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Influenza A(H1N1): Infectologista avalia que transmissão da nova gripe merece preocupação, mas não pânico

influenza A (H1N1)

O cenário de transmissão sustentada da influenza A (H1N1) – gripe suína, no Brasil, que ocorre quando o vírus já circula livremente no país, é sinal de atenção e de preocupação por parte da população, mas não de pânico. A avaliação é do infectologitsa e diretor do Instituto Emílio Ribas, David Uip. “Isso era só uma questão de tempo [a transmissão sustentada], todos sabíamos que ia acontecer”, disse.

Em entrevista à Agência Brasil, o médico lembrou que a gripe suína é uma doença respiratória aguda transmitida de pessoa para pessoa, sobretudo por meio da tosse e do espirro. Ele reforçou que os sintomas da doença são “absolutamente iguais” aos da gripe sazonal ou gripe comum – febre alta de início abrupto, dor de garganta, tosse, dores no corpo, articulares e gastrointestinais.

Sobre as estratégias a serem adotadas diante da confirmação de transmissão sustentada no país, Uip acredita que o plano de contenção do governo federal deve permanecer o mesmo. Ele ressaltou, entretanto, que o risco de contrair o vírus, agora, é ainda maior, uma vez que não apenas as pessoas que viajaram para o exterior ou que tiveram contato com quem veio de outros países estão vulneráveis à infecção. “O sistema de defesa humano não está alerta para combater essa doença. A possibilidade de infecção existe para todos.”

Cuidados como lavar as mãos regularmente e cobrir o rosto ao tossir e espirrar devem ser redobrados, segundo o médico. “Quem tem gripe deve ficar em casa, seja lá o vírus que for”, recomendou, ao destacar a importância do repouso, de uma boa alimentação e de uma boa hidratação, além de evitar aglomerações. A explicação: “o vírus gosta do frio e de pessoas próximas”.

Apesar do alto risco de infecção, Uip ressaltou que a possibilidade de complicações só aumenta em casos de crianças menores de 2 anos, adultos maiores de 60 anos, pessoas obesas e imunodeprimidas. Outro alerta feito pelo infectologista diz respeito às mulheres grávidas. “A doença parece ser mais letal para elas”.

A recomendação do médico para as pessoas que apresentarem sintomas de qualquer tipo de influenza é procurar serviços de atendimento próximos às suas casas, como ambulatórios e postos de saúde, ou médicos da família. O médico é o profissional que vai avaliar a necessidade de transferir o paciente para um centro de referência no tratamento de gripe suína.

“O que importa é que a decisão fique nas mãos dos médicos. Ele é que vai avaliar se essa pessoa tem um sintomatologia diferente do habitual, se há chance de complicações, se precisa de remédios e se precisa ser internada”, explicou. Uma pesquisa feita pelo Instituto Emílio Ribas revelou que cerca de 80% das pessoas que têm procurado o pronto-socorro do hospital deveria ter buscado postos de saúde. “Pronto-socorro é para doentes graves”, explicou.

Aos profissionais da área, Uip destacou que o diagnóstico de qualquer gripe é clínico e que não é preciso esperar a confirmação laboratorial para tomar providências em casos de um paciente com complicações – mesmo porque o exame demora cerca de três dias para ficar pronto e há a indicação de que medicamentos específicos para gripe suína sejam administrados nas primeiras 48 horas após a manifestação dos sintomas.

Reportagem de Paula Laboissière, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 18/07/2009

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One thought on “Influenza A(H1N1): Infectologista avalia que transmissão da nova gripe merece preocupação, mas não pânico

  • Rosana Weiller

    Prezado (a) senhor (a),

    venho lendo na internet que o vírus inflenza A (H1N1) não anda no ar e não voa, penso que essa explicação está confusa, pois como um ser que não possue células terá orgãos que darão essa capacidade. Gostaria de ajuda para tentar entender o que pretende com essa comparação.

    Desde já grata pela informação

    Rosana

    Resposta do EcoDebate:

    Prezada Rosana,

    O vírus Influenza A(H1N1) não voa e, aliás, nenhum vírus tem esta capacidade. A entrevista é clara neste sentido.

    A transmissão aérea, ou seja, se alguém que está doente, espirra ou tosse, elimina grande quantidade do vírus que pode ser transmitido para outra pessoa que estiver próxima, geralmente numa distancia menor que 1 metro.

    Para uma correta e adequada informação sobre o Influenza A sugerimos que acesse “Dossiê EcoDebate: Influenza A(H1N1) (2)

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