EcoDebate

Plataforma de informação, artigos e notícias sobre temas socioambientais

Notícia

Acordo destina 12 milhões para estudos sobre desastres ambientais

 

O foco é a recuperação da bacia hidrográfica do Rio Doce, afetada pelo rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (MG), em novembro de 2015.

 

A catástrofe socioambiental provocada pelo rompimento de barragem da mineradora Samarco em Mariana (MG), no último dia 5/11, atingiu 663 km de rios, com a destruição de 1.469 hectares de terras, incluindo Áreas de Preservação Permanente (APP), aponta laudo técnico preliminar do Ibama
A catástrofe socioambiental provocada pelo rompimento de barragem da mineradora Samarco em Mariana (MG), no último dia 5/11, atingiu 663 km de rios, com a destruição de 1.469 hectares de terras, incluindo Áreas de Preservação Permanente (APP), aponta laudo técnico preliminar do Ibama

 

Ação conjunta entre entidades federais e estaduais irá gerar conhecimento para buscar soluções concretas às conseqüências de desastres ambientais como o ocorrido no município de Mariana, em Minas Gerais, no final do ano passado.

A iniciativa reúne o Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a Agência Nacional de Águas (ANA), a Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes) e prevê o lançamento de um edital no valor de R$ 2 milhões.

Para isso, nesta quarta-feira, 27, foi assinado um acordo de cooperação entre os órgãos, momento que o presidente do CNPq, Hernan Chaimovich, avaliou como uma evidência da a capacidade das agências e da comunidade cientifica de trabalharem juntos na busca de soluções para problemas concretos. “Essa conjunção de esforços entre agências federais, agências estaduais e problemas reais, demonstra que o Brasil é capaz de enfrentar crise”, completou.

“O Brasil precisa, não só por esse caso (desastre em Mariana), incorporar ciência, tecnologia e inovação como política de estado, tal que, as políticas públicas sejam baseadas em evidências consensuais e não em opiniões individuais”, finalizou Hernan.

O presidente da Capes, Carlos Afonso Nobre, falou sobre a importância dos desastres naturais acontecidos nos últimos anos para a criação das políticas públicas relacionados ao tema. “No Brasil, nesta área de desastres naturais, nos estamos começando a construir alguns caminhos em que o conhecimento cientifico consegue de fato orientar políticas públicas”.

O edital

O edital, que deve ser lançado até o fim de fevereiro, prevê a contratação de propostas de estudo de pesquisadores abrangendo as áreas de solo, água, vegetação e fauna. Além, de estudos na área social como as consequências do desastre para agricultura, abastecimento, economia regional da bacia do rio e a população afetada.Também as áreas como hidrologia, engenharia de barragem, química, química ambiental, ecologia, biologia, oceanografia, mineralogia e meteorologia.

Entre outras ações, o edital irá oferecer bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado, abrangendo cientistas nacionais e estrangeiros. A expectativa é que os estudos sejam feitos ao longo dos próximos quatro anos.

Estavam presentes na assinatura do acordo o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq), Hernan Chaimovich, o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Carlos Afonso Nobre, o presidente em exercício da Fundação de Amparo a pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), Paulo Sérgio Lacerda Beirão, o presidente da Fundação de Amparo a Pesquisa do Espírito Santo (Fapes), José Antônio Bof Buffon, e o presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu Guillo.

Fonte: CNPq

in EcoDebate, 29/01/2016

 

[CC BY-NC-SA 3.0][ O conteúdo da EcoDebate pode ser copiado, reproduzido e/ou distribuído, desde que seja dado crédito ao autor, à Ecodebate e, se for o caso, à fonte primária da informação ]

Inclusão na lista de distribuição do Boletim Diário da revista eletrônica EcoDebate

Caso queira ser incluído(a) na lista de distribuição de nosso boletim diário, basta enviar um email para newsletter_ecodebate+subscribe@googlegroups.com . O seu e-mail será incluído e você receberá uma mensagem solicitando que confirme a inscrição.

O EcoDebate não pratica SPAM e a exigência de confirmação do e-mail de origem visa evitar que seu e-mail seja incluído indevidamente por terceiros.

Remoção da lista de distribuição do Boletim Diário da revista eletrônica EcoDebate

Para cancelar a sua inscrição neste grupo, envie um e-mail para newsletter_ecodebate+unsubscribe@googlegroups.com ou ecodebate@ecodebate.com.br. O seu e-mail será removido e você receberá uma mensagem confirmando a remoção. Observe que a remoção é automática mas não é instantânea.