GINK: Pessoas com inclinação verde e sem filhos, artigo de José Eustáquio Diniz Alves
GINK (Green Inclinations No Kids)
[EcoDebate] O acrônimo GINK (Green Inclinations No Kids) é um termo utilizado pela escritora norte-americana Lisa Hymas para descrever as pessoas com inclinação verde (ecológica) e sem filhos. Também se usa GINC (Green Inclinations No Children). O termo é uma analogia ao acrônimo, já muito utilizado, DINK (Double Income No Kids) ou DINC (Double Income No Children; em português: Duplo Ingresso Nenhuma Criança).
Segundo Lisa Hymas, o termo GINK é uma forma provocativa que ela encontrou para denunciar a insustentabilidade ambiental da população dos Estados Unidos. Ela fez um manifesto defendendo a opção de não ter criança e ser uma mulher sem filho (childless) ou livre de filhos (childfree). O termo childfree vem sendo utilizado como uma forma de desestigmatizar a opção por uma vida sem filhos, já que a expressão childless pode ter uma conotação de ausência ou falta involuntária.
Ela afirma que gosta de crianças, que alguns de seus melhores amigos são pais (ou mães) e que a sociedade dá muitos incentivos à maternidade. Porém, uma vida sem filhos tem vantagens pessoais e faz bem para o meio ambiente, especialmente agora em que temos um planeta cada vez mais lotado e poluído. A concentração de CO2 na atmosfera já ultrapassou 400 partes por milhão (ppm) e os norte-americanos estão entre as pessoas com maior emissão per capita do mundo.
Segundo Lisa Hymas, ações como viver em uma casa energeticamente eficiente, andar a pé ou de bicicleta, usar transporte público quando possível; andar menos de avião, reduzir o consumo, trocar lâmpadas incandescentes por fluorescentes ou LEDs, etc, sem dúvida, ajudam a conservação dos ecossistemas. Mas mesmo considerando o impacto conjunto dessas ações, não chega perto do impacto de não trazer novos seres humanos, particularmente, novos americanos para o mundo.
As pessoas sem filhos raramente discutem em público as vantagens e desvantagens da vida sem filhos. O manifesto GINK visa mudar essa situação. Ou seja, a escolha de ser uma pessoa sem filho (childless ou childfree) é completamente válido e não completamente solitária.
Evidentemente muitas pessoas vão condenar o manifesto GINK de Lisa Hymas. Porém, como disse Simone de Beauvoir, escrevendo em um outro contexto, o que se deve condenar é a ideologia que incita todas as mulheres a se tornarem mães. De fato, todas as ações e opções voluntárias e livres para defender o meio ambiente são válidas e bem vindas.
Referências e sites sobre indivíduos sem filhos:
Lisa Hymas. The GINK (Green Inclinations, No Kids) manifesto. Say it loud: I’m childfree and I’m proud. 30/03/2010. Disponível em:
http://www.grist.org/article/2010-03-30-gink-manifesto-say-it-loud-im-childfree-and-im-proud
Katie Herzog. Why I’ll never have kids, and why you shouldn’t either, GRIST, 16/01/2015
http://grist.org/article/why-ill-never-have-kids-and-why-you-shouldnt-either/
Luci Mansur, Sem filhos: a mulher singular no plural, São Paulo, Casa do Psicólogo, 2003
http://www.buscape.com.br/sem-filhos-a-mulher-singular-no-plural-luci-helena-baraldo-mansur-8573962690.html#precos
Musings on childfree living and reproductive rights, with a green twist
http://ginkthink.wordpress.com/about/
The Childless by Choice Project http://www.childlessbychoiceproject.com/
https://pt-br.facebook.com/SemFilhosPorOpcao
Utero Vazio http://uterovazio.blogspot.com.br/
Childfreedom http://childfreedom.blogspot.com.br/
Life Without Baby http://lifewithoutbaby.com/
José Eustáquio Diniz Alves, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em demografia e professor titular do mestrado e doutorado em População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE; Apresenta seus pontos de vista em caráter pessoal. E-mail: jed_alves@yahoo.com.br
Publicado no Portal EcoDebate, 13/02/2015
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Sem nenhuma intenção de condenar ninguém, já que a opção de ter filhos precisa ser responsável e, portanto, respaldada também pelo desejo, venha ele de onde vier. Mas não considero a opção relatada “ecológica”. Fazemos parte de uma espécie cheia de problemas, com muita necessidade de melhorar sua ação no mundo. Se as pessoas “com consciência ecológica” resolvem não contribuir para a próxima geração… podem estar contribuindo para reduzir a frequência dessa consciência na próxima geração. Reduções populacionais geram também sérios problemas (previdenciários, por exemplo). A maior contribuição que os americanos podem dar é reduzir o seu consumo per capita de energia e recursos naturais em geral, este completamente insustentável.
