h56.

O Brasil só ficou atrás do Peru na lista dos países que mais avançaram e vai precisar reduzir em apenas 0,6% a taxa de mortalidade infantil até 2015 para alcançar a meta.

O Brasil reduziu de 57 para 20 o número de mortes nessa faixa etária a cada mil nascimentos entre 1990 e 2006, uma diminuição de 65%. A meta do país para 2015 é reduzir para 19 o número de mortes a cada mil nascimentos.

A edição especial da “The Lancet” foi elaborada com base no relatório Contagem Regressiva para 2015 – Sobrevivência Infantil e Maternal, preparado por um grupo que monitora as medidas adotadas por 68 países para alcançar as Metas do Desenvolvimento do Milênio referentes ao assunto.

O Brasil também aparece em quarto lugar na lista dos dez países – entre os 68 analisados – com a mais baixa taxa de mortalidade materna – 110 em cada cem mil mulheres, nas estimativas mais recentes.

Em 2005, quando a contagem regressiva começou e o primeiro relatório foi preparado, o Brasil já apresentava condições para cumprir essas metas.

Ao todo, apenas 16 países mostram avanços indicando que podem alcançar a meta para reduzir a mortalidade infantil. O número representa menos de um quarto dos 68 países prioritários, nos quais ocorrem 97% das mortes infantis e maternas registradas em todo o mundo.

Na análise do quadro de cada país, são levados em conta as taxas atuais de mortalidade infantil e materna, as causas das mortes, os fatores nutricionais e a presença e cobertura de programas de saúde voltados a áreas específicas como vacinação e atendimento pré-natal.

O grupo que prepara a contagem regressiva é formado por representantes da Organização Mundial da Saúde, Unicef e instituições de ensino médico.

Surpresas

No relatório deste ano, três países conseguiram pela primeira vez apresentar condições indicando que devem alcançar a meta de redução de mortalidade infantil – China, Haiti e Turcomenistão.

Enquanto grande parte dos países da África subsaariana teve pouco ou nenhum avanço, a Tanzânia obteve progresso considerável, surpreendendo os pesquisadores.

Devido a uma combinação de alto investimento público no setor de saúde e intervenções em áreas-chave como vacinação e distribuição de redes tratadas com inseticidas para prevenir a malária, o país conseguiu reduzir em 24% a taxa de mortalidade infantil entre 2000 e 2004.

Entre os países que menos avançaram e nos quais a taxa de mortalidade infantil na verdade aumentou estão Chade, Camarões, África do Sul, Congo, Zimbábue e Botsuana.

A Meta do Desenvolvimento do Milênio 4 estabelece que os países devem reduzir em dois terços o número de mortes infantis.

Já a Meta 5 estipula que os países devem reduzir em três quartos a taxa de mortalidade materna.

Nota do EcoDebate

Enquanto isto, o atendimento à saúde das crianças indígenas ainda está em níveis inqualificáveis. Vejam, por exemplo, a matéria “Mortalidade de crianças indígenas é o dobro da média nacional, diz relatório” ou http://blog.ecodebate.com.br/2008/04/11/mortalidade-de-criancas-indigenas-e-o-dobro-da-media-nacional-diz-relatorio/