Empresas do setor elétrico ainda precisam amadurecer conceitos de sustentabilidade
Estudo da consultoria Keyassociados avaliou como as principais companhias brasileiras do setor tratam o tema
As empresas do setor elétrico brasileiro ainda estão em fase de amadurecimento quando o assunto é sustentabilidade. É o que aponta estudo da consultoria Keyassociados que avaliou como as empresas do segmento tratam o tema. Foram avaliadas as 11 empresas brasileiras de energia elétrica componentes da carteira 2013 do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da BM&FBOVESPA (AES Eletropaulo, AES Tietê, Cemig, CESP, Coelce, Copel, CPFL, EDP (Brasil), Eletrobrás, Light S.A. e Tractebel). De acordo com dados de 2011, essas empresas analisadas representam, aproximadamente, 68% do mercado brasileiro de geração de energia elétrica em termos de capacidade instalada; 70% do mercado de transmissão e 42,5% do mercado de distribuição, em termos de km de linhas.
“Percebemos que a sustentabilidade nas empresas mais engajadas do setor de energia elétrica ainda está em fase de estruturação, com diversos aspectos a amadurecer”, afirma Munir Soares, consultor da Keyassociados e responsável pela pesquisa. Segundo ele, as empresas estão começando a entender a sustentabilidade com uma visão de longo prazo, e parte relevante delas ainda possui abordagens baseadas em responsabilidade social corporativa, que visam boas práticas de gestão, ou assuntos ligados à compliance.
O estudo apontou que todas as empresas analisadas apresentam metas de sustentabilidade. No entanto, os consultores da Keyassociados avaliam que essas metas deveriam ser mais bem definidas, tornando-se verificáveis e com prazos estabelecidos, ou correm o risco de serem deixadas de lado e esquecidas. “A atual situação na qual as empresas se encontram pode ser considerada uma exemplificação de um momento de transição, em que há esforços demandados e obstáculos a superar”, diz Soares.
Para o consultor, há um esforço para a consolidação do conceito da sustentabilidade nessas companhias. Entre as políticas que podem ser adotadas por essas empresas, Soares sugere que o sistema de remuneração variável incorpore mais o desempenho social e ambiental. “Dessa forma o incentivo para a sustentabilidade será disseminado por toda a organização.”
Colaboração de Fabiano Lopes, para o EcoDebate, 29/07/2013
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