Interessante a opinião da escritora, não concordo com ela. Se todas as mulheres do mundo optarem por não ter filhos daqui uns 300 anos mais, a espécie humana deixará de existir. Claro é opinião dela, com certeza muitas mulheres não irão aderir, pois em geral, é uma condição inata da mulher ou da fêmea na natureza, portanto, não enxergo com uma ideologia.
Acredito que não é o fato de ter filho(a) que vai mudar a condição da espécie humana aqui na Terra. Naturalmente reproduzimos, somos animais, assim como as demais espécies que vieram para reproduzir e garantir o seu lugar na corrida da evolução.
A questão é a educação passada aos filhos as novas gerações, é necessário rever conceitos de convívio social, hábitos, consumo de bens materiais e exploração dos recursos naturais entre outros paradigmas. Isso é preocupante.
Nós Homo sapiens infelizmente não sabemos coexistir com as demais espécies (fauna e flora) em harmonia e equilíbrio e não sabemos utilizar os elementos naturais (terra, fogo, ar, água e luz solar) disponíveis diariamente, de maneira menos impactante e mais eficiente.
Bem este assunto é bem pessoal. Mas vou expressar minha opinião me contrapondo ao artigo. Não considero sustentável não termos filhos. Para falar a verdade, não ter filhos é prever o falecimento da nossa espécie. Em muitos países hoje, a população está decrescendo. Não acho que este seja o caminho. Sustentabilidade está ligada a idéia de desenvolvermos (termos filhos) dentro das limitações e possibilidades do planeta. Fui pai, depois dos quarenta anos e modifiquei completamente minha visão da minha vida, da raça humana e da vida em sociedade e mesmo ambiental. Considero hoje que antes de ter filhos que tinha uma visão limitada, simplista e egoísta da vida ao não perceber a função e importância humana de ter filhos. Ao enterdermos a função de ter filhos, expandimos o conceito da humanidade, que se funde a cada um de nós. Entendemos na prática, que nossa existência individual na verdade é a soma e resultado de muitos outros e verificamos que a opção egoísta de um indivíduo negaria o resultado de muitas procriações anteriores que vingaram e que não foram consultadas. Interromper a nossa linhagem seria desperdiçar a vida de muitos outros que vieram antes de nós e que nos permitiram a nossa existência, da nossa espécie humana. Mas não é só isto! Ao olhar hoje para meu filho, me enxergo nele, e vejo nele meu pai que já morreu e mesmo meu avô, bisavô que nunca os conheci. Ao olhar hoje meu filho, vejo que minha existência não morrerá comigo. Possuímos a chance de nós tonarmos outros, de vivermos em outros e de sobrevivermos “a nós mesmos”, de nos perpertuar e transcender esta existência limitada em nós e assim podemos entender que nossa existência pessoal na verdade transcende em muito a minha pessoa. Começamos a entender toda a humanidade que carregamos conosco. Acho que quem defende não ter filhos não compreende a humanidade de forma plena e tem uma visão egoísta, apenas voltada para sua existência. Desta forma, insustentável. A meu ver esta visão egoísta e incompleta é uma das causas atuais e raíz da não sustentabilidade humana atual. Ter filhos mudou a minha percepção de indivíduo que se tornou ampla. Não concordo que a solução seja esta.
O problema ou constatação, até mesmo biológica, é que tais espaços serão ocupados por quem se reproduz. Ex: Li a uns 30 anos que haveria grande chance de um negro ou latino ser presidente dos EUA, mesmo com todo preconceito existente, pois eles, os mais pobres é que suportam carga dos serviços pesados, incluso as da gestação e criação, portanto mais adaptados ao meio e a reprodução…Salvo engano, essa é a estratégia do povo Guarani na busca de retomar seu território. Ademais nos grandes centros urbanos há mais cachorro do que crianças e mais venda de fraldas geriatricas… quais leituras e projeções poderíamos fazer desta realidade?
