Programa incentiva pequenos agricultores a gerarem energia eólica e solar
Acordo insere equipamentos de geração no programa Mais Alimentos; Produtores terão crédito diferenciado
A partir de hoje, pequenos produtores de agricultura familiar e assentados da reforma agrária podem financiar os equipamentos para produção de energia eólica e solar pelo programa Mais Alimentos, uma linha de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) para dar subsídios a infraestrutura produtiva.
A assinatura do termo de cooperação foi feita nesta quarta-feira (25), em Brasília, entre a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário. As energias solar e eólica estão inseridas nas chamadas fontes de energia renováveis, que representaram no ano passado 41% da matriz energética brasileira.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, celebrou o acordo e lembrou que o Brasil é um país rico em recursos naturais, necessários para o desenvolvimento nacional. “A integração dos equipamentos no Mais Alimentos é mais um avanço na agricultura familiar”, disse o ministro.
Ao adquirir os equipamentos de geração de energia por meio do programa, os agricultores familiares financiam o material com condições de crédito diferenciada do mercado. Para o diretor executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia, o acordo irá diminuir a principal dificuldade hoje do pequeno consumidor, justamente o investimento inicial nos equipamentos de energia solar fotovoltaica.
“O investimento é quase todo no início, porque a vida útil das placas fotovoltaicas é de 25 anos, com pouca manutenção. Com o acordo, esperamos ter mais geração de energia no campo, trazer produtividade e agregar valor para os pequenos agricultores”, disse.
A presidente executiva da ABEEólica, Elbia Melo, ressalta que uma das principais características da energia eólica, além da produção limpa de energia, é justamente agregar valor e gerar outra fonte de renda para os estados produtores.
“No Rio Grande do Sul, os parques eólicos continuam produzindo arroz e criando gado, mas agora com a renda extra do arrendamento das máquinas. O efeito multiplicador das energias renováveis vai além do contexto energético, tem o impacto social”, completa. Segundo ainda a presidente executiva, somente a energia eólica gerou 40 mil postos de trabalho relacionados a produção dos equipamentos, manutenção e seu funcionamento.
Fonte: Portal Brasil
in EcoDebate, 27/11/2015
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