Justiça Federal do Paraná suspende liberação de milho transgênico
Decisão anula autorização do milho Liberty Link, da Bayer, e reprova atos da CTNBio
De acordo com uma decisão da Justiça Federal do Paraná, proferida ontem (26/7), a Bayer deve deixar de comercializar o milho transgênico Liberty Link em todo o país, pela ausência de um plano de monitoramento pós-liberação comercial. A sentença também anula a autorização da liberação especificamente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil por não haver estudos sobre os impactos do ceral geneticamente modificado nos biomas dessas regiões.
A decisão atende parcialmente à ação civil pública movida em 2007 pelo Idec e as organizações Terra de Direitos, Assessoria e Serviços a Projetos em Agricultura Alternatia (AS-PTA) e Associação Nacional de Pequenos Produtores (Anpa).
Além de contestar a autorização do milho, a ação exige da Comissão Técnica de Biossegurança (CTNBio), órgão responsável pela liberação de transgênicos no país, a análise adequada de riscos à saúde e ao meio ambiente, a informação e a não contaminação genética – direitos fundamentais dos cidadãos.
Assim que a decisão for publicada, a Bayer deverá suspender imediatamente a comercialização, a semeadura, o transporte, a importação e até mesmo o descarte do Liberty Link, sob pena de multa diária de R$50 mil.
A Justiça determina também que a CTNBio garanta amplo acesso aos processos de liberação de transgênicos e estabeleça norma com prazo para que os pedidos de sigilo comercial sejam decididos, permitindo publicidade a tudo o que não for sigiloso. O bloqueio ao acesso de procedimentos de liberação praticada pelo órgão viola o direito à informação e é incompatível com a publicidade garantida aos documentos de interesse público.
“Mais uma vez o Poder Judiciário teve que corrigir atos ilegais da CTNBio. A falta de acesso dos cidadãos aos processos públicos é vergonhosa. Assim como é indecorosa a ausência de estudos ambientais nas regiões Norte e Nordeste, por não serem áreas de relevância para o plantio do milho”, destaca Andrea Salazar, consultora jurídica do Idec.
* Informe do Idec – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, publicado pelo EcoDebate, 28/07/2010
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Qual o motivo que induziu a Bayer a retirar a amostra de arroz geneticamente modificado e o pedido de aprovaçao do mesmo ? Talvez porque a tecnologia de “esterilizaçao” dos OGMs se utiliza dos produtos 2,4-D e 2,5-T ?
Seria bom mandar analizar algumas amostras do milho transgènico em laboratòrio especializado antes de aprovar sua utilizaçao, Nao acham?