Campinas – Projeto de lei para reutilização de água foi aprovado e projeto solar ainda aguarda aprovação
No ultimo dia 25 de fevereiro de 2008, foi aprovado em segunda discussão, o projeto de lei, de autoria do vereador, Sérgio Benassi (PCdoB), que obriga as empresas de ônibus urbanos, intermunicipais e interestaduais e cooperativas do transporte alternativo, operantes no transporte público municipal, a instalar equipamentos de recuperação e reutilização da água, usada na lavagem de veículos, para reaproveitamento com o mesmo fim. Matéria do portal Cidades Solares .
De acordo com a proposição, as empresas e cooperativas terão o prazo de 180 dias, a partir da promulgação da lei, para implantação e aplicação do sistema. No caso de descumprimento, as empresas deverão ser notificadas para instalação dos equipamentos necessários no prazo máximo de 60 dias. E se houver reincidência, implicará ao infrator multa de 500 Unidades Fiscais de Campinas (UFICs).
O vereador explicou que “70% da água pode ser reutilizada. Isso significa que os serviços domésticos, por exemplo, poderão contar com essa água para serem realizados”.
Em Campinas já tramita projeto de lei que dispõe do uso da energia solar nas edificações. Um seminário Cidades Solares e uma audiência publica já foram organizados em 2007 e em 2008, algumas lideranças da cidade trabalham para tornar Campinas, uma cidade solar.
Somente em 2007, Campinas deixou de implantar 30.000 metros quadrados de coletores solares por ausência de uma política publica sobre o assunto, aponta Carlos Faria Café, coordenador das cidades solares, e com isto deixou-se de economizar 6.200.000 kWh de energia elétrica e foram emitidas mais de 1700 toneladas de CO2 na atmosfera da cidade e do planeta. “ Estes números são apenas para um ano de operação das novas edificações. Imagine cada edifício deste operando por 25 anos” , comenta Café.
Para os vereadores da cidade que estão liderando o movimento Cidades Solares em Campinas, a proposta de lei que torna obrigatório o uso de aquecedores solares em novas edificações da cidade trará grande contribuição para o desenvolvimento sustentável da região e do pais. Os vereadores Luis Yabiku , Carlos Signorelli e Zé Carlos vem defendendo o uso da tecnologia solar há alguns anos e a união de forças neste momento mostra que a cidade tem lideranças políticas compromissadas com o futuro.
Segundo Café, se pensarmos no potencial máximo (se todos domicílios de Campinas se convertessem para a energia solar) de utilização de aquecedores solares no setor residencial, na região metropolitana de Campinas, constituída por 19 municípios e com uma população de 2.333.022 habitantes (IBGE – Censo Demográfico), os números são impressionantes. Seriam implantados nos próximos anos 2.250.000 metros quadrados de coletores solares cujos principais benefícios seriam:
• Redução da emissão anual de 127.000 toneladas de CO2 por ano;
• Economia de 1,8 Bilhões de reais na geração, transmissão e distribuição de energia elétrica ( equivalente a não construção de uma usina de 600 MW)
• Evitar-se á o alagamento de uma área verde e fértil de 117.850.940 m2 necessária a construção das usinas hidrelétricas para atender a este consumo;
• Gerar-se-ia 2000 novos empregos no setor de aquecimento solar.
Vote Solar. Ajude a aprovar o projeto de lei solar na cidade de Campinas.