Com mais de mil projetos inscritos, eólicas predominam em leilão de energia
Investimentos na matriz eólica contribui para a geração de energia limpa
Os empreendimentos voltados para a construção de usinas eólicas (proveniente dos ventos) voltaram a predominar entre as empresas cadastradas para participar do Leilão de Energia de Reserva 2014, que o governo federal fará em 31 de outubro deste ano.
Segundo informações divulgadas na terça-feira (29) pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), foram cadastrados 1.034 empreendimentos interessados em participar do leilão, com uma oferta total de 26.297 megawatts (MW) de capacidade instalada. O Leilão de Reserva prevê a entrega da energia a partir de 2017.
Foram cadastrados 626 projetos de energia eólica com um potencial de oferta de energia elétrica da ordem de 15.356 MW. Em número de empreendimentos inscritos estão os projetos de energia solar (fotovoltaica), com 400 usinas e capacidade instalada de 10.790 MW, e que pela primeira vez, segundo a EPE, não irão disputar o leilão com outras fontes.
Ao avaliar a resultado do cadastramento, o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, disse que a grande surpresa foi o número relevante de projetos de energia solar. “O número de projetos fotovoltaicos (400) totalizam mais de 10 mil megawatts de capacidade instalada, ou seja, praticamente uma (Usina Hidrelétrica) de Belo Monte”.
Entre os 626 projetos inscritos estão, ainda, oito usinas termelétricas a biogás e Resíduos Sólidos Urbanos, totalizando 151 MW de capacidade instalada.
Caracterizado por bons ventos e ótima insolação, o estado da Bahia foi o que mais apresentou projetos, tanto para energia eólica (236) como para fotovoltaica (161), totalizando mais de 10 mil megawatts de capacidade instalada. Para Tolmasquim, “o alto número de projetos cadastrados já permite antecipar que este será um leilão bastante competitivo”.
Além da Bahia, o Leilão de Energia de Reserva 2014 traz, como destaque, o Ceará, com 95 empreendimentos eólicos (2.397 MW) e 15 fotovoltaicas (324 MW); Rio Grande do Norte com 104 empreendimentos eólicos (2.556 MW) e 42 solares (1.155 MW); e o Rio Grande do Sul, com 113 usinas eólicas (2.534 MW).
Por Nielmar de Oliveira, da Agência Brasil.
EcoDebate, 30/07/2014
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