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aquecimento global: Dois anos para salvar o planeta, por Claudio Angelo

[Folha de S.Paulo] HÁ UMA semana, o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC) deu em Bancoc, Tailândia, um recado pouco auspicioso: se quiserem evitar os piores efeitos do aquecimento global, os governos do mundo inteiro precisam fazer as emissões de gases de efeito estufa começarem a declinar após 2015. Os países-membros da Convenção do Clima da ONU se preparam para fechar até 2009 um acordo substituto ao Protocolo de Kyoto, o importante, mas pífio, tratado internacional de proteção do clima. Kyoto levou quase uma década sendo negociado, e seu período de aplicação real só começa no ano que vem (e vai até 2012). As emissões de CO2, dos anos 1990 para cá, subiram 24% em vez de cair.

O resumo dessa equação é que o mundo tem dois anos para produzir um acordo que seja muito mais ambicioso que o de Kyoto e comece a rodar em muito menos tempo, reduzindo em pelo menos 50% as emissões do planeta. Questionado sobre se a conta fechava, um dos líderes do painel do clima sorriu amarelo: “Estamos tentando passar uma mensagem positiva”. Os termos do pós-Kyoto começam a ser decididos em tese em dezembro, em Bali, e na prática no mês que vem, na Alemanha -num encontro que reunirá os maiores poluidores do passado (as nações do G8) e os cinco maiores poluidores do futuro próximo (China, Índia, México, África do Sul e Brasil). Na mesa de negociações do G8+5 estarão assuntos espinhosos. O principal deles é a adoção de metas de redução de emissões obrigatórias para os EUA (que as rejeita) e para os países pobres (aos quais Kyoto deu o direito de poluir, em nome de seu desenvolvimento). A UE, que se comprometeu a cortar 20% de seus gases-estufa até 2020, tenta pressionar ambos os blocos.

Permeando a conversa está a maneira como os países deverão proceder ao corte de emissões. Aqui, o relatório divulgado pelo IPCC em Bancoc na última sexta-feira traz uma verdade inconveniente: de longe, medidas de eficiência energética (grosso modo, trocar lâmpadas) têm o maior potencial de redução de emissões. Parece uma boa notícia, mas este não é um mercado muito sexy para países como os EUA, que querem condicionar sua ação climática a negócios bilionários, que envolvam tecnologias exportáveis.

A energia nuclear, uma dessas tecnologias, foi considerada uma opção real, mas de potencial baixo (deve crescer 2% até 2030, contra até 17% de crescimento das energias renováveis, segundo o IPCC). Os países pobres, por sua vez, deverão condicionar sua participação no pós-Kyoto a investimentos maciços das nações desenvolvidas. Se 2007 não vir um sinal de fim desse impasse, melhor desistir de comprar aquela casa na praia.

CLAUDIO ANGELO é editor de Ciência

(www.ecodebate.com.br) artigo originalmente publicado pela Folha de S.Paulo – 10/05/2007

One thought on “aquecimento global: Dois anos para salvar o planeta, por Claudio Angelo

  • É preciso mudar as nossas atitudes,em todos os sentidos
    evitar comer carne de origem animal que não tenha um plano de manejo
    sustentavel,diminuir as emissãoes de gases na atimosfera, com
    co2,hc4 diciplinar a população no sentido de não desperdiçar alimentos, colocar freio nas industrias auto motiva para a diminuição
    na fabricação de carros de passeio, pois podemos prefeitamente viver sem estas engenhocas,promover educação ambintal na grade escolar de
    primeiro e segundo grau, reflorestar todas as cabeceiras de rios
    e riachos,promover estudos e pesquizas para a produção de energia limpa, como solar, e eolica,
    produção de biocombustivel só de plantas oleoginosas que dure no minimo cinco anos,fazer uma grande companha mundial para a concientização ambintal,trocar todos os caros velhos com mais de dez anos de uso,e limitar para cada familha apenas um veiculo,
    criar um concelho mundial para limitar a corida espacial, por gasta
    bilhões de dolares para comquista outros planetas que já não há condições de vida, e que temos que gastar este dinheiro é para recuperá os nossos rios poluidos, investir em pesquisas para
    desenvolver motores a nitrogenio, com mistura de co2/ch4 com acomuladores de poluentes para tratamentos posterior,
    trocar todas s geladeiras antiga do planeta e desenvolver outras com energia solar,punir de forma exemplar aqueles delinquentes que promova atos danoso ao meio ambinte, fazendo com que ele pague as suas
    penas prestando serviço o governo na area ambiental,

    em fim mudança na economia mudial para uma nova ralidade planetar.

    att DEIJACY REGO
    MOVIMENTO H2O.

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