Caros,
Parece ocorrer uma perda de foco em relação ao que realmente está em debate no GINK (Green Inclinations No Kids).
A questão não é que as pessoas sejam moralmente obrigadas a não ter filhos, mas, ao contrário, que as pessoas não sejam obrigadas a tê-los.
Existe uma enorme pressão social para que TODOS os casais tenham filhos.
Os que optam conscientemente por não ter filhos são vítimas de intolerância, pela própria família, amigos e a sociedade em geral.
Sei disso por experiência própria.
As mulheres, em especial, são fortemente pressionadas, com o tolo conceito de que a maternidade é destino inapelável e que todas as mulheres são pessoas ‘incompletas’ sem filhos.
A reprodução pode ser um imperativo biológico entre os animais mas, no nosso caso, temos a opção e devemos exercê-la livremente.
É evidente que a crescente crise socioambiental exige uma vigorosa redução da pegada ecológica de todos.
* Se toda a população mundial tivesse o padrão de produção e consumo dos EUA seriam precisos 4,5 planetas Terra.
* Um 1/6 da humanidade consome 78% de tudo que é produzido no mundo. 16% mais ricos do mundo são responsáveis por cerca de 78% do total do consumo mundial
* Os EUA, com apenas 5% da população mundial, abocanharam uma fatia de 32% do consumo global.
* Os 500 milhões de pessoas mais ricas do mundo (aproximadamente 7% da população mundial) são atualmente responsáveis por 50% das emissões globais de CO2, enquanto os 3 bilhões mais pobres são responsáveis por apenas 6%
É claro, portanto, que uma vigorosa redução da pegada ecológica de todos é a questão central.
Mas, nem por isto, a questão populacional e a reprodução consciente deixam de ser importantes.
No mais, de optar a não ter filhos à extinção de nossa espécie, vai uma distância enorme.
Henrique Cortez
Olá pessoal,
Em primeiro lugar obrigado pelos comentários. A intenção do artigo era exatamente provocar debate.
Creio que a intenção da autora do manifesto GINK era também colocar em debate a questão do consumo insustentável e o papel que cada novo habitante do mundo, especialmente dos EUA, neste processo.
Mas evidentemente, cada pessoa pode ter o número de filhos que desejar. Isto é o que se chama direitos reprodutivos. É quase inimaginável considerar que todas as pessoas do mundo serão GINK ou DINK. Portanto, não há perigo da extinção da espécie humana por esta via.
O perigo é o que os humanos (com muitos ou poucos filhos) estão fazendo com o Planeta e a degradação do meio ambiente. Passar uma consciência ecológica para os filhos biológicos, adotados ou outras crianças sem grau de parentesco é dever de todas as pessoas que defendem a sustentabilidade ecocêntrica.
No mais concordo 100% com tudo que o Henrique Cortez disse no comentário acima.
Abs, José Eustáquio
Oi,
Engraçado, só homens terem comentado no artigo até agora, e falando em nome das mulheres, como se ter filhos fosse um imperativo biológico (tá tá, talvez até seja) inescapável (com certeza NÃO) e especialmente feminino (sorry, guys, também NÃO. Não é toda mulher que “nasceu para ser mãe”, isso NÃO é um sonho universal feminino, e para muitas, nas quais me incluo, a idéia está mais para um pesadelo a ser evitado a todo custo) querer ter filhos.
E como o Henrique falou, esse movimento não é sobre obrigar a quem quer ter filhos que não tenham. Ninguém aqui falou em estabelecer uma política de filho único chinesa a nível mundial. Quer ter filhos? Lhe darei os meus parabéns no primeiro e falarei boa sorte no segundo.
Mas no terceiro e próximos, confesso que lamentarei. Em silêncio, nunca irei dizer isso a um pai ou mãe de terceira viagem que acabe de me anunciar a chegada do novo rebento. É escolha de cada pessoa, assim como comer churrasco toda semana, viajar para o exterior todo ano, morar em uma mansão ou dirigir uma pick-up no asfalto também são escolhas, escolhas pessoais que eu acho que devem estar disponíveis a todos e não devem ser proibidas.
