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Programas de apoio a agricultores africanos se inspiram em iniciativa brasileira de combate à fome

 

 

A ONU incentiva a criação de cooperativas agrícolas para erradicar a fome global. Foto: Banco Mundial/Julio Pantoja

A ONU incentiva a criação de cooperativas agrícolas para erradicar a fome global. Foto: Banco Mundial/Julio Pantoja

Os esforços brasileiros no combate à fome serviram como exemplo para países africanos que procuram experiências de sucesso para aumentar a produtividade local entre as populações que sofrem com a insegurança alimentar. Essa iniciativa foi apresentada em um seminário organizado pelo programa PAA Africa – do inglês “Purchase from Africans for Africa” (Aquisição de Alimentos dos Africanos para a África) – organizado na Etiópia no começo de junho.

O Seminário de Trocas de Experiências do PAA África e Mercados Institucionais promoveu o intercâmbio de experiências como a do Brasil, do Reino Unido e de outros países africanos para facilitar o processo de aprendizado e potencializar a compra local de alimentos.

Esse processo colaborativo também incentiva o desenvolvimento rural dos pequenos produtores e a construção de resiliência no campo de forma sustentável, com o objetivo de erradicar a fome e a desnutrição na região.

“Durante esse seminário, a troca de experiências entre os participantes alcançou um novo nível de conhecimento, já que os países africanos começam a aprender a partir dos seus próprios modelos adaptados do PAA. Baseado nesses exemplos, cada país pode planejar o seu plano de ação e melhorar os seus próprios modelos quando voltam para casa”, disse o coordenador do PAA África na FAO, Israel Klug.

O Brasil detalhou a importância da criação do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA) e da participação da sociedade civil e do governo para, juntos, construírem e implementarem políticas públicas. Entre elas, o Programa de Aquisição Alimentar, que promove o acesso a alimentos às populações em situação de insegurança alimentar e promove a inclusão social e econômica no campo por meio do fortalecimento da agricultura familiar.

A cidade de Hawassa, na Etiópia, também foi apresentada como outro exemplo de sucesso, que conta com o apoio do governo regional para garantir a compra de alimentos de cooperativas locais para o abastecimento de hospitais, universidades, prisões e escolas.

No Níger, um fundo especial aberto às contribuições públicas e privadas, também se destacou como um mecanismo eficaz para garantir a sustentabilidade econômica das políticas relacionadas à segurança alimentar.

Além do Brasil, o Seminário contou com a presença dos cinco países participantes do programa – Etiópia, Malauí, Moçambique, Níger e Senegal – e do Reino Unido, que junto do Brasil é outro parceiro do programa. O evento reuniu na capital Adis Abeba outros especialistas de Gana, Togo, África do Sul, representantes da sociedade civil, da União Africana e do Novas Parcerias para o Desenvolvimento da África (“New Partnership for Africa’s Development” – NEPAD), o Instituto Lula, além de duas agências da ONU, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e o Programa Mundial de Alimentos (PMA).

Saiba mais sobre a iniciativa em paa-africa.org/pt

Fonte: ONU Brasil

EcoDebate, 26/06/2014


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