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Notícia

Polícia Federal combate a grilagem de terras em Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais

A Polícia Federal em Mato Grosso desencadeou hoje, 03, a Operação Pluma, cujo objetivo principal é coibir a prática de grilagem de terras da União e vários crimes vinculados a ela como os crimes contra a vida, a administração pública, o meio ambiente, corrupção, peculato, prevaricação, extorsão e ameaça.

Investigações levaram a uma organização criminosa, com ramificações em Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, que utilizava diversos meios para obter terras a baixos custos e revendê-las posteriormente. Na investigação foram identificados os crimes: grilagem de terras da União, especialmente de áreas destinadas a reforma agrária e reserva indígena, formação de quadrilha armada, falsificação de documentos públicos, corrupção ativa e passiva, peculato, prevaricação, extorsão, usurpação de bens da união, crimes ambientais, lesões corporais e lavagem de dinheiro.

O grupo atuava de três formas distintas:

1.Grilagem de terras e extração de insumos vegetais da área da reserva indígena MARAIWATSEDE;

2.Expulsão de assentados de áreas já destinadas à reforma agrária e posterior emissão de títulos de domínio falsos, sempre com o claro intento de obter indenização do poder público pela desapropriação de áreas inexistentes;

3.Por fim, a promoção de temor entre pequenos e médios fazendeiros da região com dois objetivos distintos:

a) Fazer pressão e extorquir estes produtores para que vendessem seus imóveis a preço bem inferior ao praticado no mercado, sendo estes revendidos a grandes empresários do Estado de Goiás por justo preço;

b) comercializar serviços de segurança privada a serem realizados por pistoleiros e policiais militares lotados na região, neste último caso, por vezes, com o uso indevido de recursos humanos e materiais da corporação policial.

A área de atuação eram os municípios do “Vale do Araguaia”, destacando-se a atuação em Vila Rica, Santa Cruz do Xingu, Confresa, Porto Alegre do Norte, Ribeirão Cascalheira, Alto Boa Vista e São Félix do Araguaia, entretanto, também contribuíram para o fomento das atividades criminosas empresários, supostos policiais militares e pistoleiros do Estado de Goiás e financiadores do Distrito Federal, todos interessados nas vastas e producentes áreas de terra da região.

120 policiais cumprem 19 mandados de prisão temporária, 24 mandados de busca e apreensão e a determinação de seqüestro de bens e valores dos envolvidos. Dentre os mandados de prisão estão sete servidores públicos, dentre os quais, seis são Oficiais da Polícia Militar de Mato Grosso, sendo dois da Reserva e uma tabeliã.

Informe da Agência de Notícias da Polícia Federal, publicado pelo EcoDebate, 04/07/2009.

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