E sim, são escolhas anti-ecológicas. Todas elas, incluindo o terceiro filho. E a menos que você viva como o somaliano médio e mantenha o seu filho como o somaliano médio, dentre todas essas escolhas a que irá causar mais impacto no mundo é ter o terceiro filho.
Até porque, me desculpe, mas as chances de qualquer leitor deste texto esteja entre os 7% citados pelo Henrique, entre a população mais rica da terra, que é o importante em termos de impacto ecológico, são enormes, já que quem estiver lendo aqui, já de cara é alfabetizado, tem acesso à Internet e a computadores, e tudo isso é menos comum do que parece.
Normalmente as pessoas se julgam mais insignificantes e mais pobres do que realmente são, pois se comparam só com quem tem mais poder e é mais rico, mas se quiserem conferir nos números: http://www.worldwealthcalculator.org
http://www.whatsmypercent.com/
Deixando uma coisa bem clara: se em Benin a média de filhos por mulher é 4.9, isso afeta pouco o mundo, pois o consumo de uma pessoa em Benin é mínimo (“Benin” pode ser substituído por vários outros países pobres). O ideal seria que isso afetasse MAIS o mundo. Que as crianças ali tivessem uma chance razoável de chegarem à idade adulta e de terem uma vida digna, em que conseguissem estudar, não passar fome, ter um teto sobre suas cabeças, atendimento médico quando ficassem doentes, e perpectivas razoáveis de poderem perseguir seus sonhos. Isso seria um mundo quase ideal.
Quase porque em um mundo com a população que temos, com 7 bilhões de pessoas e lá vai pedrada, se todos tiverem esse tipo de chances… não estou dizendo viver feito um americano, mas digamos o padrão de vida da classe C do Brasil (nem estou falando de brasileiros ricos, classe média baixa mesmo)…. então, com um padrão de consumo desses, a nível mundial, para TODOS os humanos na Terra… já teríamos ultrapassado os limites do que o planeta consegue aguentar de forma sustentável.
Por isso sim, ter um número de filhos que aumente a humanidade é uma opção anti-ecológica, especialmente se o seu padrão de consumo for mais alto, o que deve ser verdade para praticamente todos os que lerem esse texto. Isso são três filhos ou mais.
Ter um número de filhos que mantenha o número de pessoas, ou seja 2, não é anti-ecológico, mas também não ajuda em nada. É como comer no máximo 85g de carne por dia (o que seria uma dieta em um padrão factível para a humanidade inteira comer carne criada a pasto de forma sustentável).
Ter um único filho já começa a ajudar. É como diminuir radicalmente a sua pegada ecológica pela metade. Imaginem um vegano que só anda de bicicleta ou a pé, não anda de avião, só come alimentos orgânicos e locais e não compra roupas, móveis e eletrônicos novos, preferindo sempre bazares ou similares. Mais ou menos o mesmo impacto.
Não ter filhos é desaparecer, a longo prazo, com a pegada ecológica de duas pessoas. E é sim uma opção radicalmente ecológica.
Mais do que a vida do vegano da opção anterior, se ele tiver seus três filhos.
Se os três filhos seguirem o mesmo padrão de vida dos pais, a pegada ecológica desses pais já foi aumentada em 50% só por serem 3 (dobrando se forem 4, e segue piorando quanto mais filhos).
E ainda tem uma pegadinha: é improvável que os três sigam o mesmo padrão de vida dos pais. Porque embora adultos ensinem crianças, sinto dizer, mas a criança não vai ser sua para sempre. Ela vai ser um adulto um dia (esperamos, desejo que todos os filhos que qualquer pessoa lendo esse texto tenham cheguem à idade adulta e sejam saudáveis e felizes).
E quando for adulta, a criança vai fazer suas próprias escolhas. Que podem incluir mandar os valores dos seus pais à #&%)@ e dirigir um SUV entre o trabalho numa petrolífera e a sua mansão no Morumbi em que reúne os amigos todos os domingos para um churrasco, e ah, todo ano visitar Miami para fazer umas comprinhas.
