UNESP publica online o ‘Atlas de Sensibilidade Ambiental ao Óleo no Litoral Paulista’
Acidentes com vazamento de óleo na terra ou na água demandam ação imediata dos órgãos de defesa ambiental para minimizar os danos ambientais e ecológicos. Pensando nisso, um grupo de pesquisadores e estudantes do Departamento de Geologia Aplicada do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Unesp, Câmpus de Rio Claro, realizou várias pesquisas com o objetivo de mapear áreas mais e menos sensíveis ao derramamento de petróleo no litoral do Estado de São Paulo. O estudo deu origem ao Atlas de Sensibilidade Ambiental ao Óleo no Litoral Paulista, lançado em 2014, que está disponível para consulta na internet através do link http://bibdig.biblioteca.unesp.br/handle/10/112, na Biblioteca Digital da universidade.
O projeto para elaboração do atlas foi coordenado pela Profa. Dra. Paulina Setti Riedel, docente do Departamento de Geologia da Unesp de Rio Claro. O levantamento de dados foi feito entre 2006 e 2010 a editoração do atlas foi concluída em 2013. A professora relata que foram produzidas 128 Cartas de Sensibilidade Ambiental a Derramamento de Óleo (121 operacionais e 7 táticas). As Cartas de Sensibilidade ao Óleo ou Cartas SAO, como são conhecidas, constituem ferramentas essenciais e fonte de informações para o planejamento das ações de contenção em caso de incidentes. Por meio delas, é possível identificar os ambientes com prioridade de proteção e as eventuais áreas de sacrifício. Dessa forma, pode-se utilizar melhor os recursos disponíveis para agilizar a limpeza e diminuir os danos ambientais.
Paulina explica que, além da sensibilidade ambiental, o atlas também tem uma abordagem socioeconômica, por identificar as atividades que podem ser prejudicadas pelo desastre. Por exemplo, se o vazamento de óleo atinge uma área de pesca esta pode ser afetada causando impactos sociais e econômicos na região. O atlas completo, bem como cada carta separadamente, está disponível para download em português e há previsão para a versão em inglês ao final do segundo semestre de 2015, também na biblioteca digital da Unesp.
O Atlas de Sensibilidade Ambiental ao Óleo no Litoral Paulista foi desenvolvido pelo Centro de Geociências Aplicadas ao Petróleo (IGCE/UNESPetro), no âmbito do Programa de Formação de Recursos Humanos em Geologia e Ciências Ambientais aplicadas ao setor de Petróleo, Gás e Biocombustíveis – PrH 05. O projeto foi financiado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) com apoio parcial do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). O grupo de pesquisa contou com a participação dos professores Paulina Setti Riedel, Dimas Dias Brito, João Carlos de Carvalho Milanelli, Arthur Wieczorek, além de dezenas de alunos de graduação e pós-graduação.
Desdobramentos
Como os vazamentos de óleo não acontecem apenas no mar, os pesquisadores planejam pesquisar a sensibilidade dos ambientes fluvial e terrestre. A professora Paulina Setti Riedel conta que os estudos sobre um trecho da hidrovia Tietê-Paraná já começaram com um mestrado e um doutorado concluídos, além de trabalhos de conclusão de curso. A pesquisa inclui o trecho do rio Tietê que passa por Anhembi e pelo reservatório de Barra Bonita. O mapeamento terrestre ainda está na fase de definição da área a ser estudada, que ficará entre Rio Claro e São Paulo. O foco será na sensibilidade de rochas e solo ao óleo. O projeto será realizado em parceria com o Instituto Geológico da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo.
Informe da UNESP, in EcoDebate, 11/08/2015
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