Especialistas debatem raízes da crise hídrica e medidas adotadas
Foto: Divulgação/Cesan/EBC
Por Priscilla Mazenotti, da Radioagência Nacional
Racionamento de cinco dias por semana em São Paulo, multa para o consumo acima da média em Minas Gerais, apelo para as grandes empresas usarem outras fontes de captação de água no Rio de Janeiro. As medidas são urgentes para tentar controlar a crise hídrica vivida pelo país. Mas, o que está acontecendo com o nosso abastecimento de água?
A estiagem é apontada como a principal responsável pela crise da água em boa parte do país, mas a especialista em gestão de recursos hídricos, sustentabilidade e meio ambiente, Marússia Uêiteli, o problema também é de gestão. E aponta questões como a falta de recuperação das áreas de preservação permanente e da vegetação em torno das represas. Marússia alerta, ainda, que o desperdício agrava a crise. Em São Paulo, as perdas com tubulações velhas e vazamentos não consertados chegam a 30%.
SONORA
E a falta de chuvas afeta outro serviço básico: o de energia. Se não tem água, as hidrelétricas não têm como funcionar. O resultado é o abastecimento por meio de termelétricas, que são mais poluidoras, e até a importação de energia de países vizinhos como a Argentina.
O professor de Engenharia Elétrica da Universidade de Brasília, Mauro Severino, diz que o erro é não apostar em fontes alternativas.
SONORA
Especialistas dizem que 2015 será um ano com chuvas na média ou abaixo da média. As ações para reduzir o consumo e conscientizar a população devem ser rápidas. É o que alerta o professor do departamento de geologia da Universidade de Brasília, Geraldo Rezende.
Publicado no Portal EcoDebat, 04/02/2015
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