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Novo estudo estima que impacto do metano no clima é maior do que se pensava

Mapa que demonstra a distribuição de metano pela superfície. Imagem da NASA/Goddard
Mapa que demonstra a distribuição de metano pela superfície. Imagem da NASA/Goddard

Efeitos seriam 30% maiores do que se pensava até agora. Estimativas não levaram em conta a interação com os aerossóis.

O efeito do gás metano no processo do aquecimento global foi subestimado, segundo um estudo realizado por cientistas americanos que sugere que os modelos e os controles atuais das emissões deveriam ser revisados.

O professor Drew Shindell, do Instituto Goddard de Estudos Espaciais da Nasa (agência espacial americana), dirigiu o estudo, cuja conclusão principal é que o impacto do metano na temperatura global é 30% maior do que se pensava até o momento. Reportagem da Agência EFE.

O problema, segundo Shindell, é que as estimativas feitas até agora não levaram em conta a interação do metano com os aerossóis.

Quando este efeito indireto é incluído, uma tonelada de metano multiplica por 33 – e não por 25 como se pensava – o efeito do aquecimento da atmosfera que tem uma tonelada de dióxido de carbono (CO2), em um período de 100 anos.

Em declarações ao jornal britânico “The Times”, o cientista ressaltou a importância de adotar medidas que permitam frear as emissões de metano, procedentes principalmente da pecuária, do cultivo de arroz e das explorações de carvão e de gás natural.

Calcula-se que o metano é o segundo gás que agrava o efeito estufa com maior impacto no aquecimento global, atrás do CO2, e responsável por um quinto do aumento das temperaturas.

A vantagem sobre as emissões de CO2 é que o metano se decompõe muito mais facilmente, por isso o efeito das medidas para combatê-lo seria notado com maior rapidez.

Shindell ressaltou que este tema deve ter uma grande importância na cúpula das Nações Unidas sobre o clima, que será realizada em Copenhague em dezembro.

“Para as mudanças do clima a longo prazo, é impossível prever os efeitos do CO2. É o problema principal e dura centenas de anos, mas se tivéssemos um esforço voltado a fazer frente a outros gases poderíamos ter um impacto muito grande a curto prazo”, disse o cientista da Nasa, ao “The Times”.

Shindell teve sua pesquisa publicada na revista “Science”, em um artigo no qual também sugere a possibilidade de que as previsões sobre os efeitos da mudança climática sejam otimistas demais.

O último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, publicado em 2007, estima que a temperatura do planeta aumentará entre 1,1 e 6,4 graus Celsius neste século.

Reportagem da Agência EFE, no Portal G1.

EcoDebate, 03/11/2009

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5 thoughts on “Novo estudo estima que impacto do metano no clima é maior do que se pensava

  • Mário Leite de Oliveira

    Se analizarmos o meio ambiente como um todo e darmos prioridades a frente de trabalhos para eliminação dos Aspectos e Impactos veremos que:
    A lista de prioridade no Mundo, não segue a prioridade da Vida, do ponto de vista do ser humano.
    Ele deveria ser o primeiro a ser priorizado.
    Tendo em vista podemos citar como prioridade:
    Remedios que são autorizados a comercialização em vários paises no mundo em detrimento da saude.
    Defensivos agricolas que fatalmente estamos todos ingerindo no mundo, berm como os peixes e animais;
    Plásticos que poluem o nosso ambiente e vão parar no estomago de peixes e animais,
    Os oxidos nitrosos que são muitos mais perigosos que o Co2,
    Os oxidos sulfurosos que são formadores de chuvas acidas e corrosivos;
    As doenças profissionais no mundo e o
    Dioxido de carbono (CO2) emitido pelas siderurigicas no mundo será que a emissão delas não é maior que as das queimadas?
    Indústrias da obtenção do aluminio da bauxita, que precisam de usinas hidroeletricas monstruosos para serem operadas?

    Gostaria de ver algum estudo sobre tudo isto ser publicado, para podermos tirar as nossas dúvidas?

    Será que seria possivel?

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