Ibama flagra desmate com ‘correntão’ em São Félix do Xingu, no Pará
O Ibama interrompeu nesta quarta-feira (20/07) um desmatamento com uso de “correntão” numa fazenda de gado em São Félix do Xingu, no sudeste do Pará. Ao chegar de helicóptero ao local, os agentes já encontraram 233 hectares de florestas destruídos para a implantação ilegal de pastagens. Além de apreender dois tratores e 800 metros de correntes, o instituto multou o pecuarista envolvido no crime ambiental em R$ 1,1 milhão.
Segundo depoimentos dos empregados ao Ibama, o fazendeiro estava se preparando para derrubar mais 500 hectares de mata nativa e plantar ainda mais capim. “O pretenso dono da fazenda declarou mais de 20 mil hectares de terras ao Cadastro Ambiental Rural do estado, procedimento típico de quem tenta grilar terras públicas”, diz o coordenador da operação Tornado, Luciano Silva, que conduziu a fiscalização. Toda a área ilegalmente desmatada foi embargada pelo órgão ambiental federal e não poderá mais ser alvo de regularização fundiária.
Terra arrasada
O desmate com “correntão” ocorre com o apoio de dois tratores. Cada máquina puxa uma das pontas da corrente, que arranca as árvores pela raiz e coloca abaixo toda a vegetação por onde passa. É uma das modalidades de desmatamento mais agressivas ao meio ambiente que existem.
Nelson Feitosa
Ascom/Ibama/PA
EcoDebate, 22/07/2011
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Ao ler estes artigos sobre desmatamento, principalmente desta forma “correntão”, sinto dilacerar meu peito, como se fosse rasgado.
Até quando assistiremos a tudo sem que nada eficiente seja feito?
Morremos aos poucos com esta impotência e INCOMPETÊNCIA de nossos governantes.
Rose Mariah
Obrigada pela a informação. Ainda bem que descobriram logo, apezar de não ter sido antes da desgraça. Esse tipo de gente que vive matando a natureza tem que ter justiça. Não podemos calar.
Precisamos nos unirmos a essa luta de defesa a natureza.
Gostaria saber do Nelson Feitosa da ASCOM/IBAMA/PA quando o IBAMA e a SEMA do PARA’, ao passar pela Vila Central ( ao longo da rodovia Transiriri, Municìpios de Sao Félix do Xingu), vao efetuar a coleta de amostras do solo onde foi derramado parte do produto NUFARM 2,4-D manipulado talvez com outro produto quando das pulverizaçoes feitas pelo fazendeiro José Araujo, jà autuado pelo IBAMA em 2008 com a finalidade de desmatar àreas de floresta na localidade. Ainda hà restos destes produtos na Vila Central que deveriam ter sido recolhidas faz tempo. Eu fui vìtima de contaminaçao pelos produtos tòxicos e estou com Processos na Justiça contra o José Araujo, contra a NUFARM do BRASIL e contra o Estado do Parà para ser indenizado pelos danos fìsicos e morais que tenho subido. As amostras dos solos encharcados pelo NUFARM 2,4-D podem ser ainda recolhidas na cabeceira doi campo de pouso da Vila Central onde se misturavam os produtos tòxicos para abastecer o aviao que iria fazer a pulverizaçao. Ultimamente outro fazendeiro da regiao ( Fazenda Triunfo do Xingu) foi autuado e tinha cerca de 3.500 litros destes produtos tòxicos. Onde foram acabar? E de onde vinham? Até que enfim as autoridades competentes estao agindo. Seria interessante saber se estes produtos embargados provinham da NUFARM de Maracanaù (Fortaleza-CE) onde ainda està uma grande quantidade de agrotòxicos adulterados.
Padre Angelo Pansa- Delegado ICEF (International Court of the Environment Foundation).