Eu tenho que saber disso, afinal, mandei os valores da minha mãe à #&%)@. Se eu fosse a filha que minha mãe queria, teria sido uma boa moça católica, iria à missa todo domingo, teria feito crisma, me casado na igreja (virgem), teria pelo menos três filhos, e toda a carolagem do gênero. Ah, e se fosse como meu pai, teria seguido a tradição de família, sido advogada como as minhas irmãs, feito parte das oito gerações da família (que consigo contar) bacharéis em Direito…
Mas religião, valores e a pataquada toda? Não são genéticos, nem herdados. Quando uma pessoa tem uma criança, ela não está criando um mini-me. Está criando outra pessoa e essa outra pessoa pode ser muito diferente do que seus pais esperam.
Pensem bem. Talvez nem todos tenham sido tão radicais quanto eu em se afastarem dos valores de família. Talvez alguns sejam mais radicais. Mas duvide-o-dó que alguém aqui seja uma cópia dos seus pais e viva seguindo exatamente os valores que eles seguiam.
Não é só a família que ensina valores, é a sociedade também. As pessoas ensinam por exemplos. Uma pessoa com consciência ecológica pode educar outras sem precisar ter filhos. Não sei se o autor, José Eustáquio Diniz Alves, tem filhos, mas sei que os textos dele circulados aqui têm um alcance razoável, e passam idéias ecológicas para muita gente. Talvez sejam mais fáceis de se ouvir e seguir que muito discurso de pai.
E não, nem a humanidade vai se extinguir, nem a consciência ecológica vai desaparecer se pessoas com consciência ecológica decidirem não ter filhos. Isso é só terrorismo de “reprodutores” :P
Os movimentos GINK e DINK não são para extinguir a humanidade. Nem o movimento para extinção voluntária da humanidade realmente tenta isso (pelo menos não mais do que os fóruns de planejamento para o apocalipse zumbi esperam um apocalipse zumbi). São para enfrentar um pouco o preconceito que existe contra pessoas que decidem não ter filhos. E só de ler parte dos comentários acima, é fácil entender porque são necessários.
Muito interessante a discussão.
De fato, as pessoas sem filho e com consciência ecológica e baixo consumo dão uma boa contribuição para diminuir os danos do capitalismo.
Mas não basta a redução da população e sim uma mudança geral no estilo de vida e padrão econômico.
Um grande abraço,
Zilda
PARA ESCAPAR À EXTINÇÃO, A REDUÇÃO DA POPULAÇÃO HUMANA É INDISPENSÁVEL.
Tanto já falaram do artigo ora comentado, que tenho certeza de que o que direi, aqui, pouco ou nada poderá acrescentar.
Na verdade, desejo mesmo é parabenizar a escritora Lisa Hymas, pela produção da obra, que foi analisada pelo autor do texto, José Eustáquio Diniz Alves, e apresentada, no artigo que estamos comentando, de forma tão peculiar. Parabenizo, também, Henrique Cortez, cujo comentário considero superimportante, por fornecer muitas informações necessárias para a compreensão da questão apreciada, e Mariana, que soltou o verbo e deixou tudo muito mais claro.
Além disto, desejo apenas acrescentar que a sobrevivência da espécie humana e de todas as demais espécies que habitam a Terra, depende de uma série de medidas – talvez impossíveis de serem implementadas, devido o pequeno espaço de tempo que há – entre as quais, encontra-se a redução da população humana a uma quantidade “suportável” para o planeta Terra – que seria da ordem de 10% da população atual.
Para finalizar, parabenizo a todos que se interessaram pela questão em apreço, por considerar que ela tem importância decisiva para o futuro da vida no planeta Terra, ou para a extinção, a depender da compreensão da espécie humana atual, e de sua capacidade de se reinventar enquanto ser social e político, considerando que a “evolução” social e política da espécie a conduziu ao estágio em que nos encontramos, no qual assumimos a condição de seres suicidas.
ter filhos ou não cabe a cada individuo, uma questão muito intima e pessoal, que o planeta ja esta lotado de pessoas ate a tampa isso é veridico, sera que a explosão demografica desinfreada e veloz, causara o colapso da raça humana, são perguntas que causa debates, porem ter filhos sem planejamento e querer que o e stado crie o mesmo, é falta de vergonha na cara.